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Bovespa reduz queda a 3,4%, mas segue em níveis de 2009

Todas as ações da carteira teórica seguiam no vermelho

Bolsas: todas as ações da carteira teórica seguiam no vermelho (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 13h44.

São Paulo - O principal índice da Bovespa seguia nos níveis de meados de 2009 nesta segunda-feira, mas recuperava-se das mínimas da sessão, quando chegou a cair mais de 6 por cento, contaminado pelo pânico que tomou conta dos mercados globais por preocupações com a economia chinesa .

Às 12:38, horário de Brasília, o Ibovespa caía 3,32 por cento, a 44.201 pontos, tocando a mínima durante os negócios desde abril de 2009. No pior momento até esse horário, a queda foi de 6,5 por cento, a 42.749 pontos.

Todas as ações da carteira teórica seguiam no vermelho. O volume financeiro na bolsa somava 3,3 bilhões de reais.

Na China, o índice SSE, da bolsa de Xangai, perdeu 8,46 por cento, conforme medidas do governo da segunda maior economia do mundo para conter o declínio no mercado acionário e a desaceleração econômica não surtiam efeito.

Na Europa, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, fechou em queda de 5,39 por cento, segundo dados preliminares. Em Wall Street, o S&P 500 caía quase 3 por cento e o Nasdaq cedia 5,4 por cento, distanciando-se das mínimas.

"Todos os dados de atividade da economia chinesa apontam para uma desaceleração maior do que vem indicando o PIB (Produto Interno Bruto) oficial. E essa é a grande questão de fundo por trás dessa deterioração do mercado acionário", disse o analista Marco Aurelio Barbosa, da CM Capital Markets.

A decisão chinesa de permitir que fundos de pensão administrados por governos locais invistam no mercado acionário pela primeira vez não trouxe alívio ao mercado. Conforme nota do Credit Suisse, havia expectativa de corte da taxa de depósito compulsório dos bancos chineses para estimular a economia, o que não aconteceu.[nL1N10Z0C4] Entre as commodities, o minério de ferro caiu 4 por cento na China e o petróleo perdia cerca de 4 por cento.

Em nota a clientes, Barbosa, da CM Capital Markets, escreveu que as medidas do governo chinês visam estancar o pânico entre investidores pessoas físicas e evitar o contágio da economia real pela perda de lastro para o consumo devido à redução da poupança.

"O que vem ocorrendo é que as medidas de 'socorro' à bolsa (chinesa) vêm afastando os poupadores e atraindo mais especulação. Há uma sensação de que o governo chinês está perdendo o controle da situação", afirmou. O Credit Suisse destacou que o movimento recente do banco central da China de desvalorizar o iuan levou a um choque negativo no apetite de risco e, em caso de piora, poderia afetar negativamente também o crescimento global.

Na cena local, era visto como novo elemento de incerteza a decisão do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, de pedir investigação das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, assim como o risco de saída do vice-presidente Michel Temer da articulação politica.

"Passado o 'modo pânico', a bolsa tende a reagir um pouco conforme os investidores começam a fazer contas", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.

Destaques

VALE tinha queda entre 6 e 7 por cento para as ordinárias e as preferenciais de classe A, em meio aos temores sobre a China, uma vez que uma desaceleração mais forte naquele país tende a trazer impactos relevantes sobre o preço das commodities.

Os preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira, com os contratos futuros atingindo limite diário de queda.

USIMINAS e CSN caíam 8,14 e 8,20 por cento, respectivamente, entre as maiores quedas do Ibovespa, também afetadas pelas apreensões ligadas à economia chinesa, com relatórios do Itaú BBA e do Credit Suisse negativos sobre o setor.

No caso do Itaú BBA, o analista abre sua análise afirmando que boas notícias para as siderúrgicas e mineradoras brasileiras são improváveis por ora. GERDAU, mesmo citada ainda como a preferida dos analistas, recuava quase 10 por cento.

PETROBRAS perdia perto de 6 por cento, tanto as preferenciais como as ordinárias, em meio ao declínio acentuado dos preços do petróleo no exterior.

ITAÚ UNIBANCO diminuía o declínio para 2,77 por cento e BRADESCO recuava 3,01 por cento.

TIM PARTICIPAÇÕES caía 4,86 por cento, também afetada pela notícia de que a TELEFÔNICA BRASIL não está mais disposta a fatiar a companhia controlada pela Telecom Italia e mira a Sky, do grupo AT&T, segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.

O Credit Suisse avaliou também que a notícia seja negativa para OI, que caía 8,33 por cento, pois uma potencial compra da empresa nao é mencionada, conforme nota a clientes. Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição de Cesar Bianconi)

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São Paulo - O principal índice da Bovespa seguia nos níveis de meados de 2009 nesta segunda-feira, mas recuperava-se das mínimas da sessão, quando chegou a cair mais de 6 por cento, contaminado pelo pânico que tomou conta dos mercados globais por preocupações com a economia chinesa .

Às 12:38, horário de Brasília, o Ibovespa caía 3,32 por cento, a 44.201 pontos, tocando a mínima durante os negócios desde abril de 2009. No pior momento até esse horário, a queda foi de 6,5 por cento, a 42.749 pontos.

Todas as ações da carteira teórica seguiam no vermelho. O volume financeiro na bolsa somava 3,3 bilhões de reais.

Na China, o índice SSE, da bolsa de Xangai, perdeu 8,46 por cento, conforme medidas do governo da segunda maior economia do mundo para conter o declínio no mercado acionário e a desaceleração econômica não surtiam efeito.

Na Europa, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, fechou em queda de 5,39 por cento, segundo dados preliminares. Em Wall Street, o S&P 500 caía quase 3 por cento e o Nasdaq cedia 5,4 por cento, distanciando-se das mínimas.

"Todos os dados de atividade da economia chinesa apontam para uma desaceleração maior do que vem indicando o PIB (Produto Interno Bruto) oficial. E essa é a grande questão de fundo por trás dessa deterioração do mercado acionário", disse o analista Marco Aurelio Barbosa, da CM Capital Markets.

A decisão chinesa de permitir que fundos de pensão administrados por governos locais invistam no mercado acionário pela primeira vez não trouxe alívio ao mercado. Conforme nota do Credit Suisse, havia expectativa de corte da taxa de depósito compulsório dos bancos chineses para estimular a economia, o que não aconteceu.[nL1N10Z0C4] Entre as commodities, o minério de ferro caiu 4 por cento na China e o petróleo perdia cerca de 4 por cento.

Em nota a clientes, Barbosa, da CM Capital Markets, escreveu que as medidas do governo chinês visam estancar o pânico entre investidores pessoas físicas e evitar o contágio da economia real pela perda de lastro para o consumo devido à redução da poupança.

"O que vem ocorrendo é que as medidas de 'socorro' à bolsa (chinesa) vêm afastando os poupadores e atraindo mais especulação. Há uma sensação de que o governo chinês está perdendo o controle da situação", afirmou. O Credit Suisse destacou que o movimento recente do banco central da China de desvalorizar o iuan levou a um choque negativo no apetite de risco e, em caso de piora, poderia afetar negativamente também o crescimento global.

Na cena local, era visto como novo elemento de incerteza a decisão do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, de pedir investigação das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, assim como o risco de saída do vice-presidente Michel Temer da articulação politica.

"Passado o 'modo pânico', a bolsa tende a reagir um pouco conforme os investidores começam a fazer contas", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.

Destaques

VALE tinha queda entre 6 e 7 por cento para as ordinárias e as preferenciais de classe A, em meio aos temores sobre a China, uma vez que uma desaceleração mais forte naquele país tende a trazer impactos relevantes sobre o preço das commodities.

Os preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira, com os contratos futuros atingindo limite diário de queda.

USIMINAS e CSN caíam 8,14 e 8,20 por cento, respectivamente, entre as maiores quedas do Ibovespa, também afetadas pelas apreensões ligadas à economia chinesa, com relatórios do Itaú BBA e do Credit Suisse negativos sobre o setor.

No caso do Itaú BBA, o analista abre sua análise afirmando que boas notícias para as siderúrgicas e mineradoras brasileiras são improváveis por ora. GERDAU, mesmo citada ainda como a preferida dos analistas, recuava quase 10 por cento.

PETROBRAS perdia perto de 6 por cento, tanto as preferenciais como as ordinárias, em meio ao declínio acentuado dos preços do petróleo no exterior.

ITAÚ UNIBANCO diminuía o declínio para 2,77 por cento e BRADESCO recuava 3,01 por cento.

TIM PARTICIPAÇÕES caía 4,86 por cento, também afetada pela notícia de que a TELEFÔNICA BRASIL não está mais disposta a fatiar a companhia controlada pela Telecom Italia e mira a Sky, do grupo AT&T, segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.

O Credit Suisse avaliou também que a notícia seja negativa para OI, que caía 8,33 por cento, pois uma potencial compra da empresa nao é mencionada, conforme nota a clientes. Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição de Cesar Bianconi)

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