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Bovespa segue exterior, realiza lucros e cai 0,60%

Segundo analistas, queda foi natural depois das altas acumuladas nos últimos pregões; ações da Petrobras foram destaque negativo

Plataforma da Petrobras: um dia após o balanço do trimestre as ações caíram 1,2%  (Divulgação)

Plataforma da Petrobras: um dia após o balanço do trimestre as ações caíram 1,2% (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 17h54.

São Paulo - A alta de 12,3% acumulada nos últimos cinco pregões no azul e a queda das bolsas europeias e norte-americanas levaram os investidores na Bolsa de Valores de São Paulo a uma realização de lucros hoje. As ações de empresas siderúrgicas tiveram peso nesta baixa, que contou ainda com o recuo das ações da Petrobras, um dia após a divulgação do balanço trimestral.

O índice Bovespa terminou o dia com retração de 0,60%, aos 54.323,61 pontos. Na mínima do pregão, registrou 53.539 pontos (-2,04%) e, na máxima, os 54.651 pontos (estabilidade). No mês, o Ibovespa acumula perda de 7,65% e, no ano, queda de 21,62%. O giro financeiro totalizou R$ 5,916 bilhões. Os dados são preliminares.

A avaliação corrente dos especialistas é de que a queda de hoje foi um movimento natural, depois da "esticada" dos últimos pregões. O quadro externo também deu motivos para as ordens de vendas nesta terça-feira. A China sinalizou que pode elevar sua taxa básica de juros - prejudicando as vendas de empresas exportadoras brasileiras - e a economia da Alemanha teve forte desaceleração do crescimento no segundo trimestre, levantando dúvidas sobre a recuperação da zona do euro.

O mercado de ações europeu caiu, mas sem se afastar da estabilidade, à espera do resultado do encontro entre o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel. Os líderes disseram que vão propor em setembro uma tarifa sobre transações financeiras na zona do euro e afirmaram ser contrários à ideia de emitir bônus que representem o bloco monetário - os chamados eurobônus. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 avançou 0,13%, em Paris, o índice CAC 40 perdeu 0,25%, e, na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou em baixa de 0,45%.

Nos EUA, as perdas foram diminuindo ao longo da tarde. O Dow Jones caiu 0,67%, aos 11.405,93 pontos, o S&P-500 recuou 0,97%, aos 1.192,76 pontos, e o Nasdaq encerrou em baixa de 1,24%, aos 2.523,45 pontos.

Na Bolsa brasileira, as ações da Petrobras reagiram em baixa ao balanço divulgado ontem, prejudicada ainda pela queda do preço do petróleo e pelo movimento de realização de lucros na sessão. O vencimento de índice futuro, amanhã, pode ter influenciado um pouco o desempenho negativo do papel, segundo um profissional.

A ação ON da Petrobras caiu 1,20% hoje e a PN desvalorizou 1,10%. Ontem, a estatal anunciou aumento de 31,9% no lucro líquido do segundo trimestre. O resultado, de R$ 10,942 bilhões, contribuiu para que a estatal reportasse lucro recorde de R$ 21,928 bilhões no acumulado do primeiro semestre. Os especialistas destacaram que o aumento de custos de extração e refino surpreendeu negativamente. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo para setembro ficou 1,40% mais barato, a US$ 86,65 o barril.

No setor siderúrgico, Usiminas ON caiu 8,76%, Usiminas PNA, -2,40%, Gerdau PN, -3,85%, Metalúrgica Gerdau PN, -3,64%, CSN ON, -3,44%.

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