Bovespa e Petrobras reduzem ganhos com piora em NY
Por Sueli Campo São Paulo - A disparada das ações de Petrobras, que no melhor momento do pregão chegaram a subir mais de 5%, diante da percepção de que a demanda dos investidores na oferta pública superou bastante a oferta, reconduziu o Ibovespa ao patamar dos 69 mil pontos no intraday, pela primeira vez desde […]
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2010 às 14h52.
Por Sueli Campo
São Paulo - A disparada das ações de Petrobras, que no melhor momento do pregão chegaram a subir mais de 5%, diante da percepção de que a demanda dos investidores na oferta pública superou bastante a oferta, reconduziu o Ibovespa ao patamar dos 69 mil pontos no intraday, pela primeira vez desde abril deste ano. Mas a intensificação do sinal de queda nas Bolsas norte-americanas no período da tarde reduziu o ímpeto de alta e a Bovespa não sustentou a marca, fechando aos 68.794,32 pontos, alta de 0,69%. Mesmo assim, o Ibovespa conseguiu ficar positivo no ano em 0,30%, o que não ocorria desde 26 de abril. No mês, com a alta de hoje, o ganho acumulado pela Bolsa subiu para 5,60%.
Coqueluche do dia, as ações de Petrobras também diminuíram um pouco os ganhos com a piora do mercado norte-americano, mas se mantiveram na liderança folgada do Ibovespa. A preferencial subiu 3,16%, cotada a R$ 26,80, acompanhada de giro financeiro novamente expressivo, de R$ 1,486 bilhão. A ordinária se valorizou 1,92%, a R$ 30,25.
Segundo analistas, investidores que não conseguiram entrar na oferta pública, encerrada ontem, compraram no mercado à vista para não ficar sem papel, apostando que os preços vão subir daqui para frente. "Ninguém quer ficar fora de Petrobras. Os investidores querem manter as posições. Com essa corrida pelos papéis, o bookbuilding (livro de oferta) de Petrobras está sendo para cima e não para baixo, como costuma ocorrer", diz um operador.
Hoje à noite, após a reunião do Conselho de Administração da Petrobras, a estatal vai divulgar fato relevante ao mercado com o preço fixado para as ações na oferta pública. Não há, no entanto, um horário determinado para essa divulgação, que pode ocorrer tarde da noite.
Influenciado por Petrobras, o volume negociado pela Bovespa foi atípico, atingindo R$ 9,169 bilhões.
Com o fim do processo de capitalização de Petrobras, a expectativa dos analistas é de que não apenas a estatal mas também outros papéis líderes da Bolsa, que estavam amarrados a esse processo, finalmente desencantem e fiquem mais leves para subir. Vale, que ontem subiu forte, hoje diminuiu a alta, seguindo o Ibovespa, mas ainda assim fechou no azul. A PNA avançou 0,18% e a ON +0,04%.
Nas bolsas internacionais imperou o pessimismo tanto pelos dados divergentes divulgados nos EUA como pelo noticiário ruim vindo da Europa, onde a economia continua mostrando desaceleração ao mesmo tempo em que os investidores seguem receosos sobre a situação financeira da Irlanda. O mercado acionário norte-americano intensificou a queda no final da tarde, depois de ter alternado pequenas altas e baixas pela manhã. O índice Dow Jones caiu 0,72%; o S&P 500 cedeu 0,83% e o Nasdaq recuou 0,32%. Em Londres, a bolsa declinou 0,09% e em Paris a queda foi de 0,65%.