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Bovespa fecha em baixa de 0,46% pressionada por bancos

Queda foi influenciada principalmente pelas ações de Itaú Unibanco e Bradesco, que recuaram após um relatório do Morgan Stanley

Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 6,6 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 18h12.

São Paulo - O principal índice da Bovespa chegou a tentar manter a alta dos últimos dias nesta quarta-feira, mas não resistiu à pressão exercida por ações de grandes bancos como Itaú Unibanco e Braadesco e encerrou o dia em queda, após quatro sessões consecutivas em alta.

O Ibovespa encerrou com baixa de 0,46 por cento, a 55.717 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,6 bilhões de reais.

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A queda foi influenciada principalmente pelas ações de Itaú Unibanco e Bradesco, que recuaram após um relatório do Morgan Stanley sobre o setor.

"O que pegou foi a queda do setor financeiro em função do relatório do Morgan Stanley, que rebaixou (a recomendação) de Itaú e Bradesco", explicou o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

O Morgan Stanley reduziu a indicação para o Bradesco de "overweight" para "underweight", enquanto a do Itaú passou de "equalweight" para "underweight".

A instituição disse que chegou "a hora de vender ações de bancos" brasileiros, já que espera uma mudança no cenário para os resultados do setor nos próximos 12 meses, num momento em que as provisões das instituições crescem e a taxa básica do juro deve permanecer estável.

Além das ações desses bancos, a ALL foi outro destaque de baixa, a maior do índice nesta sessão, recuando mais de 4 por cento, após a empresa de ferrovias divulgar que teve geração de caixa praticamente estável no segundo trimestre, com as operações ferroviárias afetadas por cenário de difícil demanda.

A queda desses papéis ofuscou os ganhos da ação da Vale que subiu após dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China, principal mercado de suas exportações.

O PIB chinês cresceu 7,5 por cento no segundo trimestre de 2014 ante o ano anterior, ligeiramente acima das expectativas, após expandir-se 7,4 por cento no primeiro trimestre.

O grande destaque de alta do dia, porém, ficou com as ações da operadora de telecomunicações Oi , que avançaram mais de 12 por cento, após acordo anunciado para revisão dos termos da fusão com a Portugal Telecom .

A operadora portuguesa foi forçada a aceitar um corte de sua fatia na fusão com a Oi, após uma holding da família Espírito Santo ter falhado em pagar mais de 1 bilhão de dólares que devia à Portugal Telecom.

A revisão dos termos da fusão com a Oi reflete os crescentes problemas do clã Espírito Santo, outrora uma das principais dinastias de negócios da Europa.

Outro destaque de alta ficou com a Qualicorp, que subiu quase 3 por cento.

A empresa informou, em apresentação a investidores disponível em seu site, que vê impacto positivo de uma lei aprovada pelo governo em junho, reconhecendo que a modalidade de administradora de benefícios se enquadra como operadora de Plano de Saúde e, portanto, ao regime cumulativo na tributação de PIS/Cofins.

A Qualicorp estimou impacto positivo de 1,6 ponto percentual na margem Ebitda em 2014 e de 2,5 pontos percentuais em 2015.

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