Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,61%, aos 56.244,42 pontos, na máxima (REUTERS/Nacho Doce)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 10h52.
São Paulo - Carente de um fluxo favorável de notícias domésticas, capaz de içar os negócios locais, a Bovespa pegou carona nos ganhos dos mercados internacionais nesta manhã para abrir em alta.
Mas a agenda econômica norte-americana novamente forte tende a agitar o pregão. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,61%, aos 56.244,42 pontos, na máxima.
O sócio e gestor da Cultinvest Asset Management, Walter Mendes, avalia que a Bolsa até que poderia melhorar a performance, até então frustrante, mas está difícil achar um catalisador.
"O crescimento econômico seria uma saída", diz. Ele pondera, porém, que os números fracos da produção industrial nacional, divulgados nesta terça-feira, condensa ainda mais o fluxo já negativo de notícias para o mercado acionário doméstico.
Segundo o IBGE, a atividade da indústria brasileira caiu 2,5% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, após subir 2,6% em janeiro ante dezembro (dado revisado).
A queda foi maior que a prevista pela mediana, após levantamento do AE Projeções, de -2,4%, e ficou perto do piso do intervalo das estimativas, entre -2,70% e -0,70%.
Para Mendes, é a falta de continuidade de dados positivos, indicando uma melhora efetiva da economia brasileira, que tem inibido a Bolsa, deixando-a em uma constante lateralidade. "A Bolsa fica, então, num vai e volta intenso, ao sabor do noticiário do dia", completa.
Também ma agenda econômica desta terça-feira, logo mais, às 10 horas, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Já nos Estados Unidos, às 10h45 sai o índice de condições empresariais em Nova York em março e, às 11 horas, é a vez das encomendas à indústria em fevereiro.
Ainda às 9h50, o futuro do S&P 500 subia 0,41%. Já na Europa, as principais bolsas voltaram do feriado no azul, com os investidores respirando aliviados após a suavização dos credores internacionais nos termos do pacote de resgate financeiro ao Chipre, concedendo mais um ano para o alcance das metas orçamentárias.
A Bolsa da ilha também retornou aos negócios hoje, após permanecer fechada por duas semanas.