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Bovespa fecha em queda de 0,24% aos 70.568,94 pontos

Por Rosangela Dolis São Paulo - Uma esticada surpreendente de até 4,64% dos preços das ações PN da Petrobras no meio da tarde levou a Bovespa a virar momentaneamente para o positivo e descolar-se da influência negativa das bolsas norte-americanas sentida desde a abertura dos negócios. Petrobras disparou com o boato de que a empresa […]

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 17h29.

Por Rosangela Dolis

São Paulo - Uma esticada surpreendente de até 4,64% dos preços das ações PN da Petrobras no meio da tarde levou a Bovespa a virar momentaneamente para o positivo e descolar-se da influência negativa das bolsas norte-americanas sentida desde a abertura dos negócios. Petrobras disparou com o boato de que a empresa anunciaria a descoberta de um megapoço após o 2º turno das eleições presidenciais, mas reduziu ganhos depois e não teve força para sustentar uma alta do índice, que fechou em queda de 0,24%, aos 70.568,94 pontos. Após o fechamento do mercado, em evento no Rio, o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Mário Carminatti, disse desconhecer completamente qualquer fundamento sobre os rumores de que a companhia teria concluído a avaliação de um campo de grandes dimensões.

Em Nova York, o Dow Jones e o S&P500 encerraram em queda e o Nasdaq em leve alta. Os índices se enfraqueceram com as preocupações sobre uma abordagem mais cautelosa do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na próxima semana para estimular a economia. O investidor já dá como certo que o Fed irá promover uma segunda rodada de estímulo monetário na próxima semana, mas também já avalia que o estímulo, que deve vir por meio de afrouxamento quantitativo (compra de títulos da dívida americana), seja de bilhões de dólares de títulos e gradual, ao longo de vários meses, e não de trilhões de dólares e rápido, como esperado pelo mercado.

Ao longo da sessão, o Ibovespa passou de uma mínima de 70.059,33 pontos (-0,96%), para uma máxima de 70.844,41 pontos (+0,15%), atingida à tarde com a puxada de Petrobras. O giro financeiro foi de R$ 7,128 bilhões.

As ações ON da Petrobras fecharam em alta de 1,20% e a PN, de 1,32%. Além dos rumores sobre novos poços, a estatal foi sustentada ainda pelo detalhamento, à tarde, de notícias divulgadas pela manhã, sobre a descoberta de um poço na bacia de Sergipe-Alagoas e pelo início amanhã da exploração do pré-sal, no poço de Tupi.

Contrapondo-se ao desempenho positivo de Petrobras, Vale e os papéis dos bancos pesaram no Ibovespa, em meio a movimento de realização de lucro estimulado pela divulgação logo cedo de balanço pelo Bradesco, que mostrou lucro recorde para o setor no terceiro trimestre, e expectativas de resultado forte da Vale a ser divulgado hoje após o fechamento.

Vale ON cedeu 1,00% e PNA, 0,98%. As ações da mineradora recuaram também em razão da queda de preço dos metais básicos, pressionados pela alta do dólar e pela queda das bolsas.

As ações PN do Bradesco lideraram o ranking de maiores baixas do Ibovespa com queda de 4,47%. Os demais bancos seguiram a tendência de baixa. Itaú Unibanco, que anuncia seus resultados na quarta-feira, 3 de novembro, cedeu 2,03% (PN); Banco do Brasil, com divulgação de balanço prevista para 16 de novembro, recuou 0,73% (ON); e Santander, que divulga balanço amanhã, caiu 0,20% (unit).

Em Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,39% e o S&P500, de 0,27%, enquanto o Nasdaq evoluiu 0,24%. A divulgação de indicadores econômicos positivos reforçou que o afrouxamento quantitativo pode ser menor que o esperado.

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