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Bovespa pega carona na alta externa e abre em alta

A base de sustentação dos negócios ainda é frágil, e qualquer virada de humor pode neutralizar os ganhos

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 10h33.

São Paulo - Depois de perder um importante piso e encerrar a sessão de terça-feira no menor nível do ano, a Bovespa se apoia no otimismo dos mercados internacionais nesta quarta-feira para abrir em alta e recuperar terreno. Porém, a base de sustentação dos negócios ainda é frágil, e qualquer virada de humor pode neutralizar os ganhos, principalmente porque amanhã é feriado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,85%, aos 52.928,91 pontos, na máxima.

Um operador da mesa de renda variável de uma gestora de ativos paulista diz que o comportamento da Bolsa está "muito estranho". "Não surge investidor com vontade de comprar", afirma, referindo-se ao volume financeiro baixo negociado nesta semana e a ausência de um tomador final. "A Bolsa está muito fraca e simplesmente não anda", acrescenta.

Portanto, ele desconfia da direção dos negócios locais ao longo do dia. "A Bolsa deve seguir na cola do exterior, mas em meio a muita volatilidade", diz o profissional. Ele lembra que o feriado de Corpus Christi, quando os mercados acionários em Nova York, por exemplo, permanecerão abertos, deve enxugar a liquidez dos negócios e reduzir ainda mais a disposição do investidor em ficar "comprado". Por sua vez, o pregão de sexta-feira deve ser "imprensado" antes do fim de semana.

Em Wall Street, os índices futuros sinalizam uma abertura em alta das Bolsas de Nova York, à espera da publicação do Livro Bege, pelo Federal Reserve, às 15 horas. O documento serve como balizador da decisão de política monetária a ser tomada em reunião marcada para este mês, quando os mercados financeiros acreditam que possam ser adotados novos estímulos econômicos.

Na Europa, as principais bolsas reduziram a alta após o Banco Central Europeu (BCE) manter a taxa básica de juros em 1,0% e em meio às declarações do presidente da instituição, Mario Draghi.

Entre outras coisas, Draghi afirmou ser crucial continuar a consolidação fiscal na zona do euro e recuperar a competitividade da região, destacando que os dados econômicos recentes destacam a continuidade da incerteza. Ele salientou ainda que um ajuste abrupto e desordenado no balanço dos bancos não se materializou e reiterou que as operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) segue até o fim de 2012.

Internamente, os investidores acompanham o comportamento dos contratos futuros de juros após a desaceleração do IPCA em maio. O dado ficou em 0,36% no mês passado, de +0,64% em abril, abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. No ano, o indicador oficial de inflação acumula alta de 2,29% e, em 12 meses, o avanço é de 4,86%.

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São Paulo - Depois de perder um importante piso e encerrar a sessão de terça-feira no menor nível do ano, a Bovespa se apoia no otimismo dos mercados internacionais nesta quarta-feira para abrir em alta e recuperar terreno. Porém, a base de sustentação dos negócios ainda é frágil, e qualquer virada de humor pode neutralizar os ganhos, principalmente porque amanhã é feriado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,85%, aos 52.928,91 pontos, na máxima.

Um operador da mesa de renda variável de uma gestora de ativos paulista diz que o comportamento da Bolsa está "muito estranho". "Não surge investidor com vontade de comprar", afirma, referindo-se ao volume financeiro baixo negociado nesta semana e a ausência de um tomador final. "A Bolsa está muito fraca e simplesmente não anda", acrescenta.

Portanto, ele desconfia da direção dos negócios locais ao longo do dia. "A Bolsa deve seguir na cola do exterior, mas em meio a muita volatilidade", diz o profissional. Ele lembra que o feriado de Corpus Christi, quando os mercados acionários em Nova York, por exemplo, permanecerão abertos, deve enxugar a liquidez dos negócios e reduzir ainda mais a disposição do investidor em ficar "comprado". Por sua vez, o pregão de sexta-feira deve ser "imprensado" antes do fim de semana.

Em Wall Street, os índices futuros sinalizam uma abertura em alta das Bolsas de Nova York, à espera da publicação do Livro Bege, pelo Federal Reserve, às 15 horas. O documento serve como balizador da decisão de política monetária a ser tomada em reunião marcada para este mês, quando os mercados financeiros acreditam que possam ser adotados novos estímulos econômicos.

Na Europa, as principais bolsas reduziram a alta após o Banco Central Europeu (BCE) manter a taxa básica de juros em 1,0% e em meio às declarações do presidente da instituição, Mario Draghi.

Entre outras coisas, Draghi afirmou ser crucial continuar a consolidação fiscal na zona do euro e recuperar a competitividade da região, destacando que os dados econômicos recentes destacam a continuidade da incerteza. Ele salientou ainda que um ajuste abrupto e desordenado no balanço dos bancos não se materializou e reiterou que as operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) segue até o fim de 2012.

Internamente, os investidores acompanham o comportamento dos contratos futuros de juros após a desaceleração do IPCA em maio. O dado ficou em 0,36% no mês passado, de +0,64% em abril, abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. No ano, o indicador oficial de inflação acumula alta de 2,29% e, em 12 meses, o avanço é de 4,86%.

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