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Bovespa fecha em queda de 1,35% aos 71.679,47 pontos

Por Sueli Campo São Paulo - Após uma manhã indefinida, de curtas oscilações, a Bovespa fincou pé no vermelho no período da tarde, num misto de realização de lucro e cautela às portas da reunião do G-20 e da bateria de indicadores chineses na sexta-feira. O Ibovespa retrocedeu à marca dos 71 mil pontos, pressionado […]

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 17h42.

Por Sueli Campo

São Paulo - Após uma manhã indefinida, de curtas oscilações, a Bovespa fincou pé no vermelho no período da tarde, num misto de realização de lucro e cautela às portas da reunião do G-20 e da bateria de indicadores chineses na sexta-feira. O Ibovespa retrocedeu à marca dos 71 mil pontos, pressionado pela ampliação do sinal de baixa emitido pelas bolsas norte-americanas e mais a queda acentuada das ações dos bancos e das construtoras. O Ibovespa encerrou a terça-feira com perda de 1,35%, aos 71.679,47 pontos, bem próximo da mínima do dia (-1,38%). Pela manhã, a Bolsa chegou a registrar alta de 0,53%, beliscando novamente os 73 mil pontos.

Em mais um dia sem indicadores econômicos relevantes nos Estados Unidos, os investidores passaram a sessão à procura de notícias que pudessem dar um rumo aos negócios. Na falta de novidades, o mercado continuou operando em cima de rumores sobre o aumento do IOF na Bolsa ou outra medida punitiva ao capital estrangeiro como por exemplo a elevação do compulsório, o que estimula a venda de ações.

Apesar de ter caído mais do que Nova York, onde o Dow Jones recuava 0,49% e o S&P 500 -0,67% e o Nasdaq -0,51% às 18h24, o volume negociado hoje na Bolsa subiu em relação a ontem mas não chegou a assustar os investidores. O giro somou R$ 6,8 bilhões.

O setor financeiro ajudou a precipitar a queda da Bovespa durante a tarde. As units do Santander caíram 5,59%; Bradesco PN registrou baixa de 2,96% ; ItaúUnibanco PN -2,69% e Banco do Brasil ON teve queda de 2,39%. Fora do Ibovespa, as preferenciais do Banco Panamericano caíram 6,75%, com volume elevado de negócio.

Outro destaque negativo foram as construtoras, que caíram em bloco. Gafisa ON puxou a fila, com queda de 5%, seguida por Cyrela ON, com -6,04%; PDG ON -4,10%%; Rossi Residencial ON, -4,85% e MRV ON, -4,04%. Segundo analistas, essa queda das construtoras reflete a frustração dos investidores após o IPCA de outubro salgado, que ficou em 0,75%, no topo das estimativas. A inflação mais alta deve ser um empecilho à queda dos juros em 2011.

O declínio das ações de Petrobras também ajudou a afundar a Bovespa. Petrobras ON caiu 1,29% e a PN cedeu 1,49%. Pesou sobre os papéis a declaração do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, que, para cumprir o plano de negócios definido para 2010-2014, no valor de US$ 224 bilhões, a companhia terá que ir a mercado para contrair US$ 32 bilhões em dívida nova. As ações da Vale não resistiram à piora da Bovespa e também fecharam no vermelho, embora em baixa moderada. A PNA cedeu 0,14% e a ON -0,36%.

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