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Bovespa recua com pronunciamento de Dilma Rousseff

A Bovespa iniciou o dia em alta moderada, mas em menos de 15 minutos de pregão virou para o negativo


	Dilma: segundo ela, "a Petrobras não praticou malfeitos", o que reforça a percepção do mercado de que o governo se recusa a reconhecer falhas na gestão da estatal
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: segundo ela, "a Petrobras não praticou malfeitos", o que reforça a percepção do mercado de que o governo se recusa a reconhecer falhas na gestão da estatal (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 10h32.

São Paulo - A Bovespa iniciou o dia em alta moderada, mas em menos de 15 minutos de pregão virou para o negativo, em meio à apreensão dos investidores antes de uma definição em relação à ajuda financeira para a Grécia na Europa.

O ministro de Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, que conduz as reuniões dos ministros da zona do euro, informou que a reunião sobre o tema, marcada inicialmente para as 12 horas desta sexta-feira, 20, foi postergada para as 13h30.

Mas foram declarações da presidente Dilma Rousseff que fizeram os negócios locais renovarem, há pouco, as mínimas da sessão.

Segundo ela, "a Petrobras não praticou malfeitos", o que reforça a percepção do mercado de que o governo se recusa a reconhecer falhas na gestão da estatal.

Às 10h41, o Ibovespa caía 0,29%, aos 51.146 pontos. Na mínima, registrou 51.060 pontos (-0,46%). Na máxima, mais cedo, foi aos 51.450 pontos (+0,30%).

Petrobras perdia 1,04% e 0,92% nos papéis ON e PN, respectivamente. Ainda em relação à estatal petrolífera, a primeira audiência do caso da ação coletiva aberta por investidores contra a Petrobras nos Estados Unidos ocorre a partir das 17 horas, em que deve ser definido o líder da ação, que representará os investidores.

Dilma falou em cerimônia de entrega de Cartas Credenciais dos Embaixadores Estrangeiros no Palácio do Planalto. De acordo com ela, não há "engavetador da República". "Há investigação como nunca antes", afirmou.

A presidente afirmou também que o País só comporta 4,5% de correção na tabela do Imposto de Renda. "Acima disso não dá. Não estamos vetando reajuste maior no IR porque queremos. Não cabe no Orçamento", completou. 

Na agenda de Dilma, hoje, o próximo evento é uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

No exterior, a atenção está concentrada na reunião de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) e, antes de uma definição sobre o programa de ajuda financeira ao governo grego, os índices futuros em Nova York oscilavam em torno na estabilidade, com leve viés positivo.

Na Europa, as principais praças acionárias da região não exibiam uma direção única. O futuro do Dow Jones subia 0,04% às 10h43, enquanto a Bolsa de Frankfurt, +0,23% e a de Paris, -0,42%.

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