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Bovespa deve busca sustentação no exterior

A semana encurtada pelo feriado de Corpus Christi no Brasil e em várias partes do mundo começa com uma ligeira tentativa de melhora no exterior

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 10h32.

São Paulo - A Bovespa abre o pregão desta segunda-feira cara a cara com um importante suporte que, se perdido, pode acentuar a trajetória de queda dos negócios locais, em busca de fundos já abaixo dos 50 mil pontos. Mas a semana encurtada pelo feriado de Corpus Christi no Brasil e em várias partes do mundo, na quinta-feira, começa com uma ligeira tentativa de melhora no exterior, o que ainda não inspira o mercado futuro da Bolsa. Por volta das 10h05, o Ibovespa exibia leve alta de 0,13%, aos 53.474,88 pontos, na máxima.

Segundo análise técnica de Gilberto Coelho, o índice à vista mantém a tendência de baixa iniciada em maio, mas com pressão vendedora acentuada. Para ele, a perda dos 53 mil pontos pode abrir espaço para buscar suportes próximos em 50 mil e 47,5 mil pontos, já nas mínimas do ano passado. "Para algum sinal de melhora, seria importante superar os 54,6 mil pontos", pondera.

Mas não é bem no que acredita a equipe do BB Investimentos. "A perspectiva ainda não parece promissora, apesar de três meses de baixas do Ibovespa e mesmo com os indicadores técnicos de mercado situando-se em patamares baixos", comenta, em relatório. Para os analistas, ainda pairam muitas incertezas globais sobre os negócios. "A desconfiança na solvência do sistema bancário da Espanha, a percepção de iminente calote da dívida da Grécia, bem como os indicadores econômicos que têm vindo cada vez mais aquém do desejável nos EUA, Europa e Ásia", enumeram.

Nesta segunda-feira, porém os mercados internacionais ensaiam uma ligeira recuperação, amparados na queda marginal dos pedidos de auxílio-desemprego feitos na Espanha em maio ante abril e na injeção de até € 6,65 bilhões do governo português nos três maiores bancos do país.

As Bolsas de Madri e de Lisboa, aliás, exibem ganhos acelerados, contrastando com a performance das demais praças europeias, mas também embalando os negócios em Milão. Os índices futuros das Bolsas de Nova York também operam em alta, à espera do único dado do dia, sobre as encomendas e os estoques na indústria dos EUA em abril. Nesta segunda-feira é feriado no Reino Unido, em razão da continuidade dos festejos do jubileu de diamante da Rainha Elizabeth II.

Cruzeiro do Sul

Aqui no Brasil, o Banco Central decretou intervenção no Cruzeiro do Sul S.A., conforme antecipou a Agência Estado no fim de semana. As cinco instituições do conglomerado - o banco, a holding, a corretora, a DTVM e a Securitizadora - foram colocadas sob o Regime de Administração Especial Temporária (Raet) pelo prazo de 180 dias, o que significa que os controladores - a família Índio da Costa - serão afastados.


A gestão temporária será feita pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garantirá as operações do banco no valor de até R$ 70 mil por cliente (CPF ou CNPJ).

Segundo o BC, a decisão se deu após descumprimento do Cruzeiro do Sul de normas do sistema financeiro e a verificação de insubsistência de itens do ativo. Inspeções feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de quase R$ 1,3 bilhão, segundo relatos da mídia.

Antes da abertura do pregão, a Agência Bovespa informou que as ações do Banco Cruzeiro do Sul não serão negociadas nesta segunda-feira. A Bolsa paulista aguarda esclarecimentos após o BC de decretar Raet. "Ficam suspensos os negócios com as ações de emissão desse banco, a partir do pregão de 4 de junho de 2012", diz a nota.

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São Paulo - A Bovespa abre o pregão desta segunda-feira cara a cara com um importante suporte que, se perdido, pode acentuar a trajetória de queda dos negócios locais, em busca de fundos já abaixo dos 50 mil pontos. Mas a semana encurtada pelo feriado de Corpus Christi no Brasil e em várias partes do mundo, na quinta-feira, começa com uma ligeira tentativa de melhora no exterior, o que ainda não inspira o mercado futuro da Bolsa. Por volta das 10h05, o Ibovespa exibia leve alta de 0,13%, aos 53.474,88 pontos, na máxima.

Segundo análise técnica de Gilberto Coelho, o índice à vista mantém a tendência de baixa iniciada em maio, mas com pressão vendedora acentuada. Para ele, a perda dos 53 mil pontos pode abrir espaço para buscar suportes próximos em 50 mil e 47,5 mil pontos, já nas mínimas do ano passado. "Para algum sinal de melhora, seria importante superar os 54,6 mil pontos", pondera.

Mas não é bem no que acredita a equipe do BB Investimentos. "A perspectiva ainda não parece promissora, apesar de três meses de baixas do Ibovespa e mesmo com os indicadores técnicos de mercado situando-se em patamares baixos", comenta, em relatório. Para os analistas, ainda pairam muitas incertezas globais sobre os negócios. "A desconfiança na solvência do sistema bancário da Espanha, a percepção de iminente calote da dívida da Grécia, bem como os indicadores econômicos que têm vindo cada vez mais aquém do desejável nos EUA, Europa e Ásia", enumeram.

Nesta segunda-feira, porém os mercados internacionais ensaiam uma ligeira recuperação, amparados na queda marginal dos pedidos de auxílio-desemprego feitos na Espanha em maio ante abril e na injeção de até € 6,65 bilhões do governo português nos três maiores bancos do país.

As Bolsas de Madri e de Lisboa, aliás, exibem ganhos acelerados, contrastando com a performance das demais praças europeias, mas também embalando os negócios em Milão. Os índices futuros das Bolsas de Nova York também operam em alta, à espera do único dado do dia, sobre as encomendas e os estoques na indústria dos EUA em abril. Nesta segunda-feira é feriado no Reino Unido, em razão da continuidade dos festejos do jubileu de diamante da Rainha Elizabeth II.

Cruzeiro do Sul

Aqui no Brasil, o Banco Central decretou intervenção no Cruzeiro do Sul S.A., conforme antecipou a Agência Estado no fim de semana. As cinco instituições do conglomerado - o banco, a holding, a corretora, a DTVM e a Securitizadora - foram colocadas sob o Regime de Administração Especial Temporária (Raet) pelo prazo de 180 dias, o que significa que os controladores - a família Índio da Costa - serão afastados.


A gestão temporária será feita pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garantirá as operações do banco no valor de até R$ 70 mil por cliente (CPF ou CNPJ).

Segundo o BC, a decisão se deu após descumprimento do Cruzeiro do Sul de normas do sistema financeiro e a verificação de insubsistência de itens do ativo. Inspeções feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de quase R$ 1,3 bilhão, segundo relatos da mídia.

Antes da abertura do pregão, a Agência Bovespa informou que as ações do Banco Cruzeiro do Sul não serão negociadas nesta segunda-feira. A Bolsa paulista aguarda esclarecimentos após o BC de decretar Raet. "Ficam suspensos os negócios com as ações de emissão desse banco, a partir do pregão de 4 de junho de 2012", diz a nota.

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