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Bovespa fecha em alta de 4,72% após 1º turno

Principal índice da bolsa teve o maior avanço desde julho de 2012 com o desempenho de Aécio Neves no 1º turno da eleição presidencial

Mercado financeiro: na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a 58.897 pontos, com alta de quase 8% (Luke MacGregor/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 18h05.

São Paulo - O principal índice da Bovespa desacelerou os ganhos ao longo da segunda-feira, mas ainda assim fechou com o melhor desempenho em mais de dois anos, após o desempenho do candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno da eleição presidencial superar expectativas.

O Ibovespa encerrou com alta de 4,72 por cento, a 57.115 pontos, tendo alcançado 58.897 pontos no melhor momento do dia, com ganho de 8 por cento.

A alta registrada no fechamento foi igual ao ganho registrado em 27 de julho de 2012, que havia sido o maior avanço desde 9 de agosto de 2011.

O volume financeiro no pregão totalizou 14,4 bilhões de reais, bastante acima da média diária do ano, de 6,9 bilhões de reais. Aécio garantiu vaga no segundo turno com mais facilidade do que as últimas pesquisas apontavam e ainda se aproximou da primeira colocada, a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, como em nenhum momento da campanha.

Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos e Aécio obteve 33,6 por cento.

"O ano de 2015 vai ser um ano de ajustes duro, ganhe quem ganhar", disse Will Lander, gestor sênior de fundos de investimentos da BlackRock, em Nova York.

De acordo com o profissional, o mercado se anima com o potencial de uma vitória de Aécio pois traz a expectativa de mudanças no manejo da economia, com menos intervenção, mais controle fiscal, entre outros fatores.

"O mercado se anima com o potencial de um crescimento melhor e uma vitória da presidente (Dilma Rousseff) indicaria para mais do mesmo do que vimos nos últimos quatro anos", acrescentou.

Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

Ações de estatais que têm reagido fortemente ao cenário eleitoral lideraram os ganhos do Ibovespa nesta sessão.

Após terem disparado mais de 17 por cento em seu melhor momento, as preferenciais da Petrobras terminaram com elevação de 11,12 por cento, maior ganho desde dezembro de 2008. Os papéis ordinários da petroleira subiram 9,71 por cento, maior ganho em um ano.

Analista do UBS Securities revisou nesta segunda-feira a recomendação para as ações ordinárias da Petrobras para compra, ante neutra, e elevou o preço-alvo do papel para 21,50 reais, ante 20 reais.

Papéis do setor financeiro e imobiliário também se destacaram na ponta positiva do Ibovespa.

Operadores atribuíram a alta expressiva principalmente à cobertura de posições vendidas daqueles que apostavam em um cenário mais tranquilo para Dilma na corrida presidencial, movimento conhecido como "short squeeze". .

Analistas ponderam que ainda é incerto o desfecho da disputa pelo Palácio do Planalto. Assim, a expectativa é que a bolsa brasileira continue com alta volatilidade pelo menos até o próximo dia 26, quando acontece a votação final.

"A eleição ainda continua muito apertada e incerta, o que dificulta qualquer tomada de decisão de investimento baseada apenas neste evento", ponderou Marcelo Mesquita, sócio e diretor de análise da Leblon Equities Gestão de Recursos.

O sócio e diretor de estratégia na consultoria Arko Advice, Thiago Aragão, avaliou que a disputa agora será "tête-à-tête, em igualdade de condições, pelo menos do que diz respeito a tempo na televisão e recursos financeiros".

Entre os poucos papéis na ponta negativa do índice, figuraram ações de empresas exportadoras, sensíveis à variação do câmbio, como Suzano, Fibria e Embraer, já que o dólar fechou em queda superior a 1,4 por cento frente ao real.

Do noticiário corporativo, vale mencionar que o grupo europeu de telecomunicações Altice está negociando a compra de ativos portugueses da Oi, conforme afirmou uma fonte nesta segunda-feira.

Fora do Ibovespa, a ação da Cosan Log, resultado da cisão da parcial da Cosan, fechou com alta de 5,6 por cento na sua estreia na bolsa.

Texto atualizado com informações do fechamento de mercado às 18h03min do mesmo dia.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa desacelerou os ganhos ao longo da segunda-feira, mas ainda assim fechou com o melhor desempenho em mais de dois anos, após o desempenho do candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno da eleição presidencial superar expectativas.

O Ibovespa encerrou com alta de 4,72 por cento, a 57.115 pontos, tendo alcançado 58.897 pontos no melhor momento do dia, com ganho de 8 por cento.

A alta registrada no fechamento foi igual ao ganho registrado em 27 de julho de 2012, que havia sido o maior avanço desde 9 de agosto de 2011.

O volume financeiro no pregão totalizou 14,4 bilhões de reais, bastante acima da média diária do ano, de 6,9 bilhões de reais. Aécio garantiu vaga no segundo turno com mais facilidade do que as últimas pesquisas apontavam e ainda se aproximou da primeira colocada, a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, como em nenhum momento da campanha.

Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos e Aécio obteve 33,6 por cento.

"O ano de 2015 vai ser um ano de ajustes duro, ganhe quem ganhar", disse Will Lander, gestor sênior de fundos de investimentos da BlackRock, em Nova York.

De acordo com o profissional, o mercado se anima com o potencial de uma vitória de Aécio pois traz a expectativa de mudanças no manejo da economia, com menos intervenção, mais controle fiscal, entre outros fatores.

"O mercado se anima com o potencial de um crescimento melhor e uma vitória da presidente (Dilma Rousseff) indicaria para mais do mesmo do que vimos nos últimos quatro anos", acrescentou.

Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.

Ações de estatais que têm reagido fortemente ao cenário eleitoral lideraram os ganhos do Ibovespa nesta sessão.

Após terem disparado mais de 17 por cento em seu melhor momento, as preferenciais da Petrobras terminaram com elevação de 11,12 por cento, maior ganho desde dezembro de 2008. Os papéis ordinários da petroleira subiram 9,71 por cento, maior ganho em um ano.

Analista do UBS Securities revisou nesta segunda-feira a recomendação para as ações ordinárias da Petrobras para compra, ante neutra, e elevou o preço-alvo do papel para 21,50 reais, ante 20 reais.

Papéis do setor financeiro e imobiliário também se destacaram na ponta positiva do Ibovespa.

Operadores atribuíram a alta expressiva principalmente à cobertura de posições vendidas daqueles que apostavam em um cenário mais tranquilo para Dilma na corrida presidencial, movimento conhecido como "short squeeze". .

Analistas ponderam que ainda é incerto o desfecho da disputa pelo Palácio do Planalto. Assim, a expectativa é que a bolsa brasileira continue com alta volatilidade pelo menos até o próximo dia 26, quando acontece a votação final.

"A eleição ainda continua muito apertada e incerta, o que dificulta qualquer tomada de decisão de investimento baseada apenas neste evento", ponderou Marcelo Mesquita, sócio e diretor de análise da Leblon Equities Gestão de Recursos.

O sócio e diretor de estratégia na consultoria Arko Advice, Thiago Aragão, avaliou que a disputa agora será "tête-à-tête, em igualdade de condições, pelo menos do que diz respeito a tempo na televisão e recursos financeiros".

Entre os poucos papéis na ponta negativa do índice, figuraram ações de empresas exportadoras, sensíveis à variação do câmbio, como Suzano, Fibria e Embraer, já que o dólar fechou em queda superior a 1,4 por cento frente ao real.

Do noticiário corporativo, vale mencionar que o grupo europeu de telecomunicações Altice está negociando a compra de ativos portugueses da Oi, conforme afirmou uma fonte nesta segunda-feira.

Fora do Ibovespa, a ação da Cosan Log, resultado da cisão da parcial da Cosan, fechou com alta de 5,6 por cento na sua estreia na bolsa.

Texto atualizado com informações do fechamento de mercado às 18h03min do mesmo dia.

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