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Bovespa fecha em alta de 2,93%; só duas ações caem

Bolsa brasileira foi na contramão do exterior e voltou a ultrapassar os 56 mil pontos

Apesar da queda das bolsas no exterior, a Bovespa fechou em alta (Germano Lüders/EXAME)

Apesar da queda das bolsas no exterior, a Bovespa fechou em alta (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 18h09.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão de hoje em baixa, mas não manteve essa trajetória até o final. Muito pelo contrário. Ainda na primeira hora de negociações, engatou primeira marcha, virou para o azul e encerrou o dia com ganhos de quase 3%, de volta aos 56 mil pontos e na contramão do mercado de ações no exterior. Poucas ações caíram: duas precisamente, num movimento com várias justificativas.

O índice Bovespa terminou a sessão com valorização de 2,93%, aos 56.607,30 pontos. Na mínima do pregão, registrou os 54.121 pontos (-1,59%) e, na máxima, os 56.676 pontos (+3,05%). No acumulado do mês, voltou a registrar ganho, de 0,20%, enquanto em 2011 acumula retração de 18,32%. O giro financeiro totalizou R$ 6,271 bilhões hoje. Os dados são preliminares.

Pela manhã, o giro projetado era bem maior, dada a presença de grandes players na ponta compradora, mas o ritmo diminuiu à tarde. Já o bom humor, não, tanto que a última máxima foi batida nos minutos finais da sessão. Os profissionais tiveram dificuldades em explicar o movimento, abrindo espaço para diversas análises.

A expectativa de que o presidente dos EUA, Barack Obama, anuncie medidas positivas ao mercado de trabalho na quinta-feira é uma dessas explicações, e pode ter sido a justificativa para a zeragem de posições vendidas, já que amanhã o mercado brasileiro de ações não funciona em razão do feriado nacional do Dia da Independência. Também surgiram boatos de que o Brasil teria seu rating elevado, bem como a avaliação de que haveria algum investidor com informação privilegiada de desconhecimento do mercado.

As maiores altas do Ibovespa hoje foram Gafisa ON (+7%), Embraer ON (+6,67%) e Bisa ON (+6,40%). As duas únicas quedas foram de Cielo ON (-0,66%) e BM&FBovespa ON (-0,64%).

Petrobras ON terminou com ganho de 2,55%, Petrobras PN, de 2,20%, Vale ON subiu 2,81%, e Vale PNA, 2,47%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo para outubro recuou 0,50%, a US$ 86,02 o barril.

Em Wall Street, o Dow Jones terminou com perda de 0,90%, aos 11.139,30 pontos, o índice S&P-500 recuou 0,74%, aos 1.165,24 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,26%, aos 2.473,83 pontos. O resultado melhor do que o previsto do índice de atividade ISM de serviços não serviu de alento às bolsas, já que o temor de recessão nos EUA segue rondando o horizonte.

Na Europa, os mercados acionários recuaram na sua maioria, pressionados por preocupações com a situação fiscal da Itália e por receios com a possibilidade de um agravamento na crise das dívidas soberanas europeias. A Bolsa de Zurique foi uma das exceções, subindo 4,4%, para 5.367,24 pontos, depois de o banco central da Suíça anunciar a criação de um piso para o franco suíço em relação ao euro, de 1,20 euro.

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