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BOVESPA-Índice tem sessão volátil e perde 4,2% em novembro

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial) Por Rodolfo Barbosa SÃO PAULO, 30 de novembro (Reuters) - A bolsa brasileira tentou esboçar alta nesta terça-feira, mas terminou o pregão no vermelho e encerrou novembro com perda acumulada de 4,2 por cento, em meio aos problemas fiscais na Europa e preocupações sobre a retomada econômica […]

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 17h59.

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial)

Por Rodolfo Barbosa

SÃO PAULO, 30 de novembro (Reuters) - A bolsa brasileira
tentou esboçar alta nesta terça-feira, mas terminou o pregão no
vermelho e encerrou novembro com perda acumulada de 4,2 por
cento, em meio aos problemas fiscais na Europa e preocupações
sobre a retomada econômica dos Estados Unidos.

O Ibovespa , índice que reúne as principais ações
brasileiras, fechou em queda de 0,30 por cento nesta sessão,
aos 67.705 pontos. O volume financeiro do dia de 10,1 bilhões
de reais.

O mercado iniciou o dia em território negativo e na parte
da tarde ensaiou-se o que operadores chamam de "alta corretiva
de fim de mês". Mas nos ajustes o índice voltou a cair e
terminou abaixo dos 68 mil pontos, suporte considerado
imporante pelo mercado.

"A bolsa sofreu em novembro com a expectativa de
agravamento da crise na Europa e propagação da crise. Além
disso, nos EUA o Fed (banco central norte-americano) mostrou
que ainda vai levar um bom tempo para que a economia possa
reestabelecer uma trajetória firme de crescimento", afirmou o
diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud.

Na zona do euro, o medo de contágio relativo à crise
financeira não se dissipou mesmo após um pacote de socorro à
Irlanda no valor de 85 bilhões de euros anunciado no último fim
de semana, uma vez que o mercado ainda tem na mira potenciais
novos focos de problemas na região.

O vice-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), John
Lipsky, afirmou nesta terça-feira que o pacote de socorro à
Irlanda ainda levará tempo para reanimar os mercados.

Na Ásia, os investidores segue à espreita de um possível
aperto monetário na China, com a gigante asiática procurando
coibir sua inflação.

Com um novembro desconfortável, as perspectivas para a
bolsa paulista para o último mês do ano se reduziram, mesmo com
dezembro sendo visto como um mês normalmente positivo para
investimentos em renda variável. Com a aversão ao risco ainda
em voga, o volume de negócios de fim de ano deve ser menor,
segundo operadores, o que irá influenciar o desempenho do
Ibovespa.

"Dezembro não deve ser o grande mês da recuperação", opinou
Daoud. "O mercado costuma aproveitar o fim de ano para se
antecipar às férias e festas, quando você tem uma visão mais
otimista. Mas como você ainda tem muitas incertezas, isso pode
acabar traindo o investidor", disse.

No Ibovespa, neste pregão, as ações preferenciais da Vale
recuaram 1,03 por cento, para 48,00 reais. Os papéis
preferenciais da Petrobras cederam 0,45 por cento,
para 24,59 reais.

A ação da BM&FBovespa fechou em baixa de 3,48
por cento, cotada a 13,05 reais, no dia que a empresa informou
ter recebido auto de infração da Receita Federal cobrando mais
de 400 milhões de reais em tributos que não teriam sido
recolhidos em 2008 e 2009.

A maior alta do dia dentro da carteira teórica do Ibovespa
foi registrada pela ação da Rossi Residencial , que
subiu 6,09 por cento, para 15,15 reais. Cyrela Brazil Realty
também figurou entre os melhores desempenhos,
ganhando 4,58 por cento, para 21,70 reais.

Na segunda-feira, o governo federal anunciou prorrogação
por mais um ano de desoneração do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) para materiais de construção.

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