Bovespa sobe 1,52% e volta a registrar ganho no ano
São Paulo - O desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira coroou o ótimo desempenho da semana, na qual o índice Bovespa subiu em quatro das cinco sessões. Por causa dos dados do mercado de trabalho norte-americano, das notícias a respeito do reajuste do minério de ferro e o clima melhor […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira coroou o ótimo desempenho da semana, na qual o índice Bovespa subiu em quatro das cinco sessões. Por causa dos dados do mercado de trabalho norte-americano, das notícias a respeito do reajuste do minério de ferro e o clima melhor na Europa, o Ibovespa retomou os 68 mil pontos, nível que atingiu pela última vez em janeiro. As ações da mineradora Vale foram o principal destaque do pregão, assim como na véspera, mas Petrobras também não desapontou, principalmente por causa do retorno dos recursos de investidores estrangeiros.
O Ibovespa terminou o pregão em alta de 1,52%, aos 68.846,50 pontos, maior nível desde os 69.908,59 pontos de 19 de janeiro deste ano. No desempenho da semana, que coincide com o do mês, acumulou alta de 3,52%. No ano, voltou a acumular ganho, de 0,38%, o que não acontecia também desde 19 de janeiro (quando a alta acumulada atingia 1,93%). Na mínima do dia, registrou 67.823 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 68.930 pontos (+1,65%). Engordado pelo fluxo externo, o giro financeiro totalizou R$ 8,037 bilhões, bem acima da média diária de fevereiro, de R$ 6,558 bilhões, e também da de março até ontem (R$ 6,259 bilhões, segundo o site da BM&FBovespa). Os dados são preliminares.
Tudo hoje conspirou a favor do mercado acionário, mas o dado mais relevante do dia foi proporcionado pelo Departamento de Trabalho norte-americano, que divulgou corte de 36 mil vagas em fevereiro, menos da metade que as 75 mil vagas previstas pelos economistas.
A reação imediata foi a busca por ativos de risco, e isso inclui as commodities, que ainda se esbaldaram com as declarações do primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, no discurso anual de abertura do Congresso Nacional do Povo. O premiê chinês previu que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá em torno de 8% neste ano. O último componente a favorecer as Bolsas, no geral, e a Bovespa, no particular, foi a menor tensão com as finanças públicas gregas. O Parlamento da Grécia aprovou hoje o pacote de austeridade de 4,8 bilhões de euros, anunciado pelo governo na última quarta-feira. As bolsas europeias fecharam em alta, assim como as americanas. O Dow Jones subiu 1,17%, aos 10.566,20 pontos, o S&P avançou 1,40%, aos 1.138,69 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,48%, aos 2.326,35 pontos.
De volta ao Brasil, Vale continua concentrando as atenções, uma vez que ganham força as discussões para o reajuste dos preços do minério de ferro. Os porcentuais citados são bastante robustos e chegam a até 80%. Vale ON terminou em alta de 3,23%, mais do que a PNA (2,93%), por causa dos estrangeiros, que se concentram nas ações ordinárias (ON). Mas foi a preferencial que liderou o giro individual do Ibovespa hoje, com R$ 1,293 bilhão.
Petrobras ON subiu 2,04% e Petrobras PN, +1,73%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro do petróleo com vencimento em abril subiu 1,61% para US$ 81,50 o barril.