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Bovespa avança e tenta firmar-se nos 70 mil pontos

Às 10h07, o índice Bovespa subia 0,23%, aos 69.999 pontos, se aproximando da alta de ontem

Monitoramento do fluxo de capital estrangeiro e o comportamento das blue chips devem seguir para que a bolsa se firme em 70 mil pontos (Germano Luders / EXAME/EXAME.com)

Monitoramento do fluxo de capital estrangeiro e o comportamento das blue chips devem seguir para que a bolsa se firme em 70 mil pontos (Germano Luders / EXAME/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 10h35.

São Paulo - A quarta-feira começa com um tom mais otimista nos mercados internacionais, o que deve favorecer a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a flertar novamente com o nível dos 70 mil pontos, testado ontem, e, talvez, a firmar-se nesta marca. Para isso, os agentes seguem monitorando o fluxo de capital estrangeiro e o comportamento das blue chips. Às 10h07, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,23%, aos 69.999 pontos.

O economista da Legan Asset, Fausto Gouveia, avalia que a retomada de um novo patamar da Bolsa brasileira é muito importante. "É um nível que já foi testado várias vezes e, depois, os negócios sempre perderam força." Mas analistas gráficos ressaltam que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo, embora com algumas barreiras no percurso. Para eles, superada a resistência ao redor dos 70 mil pontos, o índice à vista pode seguir com força rumo ao topo histórico.

Um operador de mesa de renda variável lembra, contudo, que os 70 mil pontos têm um efeito psicológico importante e a sustentação nesse nível passa pelo apetite mais voraz do investidores estrangeiros. "Contra fluxo não há argumento", diz um velho jargão do mercado. Pelo menos o segundo trimestre começou com alívio, já que houve entrada líquida de R$ 439 milhões em recursos externos no primeiro dia de abril. No ano, porém, essa conta segue negativa em mais de R$ 2 bilhões.

A continuidade dos ingressos de capital externo pode dar sustentação aos negócios locais, uma vez que boa parte da entrada desses recursos é alocada nas duas principais ações da Bolsa: Vale e Petrobras. A petrolífera segue carente de um noticiário mais pujante, capaz de alavancar os preços de seus ativos, enquanto uma nuvem cinza ainda paira sobre a mineradora, após a indicação de um substituto de seu diretor-presidente. Já as construtoras, objeto de desejo de grandes gestores internacionais, também podem sentir o efeito de novos aportes. O setor de construção civil começa, em breve, a divulgar a antecipação de suas prévias operacionais referente ao primeiro trimestre deste ano, o que pode agitar os papéis.

No exterior, o escudo fornecido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que reforçou na ata divulgada ontem a manutenção da excessiva frouxidão monetária ao longo de 2011, renova o fôlego dos mercados.

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