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BOVESPA-Panorama desanimador não dá trégua e índice têm queda

SÃO PAULO, 23 de novembro (Reuters) - A bolsa de valores brasileira teve um segundo dia de perdas significativas, em meio ao estresse mundial com as resoluções acerca da dívida irlandesa, em um pano de fundo formado por expectativa de alta no juro chinês e as dúvias em relação ao futuro do Banco Central brasleiro. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 18h03.

SÃO PAULO, 23 de novembro (Reuters) - A bolsa de valores
brasileira teve um segundo dia de perdas significativas, em
meio ao estresse mundial com as resoluções acerca da dívida
irlandesa, em um pano de fundo formado por expectativa de alta
no juro chinês e as dúvias em relação ao futuro do Banco
Central brasleiro.

O Ibovespa , principal índice do mercado
brasileiro, fechou em queda de 2,41 por cento, aos 67.952
pontos, menor patamar de fechamento desde setembro. Na mínima
do dia o índice chegou a cair cerca de 2,7 por cento.

O volume financeiro foi de 6,57 bilhões de reais.

Não houve uma mudança significativa de panorama em relação
à véspera, exceto pelo novo desconforto vindo de um ataque da
Coreia do Norte à Coreia do Sul.

Dessa forma, o mercado operou o pregão inteiro no vermelho,
aprofundando a queda na parte da tarde após o Federal Reserve
anuciar a revisão para baixo de suas projeções, juntamente com
sua ata.

"Seguimos com um conjunto de variáveis ruins. A expectativa
de alta no juros da China, a economia norte-americana que não
deslancha, foco de preocupação na Irlanda com perigo de
contágio e o futuro do nosso Banco Central", enumerou Luiz
Roberto Monteiro, assessor financeiro da Souza Barros.

"No curto prazo não há expectativa de mudança desse
cenário, é um conjunto de variáveis e todo dia surge um fato
novo pendendo para a instabilidade", ponderou.

Além do estresse relacionado às negociações para ajuda à
Irlanda e o perigo de contágio de outros países da zona do
euro, como Portugal, os mercados globais repercutiam a notícia
de ataque da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul.

Com um cenário preenchido por fatores de instabilidade, o
mercado em Wall Street também tinha viés de queda, com dados
ainda insatisfatórios de PIB dos Estados Unidos e uma ata do
Fed que tampouco conseguiu animar os investidores.

O Departamento de Comércio informou que a economia dos EUA
cresceu 2,5 por cento no terceiro trimestre, e o Fed revisou
para baixo suas previsões de crescimento econômico no próximo
ano, passando a ver o desemprego em níveis significativamente
mais altos do que estimava nas últimas previsões oficiais em
junho. [ID:nN23188816]

O Dow Jones fehcou em queda de 1,27 por cento, a
11.036 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,46 por cento, aos
2.494 pontos.

No cenário doméstico já especula-se os possíveis rumos do
Banco Central, com notícias de que o diretor de Normas do BC,
Alexandre Tombini, substituirá Henrique Meirelles na
presidência da instituição no governo Dilma Rousseff.

No Ibovespa o setor de contrução novamente amargou as
piores quedas. A PDG terminou em baixa de 5,53 por
cento, para 10,07 reais, maior perda do índice, enquanto que a
MRV recuou 5,36 por cento, a 16,23 reais e a Rossi
se desvalorizou 4,61 por cento, em 14,07 reais.

Em termos de volume as ações preferenciais da Petrobras
foram as mais negociadas, recuando 1,64 por cento,
para 24,65 reais, ao passo que as ações ordinárias
cederam 0,98 por cento, para 27,33 reais. Os papéis
preferenciais da Vale terminaram em baixa de 2,23
por cento, a 48,20 reais, enquanto que os ordinários
caíram 2,53 por cento, para 53,90 reais.

Poucos papéis fecharam em alta, sendo a mais expressiva a
da B2W , que subiu 0,72 por cento, para 32 reais.

(Reportagem de Rodolfo Barbosa; Edição de Alexandre
Caverni)

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SÃO PAULO, 23 de novembro (Reuters) - A bolsa de valores
brasileira teve um segundo dia de perdas significativas, em
meio ao estresse mundial com as resoluções acerca da dívida
irlandesa, em um pano de fundo formado por expectativa de alta
no juro chinês e as dúvias em relação ao futuro do Banco
Central brasleiro.

O Ibovespa , principal índice do mercado
brasileiro, fechou em queda de 2,41 por cento, aos 67.952
pontos, menor patamar de fechamento desde setembro. Na mínima
do dia o índice chegou a cair cerca de 2,7 por cento.

O volume financeiro foi de 6,57 bilhões de reais.

Não houve uma mudança significativa de panorama em relação
à véspera, exceto pelo novo desconforto vindo de um ataque da
Coreia do Norte à Coreia do Sul.

Dessa forma, o mercado operou o pregão inteiro no vermelho,
aprofundando a queda na parte da tarde após o Federal Reserve
anuciar a revisão para baixo de suas projeções, juntamente com
sua ata.

"Seguimos com um conjunto de variáveis ruins. A expectativa
de alta no juros da China, a economia norte-americana que não
deslancha, foco de preocupação na Irlanda com perigo de
contágio e o futuro do nosso Banco Central", enumerou Luiz
Roberto Monteiro, assessor financeiro da Souza Barros.

"No curto prazo não há expectativa de mudança desse
cenário, é um conjunto de variáveis e todo dia surge um fato
novo pendendo para a instabilidade", ponderou.

Além do estresse relacionado às negociações para ajuda à
Irlanda e o perigo de contágio de outros países da zona do
euro, como Portugal, os mercados globais repercutiam a notícia
de ataque da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul.

Com um cenário preenchido por fatores de instabilidade, o
mercado em Wall Street também tinha viés de queda, com dados
ainda insatisfatórios de PIB dos Estados Unidos e uma ata do
Fed que tampouco conseguiu animar os investidores.

O Departamento de Comércio informou que a economia dos EUA
cresceu 2,5 por cento no terceiro trimestre, e o Fed revisou
para baixo suas previsões de crescimento econômico no próximo
ano, passando a ver o desemprego em níveis significativamente
mais altos do que estimava nas últimas previsões oficiais em
junho. [ID:nN23188816]

O Dow Jones fehcou em queda de 1,27 por cento, a
11.036 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,46 por cento, aos
2.494 pontos.

No cenário doméstico já especula-se os possíveis rumos do
Banco Central, com notícias de que o diretor de Normas do BC,
Alexandre Tombini, substituirá Henrique Meirelles na
presidência da instituição no governo Dilma Rousseff.

No Ibovespa o setor de contrução novamente amargou as
piores quedas. A PDG terminou em baixa de 5,53 por
cento, para 10,07 reais, maior perda do índice, enquanto que a
MRV recuou 5,36 por cento, a 16,23 reais e a Rossi
se desvalorizou 4,61 por cento, em 14,07 reais.

Em termos de volume as ações preferenciais da Petrobras
foram as mais negociadas, recuando 1,64 por cento,
para 24,65 reais, ao passo que as ações ordinárias
cederam 0,98 por cento, para 27,33 reais. Os papéis
preferenciais da Vale terminaram em baixa de 2,23
por cento, a 48,20 reais, enquanto que os ordinários
caíram 2,53 por cento, para 53,90 reais.

Poucos papéis fecharam em alta, sendo a mais expressiva a
da B2W , que subiu 0,72 por cento, para 32 reais.

(Reportagem de Rodolfo Barbosa; Edição de Alexandre
Caverni)

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