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Migração continua e Ibovespa cai à mínima desde agosto

Nas duas primeiras sessões de fevereiro, seguindo a tendência da segunda metade do mês passado, houve a saída líquida de 157,5 milhões de reais da bolsa

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 18h54.

São Paulo - O principal índice das ações brasileiras caiu mais de 2 por cento nesta sexta-feira, com os investidores dando continuidade à migração para bolsas no exterior em meio à incerteza sobre a política monetária local e ao crescimento mais firme das principais economias.

O Ibovespa <.BVSP> recuou 2,24 por cento, a 65.269 pontos, o menor patamar de fechamento desde 31 de agosto. O giro financeiro do pregão foi de 7,2 bilhões de reais. Na semana, o índice teve queda de 2,1 por cento.

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A tendência de queda do Ibovespa começou em 13 de janeiro. A partir de então, os investidores começaram a deslocar recursos do mercado local para outras bolsas no exterior com mais intensidade, preocupados com a inflação e com as medidas do governo para esfriar os preços e frear a queda do dólar.

Nas duas primeiras sessões de fevereiro, seguindo a tendência da segunda metade do mês passado, houve a saída líquida de 157,5 milhões de reais da bolsa paulista.

A aceleração do crescimento nas principais economias, como os Estados Unidos, também conduz o dinheiro para o exterior.

"Temos visto nos últimos dias uma tendência de saída de investidores dos mercados emergentes em direção aos Estados Unidos", disse o sócio da M2 Investimentos Bruno Lembi.

Segundo levantamento do Bank of America Merrill Lynch, os fundos de ações em países emergentes tiveram "a primeira semana com saída genuína e determinada de capital desde a crise de 2008", com saques na ordem de 7,2 bilhões de dólares --o terceiro maior valor registrado.

Nos Estados Unidos, dados têm mostrado uma melhora gradual do mercado de trabalho e da atividade industrial. O governo, porém, aguarda uma consolidação maior do emprego antes de começar a reverter as políticas pró-crescimento.

Praticamente todos os setores sofreram na Bovespa nesta sexta-feira. A maior queda percentual entre as principais ações foi da Rossi , com variação de 4,46 por cento, a 12,43 reais. O setor imobiliário é um dos primeiros a sofrer com a perspectiva de um aperto no crédito.

As blue chips Vale e Petrobras também caíram, com baixa de 1,58 por cento das ações preferenciais da mineradora VALE5.SA>, a 50,39 reais, e de 1,46 por cento dos papéis PN da estatal , a 27,62 reais.

Entre as empresas que escaparam da queda, as operadores de cartões Redecard e Cielo se destacaram, com alta de 3,94 por cento, a 19,54 reais, e de 2,73 por cento, a 11,67 reais. O movimento, porém, apenas anulou a forte queda dos mesmos papéis na véspera, após o resultado da Redecard no quarto trimestre do ano passado.

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