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Bovespa fecha em alta após Fed e saída do PMDB do governo

A Bovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: Ibovespa subiu 0,62 por cento, a 51.154 pontos (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 17h42.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido nesta terça-feira, na esteira de Wall Street, após a chair do banco central norte-americano afirmar que o Federal Reserve deve seguir cauteloso com a alta de juros nos Estados Unidos .

O quadro político doméstico também seguiu sob os holofotes, com o principal índice da bolsa paulista renovando a máxima da sessão após o PMDB oficializar sua saída da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff.

O Ibovespa subiu 0,62 por cento, a 51.154 pontos, com o declínio das commodities limitando os ganhos. Na máxima, subiu 1,8 por cento, a 51.764 pontos, renovando máxima intradia desde julho de 2015.

O volume financeiro ficou novamente abaixo da média diária do mês, totalizando 7,1 bilhões de reais. No mês, o giro médio é de 9,4 bilhões de reais.

Em Nova York, Janet Yellen disse que o Fed deve agir "cautelosamente" em relação a novos aumentos dos juros, porque a inflação ainda não se provou resistente em um contexto de iminentes riscos globais à economia dos EUA.

As bolsas em Wall Street firmaram viés ascendente após as declarações de Yellen, com índice S&P 500 encerrando em alta de 0,88 por cento, no maior patamar deste ano. No Brasil, o foco voltou-se para a reunião do PMDB, na qual o partido oficializou o rompimento com o governo, movimento que dá força ao processo de impeachment contra Dilma e pode ser repetido por outros partidos da base aliada.

Segundo profissionais de renda variável, apesar do fôlego momentâneo logo após o anúncio, a decisão do PMDB era esperada e apenas ratifica um cenário que já vinha sendo desenhado, o que limitou um efeito mais forte na bolsa nesta sessão.

DESTAQUES

- BRADESCO subiu 1,74 por cento, maior contribuição positiva ao Ibovespa, conforme o setor bancário como um todo reverteu as perdas da parte da manhã. No radar estiveram dados de crédito do país e o Goldman Sachs reiterando a visão negativa para bancos brasileiros, incluindo recomendação de "venda" para o ITAÚ UNIBANCO, que fechou com acréscimo de 0,6 por cento - BB SEGURIDADE avançou 2,36 por cento, também contribuindo do lado positivo, conforme o relatório do Goldman Sachs colocou a empresa que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência em sua lista "spotlight", citando sua lucratividade resistente e preço atrativo.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 0,59 por cento, longe das máximas da sessão, diante de recuo dos preços do petróleo, enquanto agentes financeiros também permaneceram atentos ao noticiário político.

- RUMO LOGÍSTICA saltou 7,16 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, com agentes financeiros ainda analisando anúncio de reestruturação de dívida. A corretora Brasil Plural disse que o formato final da reestruturação é imprevisível, portanto é cedo para revisar projeções e ter confiança em índices de rentabilidade.

- CESP avançou 3,05 por cento, também entre os destaques de alta do Ibovespa. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o parcelamento em até seis vezes das dívidas de geradoras no mercado de curto prazo de energia elétrica, sem multas.

- CSN recuou 5,13 por cento, liderando perdas do setor siderúrgico e do Ibovespa, após resultado do último trimestre de 2015, considerado fraco por analistas, que ainda veem como preocupantes os níveis de alavancagem da empresa.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 0,7 por cento, acompanhando o recuo no preço do minério de ferro à vista na China.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 2,7 por cento, com o noticiário trazendo queda semanal nos preços de celulose de fibra curta na China. FIBRIA mostrou alguma resiliência aos dados de preços e terminou com variação negativa de apenas 0,34 por cento.

Texto atualizado às 17h41

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São Paulo - A Bovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido nesta terça-feira, na esteira de Wall Street, após a chair do banco central norte-americano afirmar que o Federal Reserve deve seguir cauteloso com a alta de juros nos Estados Unidos .

O quadro político doméstico também seguiu sob os holofotes, com o principal índice da bolsa paulista renovando a máxima da sessão após o PMDB oficializar sua saída da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff.

O Ibovespa subiu 0,62 por cento, a 51.154 pontos, com o declínio das commodities limitando os ganhos. Na máxima, subiu 1,8 por cento, a 51.764 pontos, renovando máxima intradia desde julho de 2015.

O volume financeiro ficou novamente abaixo da média diária do mês, totalizando 7,1 bilhões de reais. No mês, o giro médio é de 9,4 bilhões de reais.

Em Nova York, Janet Yellen disse que o Fed deve agir "cautelosamente" em relação a novos aumentos dos juros, porque a inflação ainda não se provou resistente em um contexto de iminentes riscos globais à economia dos EUA.

As bolsas em Wall Street firmaram viés ascendente após as declarações de Yellen, com índice S&P 500 encerrando em alta de 0,88 por cento, no maior patamar deste ano. No Brasil, o foco voltou-se para a reunião do PMDB, na qual o partido oficializou o rompimento com o governo, movimento que dá força ao processo de impeachment contra Dilma e pode ser repetido por outros partidos da base aliada.

Segundo profissionais de renda variável, apesar do fôlego momentâneo logo após o anúncio, a decisão do PMDB era esperada e apenas ratifica um cenário que já vinha sendo desenhado, o que limitou um efeito mais forte na bolsa nesta sessão.

DESTAQUES

- BRADESCO subiu 1,74 por cento, maior contribuição positiva ao Ibovespa, conforme o setor bancário como um todo reverteu as perdas da parte da manhã. No radar estiveram dados de crédito do país e o Goldman Sachs reiterando a visão negativa para bancos brasileiros, incluindo recomendação de "venda" para o ITAÚ UNIBANCO, que fechou com acréscimo de 0,6 por cento - BB SEGURIDADE avançou 2,36 por cento, também contribuindo do lado positivo, conforme o relatório do Goldman Sachs colocou a empresa que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência em sua lista "spotlight", citando sua lucratividade resistente e preço atrativo.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 0,59 por cento, longe das máximas da sessão, diante de recuo dos preços do petróleo, enquanto agentes financeiros também permaneceram atentos ao noticiário político.

- RUMO LOGÍSTICA saltou 7,16 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, com agentes financeiros ainda analisando anúncio de reestruturação de dívida. A corretora Brasil Plural disse que o formato final da reestruturação é imprevisível, portanto é cedo para revisar projeções e ter confiança em índices de rentabilidade.

- CESP avançou 3,05 por cento, também entre os destaques de alta do Ibovespa. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o parcelamento em até seis vezes das dívidas de geradoras no mercado de curto prazo de energia elétrica, sem multas.

- CSN recuou 5,13 por cento, liderando perdas do setor siderúrgico e do Ibovespa, após resultado do último trimestre de 2015, considerado fraco por analistas, que ainda veem como preocupantes os níveis de alavancagem da empresa.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 0,7 por cento, acompanhando o recuo no preço do minério de ferro à vista na China.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 2,7 por cento, com o noticiário trazendo queda semanal nos preços de celulose de fibra curta na China. FIBRIA mostrou alguma resiliência aos dados de preços e terminou com variação negativa de apenas 0,34 por cento.

Texto atualizado às 17h41
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