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Bovespa começa negócios em baixa, com perdas em Vale

Os investidores começaram o dia digerindo novidades vindas da China

Bovespa: às 10h17, o Ibovespa operava com perda de 0,61%, aos 48.717,02 pontos (Bloomberg News/Paulo Fidman)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 10h27.

São Paulo - A segunda-feira começou com a Bovespa em baixa, confirmando a sinalização do Ibovespa futuro mais cedo. Sem a referência das bolsas norte-americanas, que hoje não funcionam por causa do feriado em homenagem a Martin Luther King Jr. nos EUA, a Bolsa brasileira tende a ser refém, na parte da manhã, da movimentação em torno do vencimento de opções sobre ações , o que pode limitar o impacto da ausência de Wall Street nos negócios.

Às 10h17, o Ibovespa operava com perda de 0,61%, aos 48.717,02 pontos. As blue chips Petrobras e Vale, assim como papéis de banco estão em queda. Às 10h25, Itaú Unibanco PN cedia 0,52% e Bradesco PN, 0,20%.

Os investidores começaram o dia digerindo novidades vindas da China. Hoje, a Bolsa de Xangai tombou mais de 7%, após os reguladores chineses restringirem os níveis da margem de negociação das ações e adotarem maior rigor contra a indústria paralela de bancos, além de suspender por três meses a abertura de novas contas e vendas a descoberto das três maiores corretoras do país.

Na madrugada desta terça-feira, 20, saem os dados chineses sobre investimentos em ativos fixos, vendas no varejo, produção industrial de dezembro, e principalmente, o PIB do quarto trimestre.

"Aumentam as apostas que esses eventos aliados às ações da CVM chinesa podem abrir caminho para o anúncio de novas medidas de estímulo à economia", alerta o economista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital, em relatório diário.

"Muito importante avaliar o comportamento da Vale e das siderúrgicas hoje, diante da forte alta de sexta vis a vis essa enxurrada de indicadores", completou.

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse hoje esperar um ano difícil em 2015, em meio à frágil recuperação da economia mundial. Li, que falou durante reunião do Conselho Estatal, disse que a pressão de baixa sobre a economia doméstica continua relativamente forte e que a China poderá enfrentar ainda mais dificuldades.

Às 10h18, Vale PNA caía 2,03% e Vale ON 2,15%. O preço do minério de ferro iniciou a semana com queda de 0,3%, para US$ 67,8 a tonelada no mercado à vista chinês.

Nas siderúrgicas, CSN ON recuava 0,97%, mas Gerdau PN avançava 1,39%, liderando as altas do Ibovespa. O conselho de administração da companhia aprovou hoje a compra de 30 milhões de ações preferenciais ou American Depositary Receipts (ADRs), que representam 3,4% do total em circulação.

Petrobras continua sendo castigada pela nova queda nos preços do petróleo nesta segunda-feira e pelo noticiário negativo do fim de semana.

O jornal Estadão de ontem trouxe reportagem de capa segundo a qual a empresa responsabilizou o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa pelo aumento nos custos da refinaria Abreu e Lima.

Em comunicado, a estatal apontou Costa como autor da proposta de antecipação de compras e de mudanças no projeto que acarretariam a escalada do orçamento da refinaria de US$ 2,4 bilhões, em 2005, para os atuais US$ 18,8 bilhões. Às 10h25, Petrobras PN caía 0,85% e a ON, 1,30%.

Na Europa, as bolsas, no aguardo da decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, sobem. Às 10h13, a Bolsa de Frankfurt tinha ganho de 0,49%; a de Londres, de 0,19%; e a de Paris, de 0,38%.

Os investidores acreditam que a autoridade monetária anunciará um amplo programa de compra de ativos, que poderia atingir pelo menos 500 bilhões de euros, mas há quem cite cifras na casa do trilhão.

O presidente da França, François Hollande, disse nesta segunda-feira que o BCE irá anunciar planos de comprar títulos soberanos na zona do euro ainda esta semana, reforçando expectativas de que a autoridade monetária adotará medidas de relaxamento quantitativo (QE).

Na Suíça, porém, a falta de sincronia entre as políticas monetárias das maiores economias do mundo deve gerar preocupação nos participantes do Fórum Econômico Mundial.

Líderes globais que estarão do evento esta semana em Davos, temem que a falta de sincronia entre o provável aperto nos juros nos Estados Unidos e o esperado relaxamento monetário na Europa crie uma nova onda de turbulência no mercado financeiro e fluxo de capitais. Países emergentes que dependem do financeiro externo são os mais vulneráveis.

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São Paulo - A segunda-feira começou com a Bovespa em baixa, confirmando a sinalização do Ibovespa futuro mais cedo. Sem a referência das bolsas norte-americanas, que hoje não funcionam por causa do feriado em homenagem a Martin Luther King Jr. nos EUA, a Bolsa brasileira tende a ser refém, na parte da manhã, da movimentação em torno do vencimento de opções sobre ações , o que pode limitar o impacto da ausência de Wall Street nos negócios.

Às 10h17, o Ibovespa operava com perda de 0,61%, aos 48.717,02 pontos. As blue chips Petrobras e Vale, assim como papéis de banco estão em queda. Às 10h25, Itaú Unibanco PN cedia 0,52% e Bradesco PN, 0,20%.

Os investidores começaram o dia digerindo novidades vindas da China. Hoje, a Bolsa de Xangai tombou mais de 7%, após os reguladores chineses restringirem os níveis da margem de negociação das ações e adotarem maior rigor contra a indústria paralela de bancos, além de suspender por três meses a abertura de novas contas e vendas a descoberto das três maiores corretoras do país.

Na madrugada desta terça-feira, 20, saem os dados chineses sobre investimentos em ativos fixos, vendas no varejo, produção industrial de dezembro, e principalmente, o PIB do quarto trimestre.

"Aumentam as apostas que esses eventos aliados às ações da CVM chinesa podem abrir caminho para o anúncio de novas medidas de estímulo à economia", alerta o economista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital, em relatório diário.

"Muito importante avaliar o comportamento da Vale e das siderúrgicas hoje, diante da forte alta de sexta vis a vis essa enxurrada de indicadores", completou.

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse hoje esperar um ano difícil em 2015, em meio à frágil recuperação da economia mundial. Li, que falou durante reunião do Conselho Estatal, disse que a pressão de baixa sobre a economia doméstica continua relativamente forte e que a China poderá enfrentar ainda mais dificuldades.

Às 10h18, Vale PNA caía 2,03% e Vale ON 2,15%. O preço do minério de ferro iniciou a semana com queda de 0,3%, para US$ 67,8 a tonelada no mercado à vista chinês.

Nas siderúrgicas, CSN ON recuava 0,97%, mas Gerdau PN avançava 1,39%, liderando as altas do Ibovespa. O conselho de administração da companhia aprovou hoje a compra de 30 milhões de ações preferenciais ou American Depositary Receipts (ADRs), que representam 3,4% do total em circulação.

Petrobras continua sendo castigada pela nova queda nos preços do petróleo nesta segunda-feira e pelo noticiário negativo do fim de semana.

O jornal Estadão de ontem trouxe reportagem de capa segundo a qual a empresa responsabilizou o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa pelo aumento nos custos da refinaria Abreu e Lima.

Em comunicado, a estatal apontou Costa como autor da proposta de antecipação de compras e de mudanças no projeto que acarretariam a escalada do orçamento da refinaria de US$ 2,4 bilhões, em 2005, para os atuais US$ 18,8 bilhões. Às 10h25, Petrobras PN caía 0,85% e a ON, 1,30%.

Na Europa, as bolsas, no aguardo da decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, sobem. Às 10h13, a Bolsa de Frankfurt tinha ganho de 0,49%; a de Londres, de 0,19%; e a de Paris, de 0,38%.

Os investidores acreditam que a autoridade monetária anunciará um amplo programa de compra de ativos, que poderia atingir pelo menos 500 bilhões de euros, mas há quem cite cifras na casa do trilhão.

O presidente da França, François Hollande, disse nesta segunda-feira que o BCE irá anunciar planos de comprar títulos soberanos na zona do euro ainda esta semana, reforçando expectativas de que a autoridade monetária adotará medidas de relaxamento quantitativo (QE).

Na Suíça, porém, a falta de sincronia entre as políticas monetárias das maiores economias do mundo deve gerar preocupação nos participantes do Fórum Econômico Mundial.

Líderes globais que estarão do evento esta semana em Davos, temem que a falta de sincronia entre o provável aperto nos juros nos Estados Unidos e o esperado relaxamento monetário na Europa crie uma nova onda de turbulência no mercado financeiro e fluxo de capitais. Países emergentes que dependem do financeiro externo são os mais vulneráveis.

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