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Bovespa fecha em alta de 1,15% com China

Por Márcio Rodrigues São Paulo - A ausência de notícias ruins e a decisão chinesa de não aumentar os juros, por enquanto, foram o estopim para a recuperação do índice Bovespa neste início de semana, com a volta gradativa do apetite pelo risco. As matérias-primas (commodities) ganharam novo impulso no mercado internacional, favorecendo os papéis […]

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2010 às 17h47.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - A ausência de notícias ruins e a decisão chinesa de não aumentar os juros, por enquanto, foram o estopim para a recuperação do índice Bovespa neste início de semana, com a volta gradativa do apetite pelo risco. As matérias-primas (commodities) ganharam novo impulso no mercado internacional, favorecendo os papéis das duas maiores empresas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): Vale e Petrobras. Além disso, as siderúrgicas também tiveram ganhos consistentes.

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,15%, aos 69.126,32 pontos, tendo oscilado entre os 68.342 pontos (estável), na mínima, e os 69.221 pontos (+1,29%), na máxima. O volume financeiro totalizou R$ 5,59 bilhões em negócios.

O principal gatilho para o movimento de compras na Bovespa veio da China. Durante o fim de semana, Pequim decidiu não alterar a taxa básica de juros do país, mesmo após a inflação ao consumidor subir 5,1% em novembro, em base anual, atingindo o porcentual mais elevado desde julho de 2008, com forte pressão dos alimentos. O gigante asiático, no entanto, colocou como prioridade do governo a estabilidade de preços e reiterou que implementará uma política fiscal ativa e uma política monetária prudente em 2011, com esforços para que o yuan se situe em um nível razoável.

No sábado, a China anunciou que sua produção industrial de valor agregado em novembro subiu 13,3% em relação ao ano anterior, acima da média prevista de 13% e mais do que o aumento de 13,1% registrado em outubro. As vendas no varejo de novembro subiram 18,7% na comparação com o ano anterior. "Os dados da China vieram bons e, com a decisão de não aumentar os juros, isso sai de cena, e a taxa não deve mais subir neste ano", avalia Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW Corretora.

Diante deste cenário, as ações da Vale seguiram a valorização dos metais na Bolsa de Londres. Os papéis ON avançaram 2,50%, enquanto Vale PNA subiu 1,84%. As siderúrgicas também mantiveram a trajetória de recuperação iniciada neste mês. Usiminas ON (+4,50%) teve a terceira maior alta do dia. O papel PNA da siderúrgica avançou 3,86%. Gerdau PN teve alta de 3,02% e Gerdau Metalúrgica ganhou 3,35%, enquanto CSN ON subiu 4,08%.

As ações da Petrobras também acompanharam a alta do petróleo no mercado internacional. O papel ON teve avanço de 1,27% e o PN, de 0,82%. Hoje, o diretor financeiro da estatal de petróleo, Almir Barbassa, afirmou que a companhia já concluiu as captações que esperava fazer neste ano, em um total entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões.

As maiores baixas ficaram com MMX ON (-4,28%), Brasil Ecodiesel ON (-3,77%), seguidas por Cosan ON (-1,53%).

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