Bovespa deve tentar repique, mas feriado atrapalha
O Ibovespa abriu em alta de 0,21%, aos 63.664,51 pontos
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2012 às 10h13.
São Paulo - Depois de fechar o pregão de ontem no menor nível desde o fim de janeiro, a Bovespa está carente de um repique. Os investidores devem começar a reavaliar se não houve certo exagero nas vendas recentes e se, de fato, é o momento de buscar o suporte imediato, lá nos 62 mil pontos. Mas o cenário externo não está favorável, com as preocupações sobre a Espanha inibindo qualquer tentativa de recuperação. Já os novos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, à véspera do payroll, podem trazer certo alento aos negócios. O Ibovespa abriu em alta de 0,21%, aos 63.664,51 pontos.
"A Bolsa está precisando de um repique", avalia o analista técnico da Ágora Corretora, Daniel Marques. Para ele, após a perda do suporte intermediário em torno dos 64 mil pontos, na sessão de ontem, o investidor começa a repensar se não vendeu demais. "O próximo objetivo seria nos 62 mil pontos, mas é uma marca que tem um elevado potencial destrutivo", diz.
Marques avalia que não parece ser oportuno eliminar a tendência de alta da Bolsa, reconquistada no começo de 2012. "O preço de ações de peso está distorcido", comenta, acrescentando que tem dúvidas se as incertezas sobre a economia global justificam uma penalização tão grande.
"Será que era para ir tão longe?", indaga, referindo-se ao desconto expressivo nos preços, sobretudo nas blue chips. Por isso, o profissional avalia que um repique deve acontecer na Bolsa em breve. Mas a consistência desse movimento vai depender dos mercados internacionais.
O exterior amanheceu novamente azedo com a Espanha, que viu seus custos de financiamento e o prêmio de risco voltarem a ser negociados nos mesmos níveis de dezembro do ano passado, ao passo que a Bolsa de Madri perdeu a marca dos 7,6 mil pontos pela primeira vez desde 2009.
Já nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada contrariou a previsão de alta e caiu, em 6 mil, com a média móvel das solicitações feitas em quatro semanas recuando ao menor patamar desde abril de 2008.
O dado aumenta as esperanças com um payroll positivo, amanhã, quando relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA será conhecido, em pleno feriado pela Sexta-feira da Paixão.
Por causo disso, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira acredita que a Bolsa deve ficar mais fraca por volta do meio da tarde de hoje, podendo até sofrer uma realização de lucros mais perto do fim da sessão. Para ele, os investidores devem preferir ficar menos expostos ao risco diante da possibilidade, ainda que remota, de uma surpresa negativa com o payroll.
São Paulo - Depois de fechar o pregão de ontem no menor nível desde o fim de janeiro, a Bovespa está carente de um repique. Os investidores devem começar a reavaliar se não houve certo exagero nas vendas recentes e se, de fato, é o momento de buscar o suporte imediato, lá nos 62 mil pontos. Mas o cenário externo não está favorável, com as preocupações sobre a Espanha inibindo qualquer tentativa de recuperação. Já os novos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, à véspera do payroll, podem trazer certo alento aos negócios. O Ibovespa abriu em alta de 0,21%, aos 63.664,51 pontos.
"A Bolsa está precisando de um repique", avalia o analista técnico da Ágora Corretora, Daniel Marques. Para ele, após a perda do suporte intermediário em torno dos 64 mil pontos, na sessão de ontem, o investidor começa a repensar se não vendeu demais. "O próximo objetivo seria nos 62 mil pontos, mas é uma marca que tem um elevado potencial destrutivo", diz.
Marques avalia que não parece ser oportuno eliminar a tendência de alta da Bolsa, reconquistada no começo de 2012. "O preço de ações de peso está distorcido", comenta, acrescentando que tem dúvidas se as incertezas sobre a economia global justificam uma penalização tão grande.
"Será que era para ir tão longe?", indaga, referindo-se ao desconto expressivo nos preços, sobretudo nas blue chips. Por isso, o profissional avalia que um repique deve acontecer na Bolsa em breve. Mas a consistência desse movimento vai depender dos mercados internacionais.
O exterior amanheceu novamente azedo com a Espanha, que viu seus custos de financiamento e o prêmio de risco voltarem a ser negociados nos mesmos níveis de dezembro do ano passado, ao passo que a Bolsa de Madri perdeu a marca dos 7,6 mil pontos pela primeira vez desde 2009.
Já nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada contrariou a previsão de alta e caiu, em 6 mil, com a média móvel das solicitações feitas em quatro semanas recuando ao menor patamar desde abril de 2008.
O dado aumenta as esperanças com um payroll positivo, amanhã, quando relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA será conhecido, em pleno feriado pela Sexta-feira da Paixão.
Por causo disso, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira acredita que a Bolsa deve ficar mais fraca por volta do meio da tarde de hoje, podendo até sofrer uma realização de lucros mais perto do fim da sessão. Para ele, os investidores devem preferir ficar menos expostos ao risco diante da possibilidade, ainda que remota, de uma surpresa negativa com o payroll.