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Bovespa mostra fraqueza na abertura

A segunda-feira começa com notícias positivas vindas da Europa e da China, mas os investidores parecem só ter olhos para os EUA, que divulgam dados ainda hoje


	Fachada do Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,31%, aos 54.278,08 pontos, na máxima
 (Bloomberg)

Fachada do Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 0,31%, aos 54.278,08 pontos, na máxima (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 10h31.

São Paulo - A segunda-feira começa com notícias positivas vindas da Europa e da China, mas os investidores parecem só ter olhos para os Estados Unidos, o que deixa os mercados financeiros de lado, sem tendência única - movimento que tende a ser acompanhado de perto pela Bovespa.

A agenda econômica norte-americana do dia, com discursos de dirigentes de distritais do Federal Reserve e dados de atividade nos Estados Unidos, pode aguçar o vaivém entre os ativos de risco. Resta saber, quanto mais de setembro os investidores ainda podem estar interessados em colocar no bolso antes do fim do mês. Às 10h05, o Ibovespa subia 0,31%, aos 54.278,08 pontos, na máxima.

Operadores consultados nesta manhã lembram que os mercados globais seguem com comportamento desequilibrado desde a decisão do Federal Reserve de seguir com o programa de flexibilização monetária, anunciada na quarta-feira, 18, contrariando uma expectativa majoritária de início de retirada gradual dos estímulos.

Para muitos, o rali dos ativos de risco até poderia ser mais duradouro, uma vez que a economia norte-americana continuaria sendo estimulada. Contudo, a manutenção pode ter servido apenas para dar mais tempo aos investidores, o que, inclusive, tende a instigar uma realização de lucros no curto prazo.

Tanto é que nas duas sessões seguintes ao anúncio do Fed, a Bolsa caiu 2,9%, encolhendo os ganhos no acumulado do mês para pouco mais de 8%. Porém, o noticiário do dia, por enquanto, "só teve coisa boa", conforme lembra o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, o que pode diminuir o ímpeto por novas quedas por aqui.


O profissional refere-se ao avanço do índice composto dos gerentes de compras (PMI) da zona do euro, que abrange os setores de serviço e da indústria e que alcançou o nível mais alto em 27 meses em setembro, a 52,1. A previsão de analistas era de alta a 51,9, ante leitura de 51,5 em agosto.

Além disso, a chanceler alemã, Angela Merkel, conquistou, nas urnas, o direito a um terceiro mandato, mas como não conquistou a maioria no Parlamento (Bundestag), viu-se obrigada a iniciar um longo e delicado processo para construir uma coalizão de governo.

Mesmo assim, as principais bolsas europeias estão mais fracas, sendo que, no horário acima, a Bolsa de Frankfurt recuava 0,51%. Nem mesmo o avanço do PMI da indústria chinesa na prévia deste mês para o maior nível em seis meses, a 51,2, de 50,1 em agosto, embala as ações ligadas às commodities.

Algumas bolsas asiáticas, por exemplo, voltaram do feriado prolongado com tênues desempenhos. A Bolsa de Xangai subiu 1,3%.

Para Lukaisus, os eventos previstos nos Estados Unidos trazem cautela aos negócios. Além dos dados previstos para hoje, com destaque para o índice PMI industrial calculado pelo Markit, os presidentes das distritais de Atlanta, Dennis Lockhart (10h20); de Nova York, William Dudley (10h30); e de Dallas, Richard Fisher (14h30), discursam.

Vale ressaltar que desses, apenas Dudley é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Por volta das 10h05, o futuro do S&P 500 caía 0,23%, já reagindo ao avanço do índice regional de atividade em Chicago, a 0,14 em agosto, de -0,43 em julho (dado revisado).

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