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Bovespa repercute balanços de Petrobras e Itaú Unibanco

O maior banco privado do país anunciou nesta terça-feira um lucro líquido recorrente de R$ 3,502 bilhões no quarto trimestre de 2012


	Pregão da Bovespa: às 9h45, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,16%, aos 59.685 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: às 9h45, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,16%, aos 59.685 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Os balanços de Petrobras e Itaú Unibanco, anunciados respectivamente na noite de segunda-feira e na manhã desta terça-feira, devem movimentar o pregão da Bovespa.

O ambiente externo mais favorável para o dia, após dados positivos sobre o setor de serviços na China e na zona do euro, propiciam uma recuperação dos negócios locais e das ações brasileiras que têm sido duramente castigadas. A agenda econômica mais fraca, contudo, deve trazer mais volatilidade. Às 9h45, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,16%, aos 59.685 pontos.

O maior banco privado do País anunciou nesta terça-feira um lucro líquido recorrente de R$ 3,502 bilhões no quarto trimestre de 2012, resultado 6,51% menor que o registrado há um ano.

As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, as chamadas PDDs, somaram R$ 5,685 bilhões no período, queda de 4,28% ante o terceiro trimestre do ano passado. Segundo o Itaú Unibanco, as despesas com provisões devem somar entre R$ 19 bilhões e R$ 22 bilhões em 2013.

A Petrobras, por sua vez, registrou lucro líquido de R$ 7,747 bilhões entre outubro e dezembro de 2012, o equivalente a uma expansão de 53,44% ante igual período de 2011 e acima dos R$ 5,73 bilhões estimados conforme média das projeções de instituições consultadas pela AE.

No acumulado de todo o ano passado, a estatal petrolífera teve lucro líquido de R$ 21,182 bilhões (R$ 19,16 bilhões previstos), resultado 36,42% menor que o apurado 2011 e o pior desde 2004.

Logo mais a companhia comenta o desempenho financeiro em teleconferência. Em nota, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, credita o resultado ao aumento da importação de derivados a preços mais elevados, somada à desvalorização cambial e ao aumento de despesas extraordinárias, como a baixa de poços secos, além da queda na produção de petróleo.


Para a equipe de pesquisa do Espirito Santo Investment Bank, há uma boa perspectiva para a empresa neste ano, como resultado do crescimento na produção e recuperação das margens devido ao recente aumento nos preços do diesel e gasolina.

Para os analistas do BB Investimentos, o mais recente reajuste nos combustíveis deve impactar positivamente o balanço da Petrobras. "Entretanto, aguardamos para o ano um resultado positivo mais evidente dos programas de redução de custos, de aumento de produtividade e de desinvestimentos, entre outros", completa os profissionais do BB-BI, em relatório.

No after market de segunda-feira as ações PN da estatal petrolífera fecharam niveladas ao fechamento do pregão regular, cotadas a R$ 18,00. Mas a expectativa é de que os papéis reagem em alta na sessão de hoje. Esse viés positivo para a blue chip é favorecido pelos ganhos, ainda que moderados, exibidos pelos mercados internacionais.

Outra ação de peso na Bolsa que deve despontar é a Vale, diante da informação de que os estoques de minério de ferro em portos chineses caiu para o menor nível em dois anos na semana passada, na quarta queda semanal consecutiva. Ainda sobre o gigante emergente, o índice dos gerentes de compra (PMI) do setor de serviços na China, medido pelo HSBC, subiu a 54 em janeiro, de 51,7 em dezembro.

No horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,51%, antes da divulgação do índice ISM de atividade no setor de serviços em janeiro. Na Europa, as bolsas de Londres e Paris cresciam 0,66% e 1,12%, nesta ordem, amparadas pela ritmo mais fraco de contração da atividade econômica no setor privado da zona do euro em dez meses, a despeito da maior queda desde abril nas vendas do comércio varejista na região.

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