Bovespa oscila após abertura, de olho no exterior
Amparados pelos ganhos exibidos nos mercados internacionais após a definição do cenário político na Itália, os negócios locais podem até tentar se reaproximar dos 55 mil pontos
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2013 às 10h45.
São Paulo - A recuperação iniciada pela Bovespa ao final da semana passada, um dia após renovar a pontuação mínima do ano, deve ter continuidade nesta segunda-feira.
Amparados pelos ganhos exibidos nos mercados internacionais após a definição do cenário político na Itália, os negócios locais podem até tentar se reaproximar dos 55 mil pontos.
Porém, a agenda econômica intensa já a partir de hoje tende a testar o vigor entre os ativos de risco. Por volta das 10h05, o Ibovespa oscilava em baixa de 0,03%, aos 53.911,94 pontos.
Para o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, a Bovespa pode pegar carona na alta externa para iniciar os trabalhos desta última semana cheia de abril.
"Os mercados melhores no exterior podem levar a Bolsa à terceira alta seguida", diz, referindo-se também aos ganhos verificadas na quinta e sexta-feira passadas.
Em meio a essa expectativa, um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista prevê que o Ibovespa encoste novamente no patamar dos 55 mil pontos, em breve.
"O que complica é a aposta elevada dos estrangeiros na queda do índice", pondera. O profissional se refere à posição vendida dos investidores estrangeiros em Ibovespa, no mercado futuro, que pulou em quase 5 mil contratos, passando de aproximados 150 mil contratos em aberto no dia 18 para 155 mil contratos em aberto no dia 19 - última data disponível.
Porém, o dia caminha para ser novamente positivo, diante das novidades políticas na Itália. O país conseguiu reeleger Giorgio Napolitano, de 87 anos, como presidente para um inédito segundo mandato, de mais sete anos, após três dias de votações no Parlamento.
Às 10h05, a Bolsa de Milão exibia ganhos mais robustos antes os demais pares europeus, com +1,64%, enquanto as bolsas de Frankfurt e de Paris cresciam 0,50% e 0,18%, respectivamente, no aguardo da divulgação da leitura preliminar de abril da confiança do consumidor na zona do euro, às 11 horas.
Já em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,22% às 10h05, de olho nos dados econômicos e nos balanços corporativos previstos para o dia. Há pouco, foi informado que o índice regional de atividade em Chicago caiu a -0,23 em março, de 0,76 em fevereiro. Logo mais, às 11 horas, é a vez das vendas de moradias usadas nos Estados Unidos no mês passado.
No Brasil, a novidade ficou com a pesquisa Focus, do Banco Central, que trouxe a redução da previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2013.
Segundo o levantamento, as estimativas passaram de 8,50% para 8,25% ao ano, sendo que em maio a Selic deve subir outros 0,25 ponto porcentual, após a elevação de igual magnitude na semana passada. Na próxima quinta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) publica a ata da última reunião, quando interrompeu o ciclo de manutenção dos juros e retirou a Selic do mínimo histórico de 7,25%, por 6 votos a 2.
No noticiário corporativo, o Bradesco inaugurou a safra de balanços entre os grandes bancos privados, anunciando um lucro líquido ajustado de R$ 2,943 bilhões, que ficou em linha com as previsões de analistas consultados pela Agência Estado.
Os números trimestrais mostram, segundo avaliação inicial de operadores, inadimplência e provisões para devedores duvidosos mais controladas. Entre amanhã e sexta-feira, a temporada doméstica de resultados financeiros traz os resultados financeiros de Vale, Santander, Usiminas e Petrobras.
Também chama atenção o anúncio da fusão na área de educação entre Kroton e a Anhanguera, via incorporação de ações da segunda pela primeira. As ofertas públicas de ações também dominarão os próximos dias, com a precificação do IPO de BB Seguridade, Smiles e Alupar, o follow on da Abril Educação e as OPA da Amil e da Comgás.
São Paulo - A recuperação iniciada pela Bovespa ao final da semana passada, um dia após renovar a pontuação mínima do ano, deve ter continuidade nesta segunda-feira.
Amparados pelos ganhos exibidos nos mercados internacionais após a definição do cenário político na Itália, os negócios locais podem até tentar se reaproximar dos 55 mil pontos.
Porém, a agenda econômica intensa já a partir de hoje tende a testar o vigor entre os ativos de risco. Por volta das 10h05, o Ibovespa oscilava em baixa de 0,03%, aos 53.911,94 pontos.
Para o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, a Bovespa pode pegar carona na alta externa para iniciar os trabalhos desta última semana cheia de abril.
"Os mercados melhores no exterior podem levar a Bolsa à terceira alta seguida", diz, referindo-se também aos ganhos verificadas na quinta e sexta-feira passadas.
Em meio a essa expectativa, um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista prevê que o Ibovespa encoste novamente no patamar dos 55 mil pontos, em breve.
"O que complica é a aposta elevada dos estrangeiros na queda do índice", pondera. O profissional se refere à posição vendida dos investidores estrangeiros em Ibovespa, no mercado futuro, que pulou em quase 5 mil contratos, passando de aproximados 150 mil contratos em aberto no dia 18 para 155 mil contratos em aberto no dia 19 - última data disponível.
Porém, o dia caminha para ser novamente positivo, diante das novidades políticas na Itália. O país conseguiu reeleger Giorgio Napolitano, de 87 anos, como presidente para um inédito segundo mandato, de mais sete anos, após três dias de votações no Parlamento.
Às 10h05, a Bolsa de Milão exibia ganhos mais robustos antes os demais pares europeus, com +1,64%, enquanto as bolsas de Frankfurt e de Paris cresciam 0,50% e 0,18%, respectivamente, no aguardo da divulgação da leitura preliminar de abril da confiança do consumidor na zona do euro, às 11 horas.
Já em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,22% às 10h05, de olho nos dados econômicos e nos balanços corporativos previstos para o dia. Há pouco, foi informado que o índice regional de atividade em Chicago caiu a -0,23 em março, de 0,76 em fevereiro. Logo mais, às 11 horas, é a vez das vendas de moradias usadas nos Estados Unidos no mês passado.
No Brasil, a novidade ficou com a pesquisa Focus, do Banco Central, que trouxe a redução da previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2013.
Segundo o levantamento, as estimativas passaram de 8,50% para 8,25% ao ano, sendo que em maio a Selic deve subir outros 0,25 ponto porcentual, após a elevação de igual magnitude na semana passada. Na próxima quinta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) publica a ata da última reunião, quando interrompeu o ciclo de manutenção dos juros e retirou a Selic do mínimo histórico de 7,25%, por 6 votos a 2.
No noticiário corporativo, o Bradesco inaugurou a safra de balanços entre os grandes bancos privados, anunciando um lucro líquido ajustado de R$ 2,943 bilhões, que ficou em linha com as previsões de analistas consultados pela Agência Estado.
Os números trimestrais mostram, segundo avaliação inicial de operadores, inadimplência e provisões para devedores duvidosos mais controladas. Entre amanhã e sexta-feira, a temporada doméstica de resultados financeiros traz os resultados financeiros de Vale, Santander, Usiminas e Petrobras.
Também chama atenção o anúncio da fusão na área de educação entre Kroton e a Anhanguera, via incorporação de ações da segunda pela primeira. As ofertas públicas de ações também dominarão os próximos dias, com a precificação do IPO de BB Seguridade, Smiles e Alupar, o follow on da Abril Educação e as OPA da Amil e da Comgás.