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Bovespa sobe 1,27% com recuperação de Petrobras

Por Rosangela Dolis São Paulo - Uma forte recuperação das ações da Petrobras na parte da tarde reforçou a valorização da Bovespa, levando-a a fechar com alta bem mais vigorosa do que a observada no mercado acionário de Nova York. Lá, as bolsas terminaram o pregão em alta, apesar do corte 10 vezes maior que […]

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 14h35.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Uma forte recuperação das ações da Petrobras na parte da tarde reforçou a valorização da Bovespa, levando-a a fechar com alta bem mais vigorosa do que a observada no mercado acionário de Nova York. Lá, as bolsas terminaram o pregão em alta, apesar do corte 10 vezes maior que o esperado nos postos de trabalho em setembro nos Estados Unidos.

O dado ruim nos EUA, que potencialmente poderia derrubar as bolsas de valores mundo afora, teve efeito contrário. O Dow Jones subiu 0,53% e voltou aos 11 mil pontos pela primeira vez desde 3 de maio. O motivo é que este último payroll antes da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de novembro convenceu muitos investidores de que agora se torna mais urgente e factível que o Federal Reserve tome medidas para alavancar a atividade norte-americana já no próximo mês.

Apoiada ainda em papéis do setor bancário e de empresas ligadas ao consumo doméstico, a Bovespa recuperou o patamar dos 70 mil pontos e fechou aos 70.808,80 pontos, em alta de 1,27%. Ao longo da sessão, oscilou da mínima de 69.698,03 pontos, pela manhã, em queda de 0,32%, à máxima, na última hora de negócios, de 70.827,75 pontos, com variação positiva de 1,30%.

Na semana, o Ibovespa acumula alta de 0,82%; no mês sobe 1,99% e no ano 3,24%. O volume financeiro foi de R$ 6,750 bilhões.

Petrobras se valorizou depois de quatro pregões consecutivos de queda e fechou na cotação máxima do dia. O papel ON subiu 2,44% e o PN avançou 2,77%, apesar de um novo relatório de banco ter revisado para baixo o preço-alvo dos papéis PN da companhia. Operadores não identificaram um motivo único para o retorno de Petrobras ao campo positivo. Para alguns, a valorização refletiu recuperação das fortes quedas recentes; para outros, acabou a fase de "higienização" do papel, em que aqueles que compraram ações em quantidade acima do desejado na oferta da estatal já fizeram suas vendas; outros ainda argumentam que cessou o efeito do "stop loss", pois as vendas automáticas no preço a nível da oferta, principal trava adotada, já foram feitas.

Já as ações da Vale tiveram o desempenho prejudicado por relatório do UBS, reduzindo a recomendação para as ações, de comprar para neutro, citando ingerências políticas sobre a mineradora, que devem se intensificar diante das negociações de um novo código para o setor no País, elevando as preocupações. Segundo o UBS, o motivo que levou ao rebaixamento foi a performance das ações da Vale recentemente.

Entre os bancos, Bradesco PN subiu 2,27%; Itáu Unibanco PN, +2,19% ; a unit do Santander, +2,04%; e Banco do Brasil ON, +1,96%. Segundo analistas ouvidos pela Agência Estado, as valorizações indicam que, com a queda da inadimplência e o aumento do volume de crédito no mercado, investidores devem começar a se posicionar no setor de olho nos balanços do terceiro trimestre, que devem vir favoráveis. Também subiram ações ligadas a consumo interno, como Pão de Açúcar, +2,01%, e Lojas Renner, +2,89%.

Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,53%, para 11.006,48 pontos; o S&P 500 ganhou 0,61%, a 1.165,15 pontos; e o Nasdaq subiu 0,77%, para 2.401,91 pontos. Segunda-feira, embora seja feriado nos Estados Unidos ("Colombo’s Day"), as bolsas norte-americanas funcionam normalmente.

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