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Bovespa abre primeiro dia de junho em queda acentuada

Novos dados econômicos na China, Europa e EUA mostram os estragos que a crise das dívidas na zona do euro estão causando sobre a dinâmica global

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 10h28.

São Paulo - O mês de junho começa tão ruim e desafiador para Bovespa quanto foi maio, e, por enquanto, não apresenta nenhuma trégua aos mercados financeiros. Ao contrário, novos dados econômicos na China, Europa e EUA anunciados nesta sexta-feira mostram os estragos que a crise das dívidas na zona do euro estão causando sobre a dinâmica global. Para piorar, o descolamento, rumo ao positivo, dos negócios locais na quinta-feira deve contribuir para uma queda ainda maior nesta sexta-feira, testando novas mínimas de 2012. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,91%, aos 53.992,62 pontos, na mínima.

O relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano em maio era para ser o indicador mais importante do dia. Mas o dado, que mostrou a abertura de míseras 69 mil vagas de emprego, bem abaixo da previsão de criação de 155 mil postos nos EUA no mês passado - o que elevou a taxa de desemprego para 8,2%, de 8,1% em abril - apenas pavimentou o pessimismo que proliferava nos negócios desde as primeiras horas do dia, após números igualmente fracos vindos da Europa e da China.

Imediatamente após a divulgação do payroll, porém, os índices futuros das Bolsas de Nova York intensificaram as perdas, assim como as principais bolsas europeias. No horário acima, o futuro do S&P 500 derretia 1,71%, enquanto as Bolsas de Paris e de Frankfurt tombavam 3,32% e 2,39%, nesta ordem, e ambas nas mínimas.

Já na zona do euro, o número de pessoas sem trabalho aumentou em abril para o nível mais alto já registrado na história da união monetária, em janeiro de 1995, totalizando 17,4 milhões. A taxa de desemprego na região, por sua vez, permaneceu estável em 11,0%. Do lado da atividade, porém, a notícia é ainda mais desanimadora, com a indústria manufatureira caindo ao menor nível em três anos, cravando o décimo mês seguido que o índice PMI fica abaixo da linha divisória entre contração e expansão.

Na China, por sua vez, tanto o índice PMI oficial quanto o calculado pelo HSBC mostraram pioraram do desempenho industrial em maio e tiveram resultado abaixo da previsão. As principais commodities operam em queda acentuada, com perdas em torno de 4% para o petróleo, sendo que o Brent já é negociado abaixo do patamar de US$ 100 por barril.

No Brasil, a atividade também capenga e os números do PIB no trimestre passado dificultam as chances de o País conseguir crescer pelo menos 3,5%, conforme deseja o governo brasileiro. Entre janeiro e março de 2012, a economia brasileira teve expansão de 0,2% ante o último trimestre do ano passado, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a alta foi de 0,8%, abaixo da mediana das previsões dos analistas.

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São Paulo - O mês de junho começa tão ruim e desafiador para Bovespa quanto foi maio, e, por enquanto, não apresenta nenhuma trégua aos mercados financeiros. Ao contrário, novos dados econômicos na China, Europa e EUA anunciados nesta sexta-feira mostram os estragos que a crise das dívidas na zona do euro estão causando sobre a dinâmica global. Para piorar, o descolamento, rumo ao positivo, dos negócios locais na quinta-feira deve contribuir para uma queda ainda maior nesta sexta-feira, testando novas mínimas de 2012. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,91%, aos 53.992,62 pontos, na mínima.

O relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano em maio era para ser o indicador mais importante do dia. Mas o dado, que mostrou a abertura de míseras 69 mil vagas de emprego, bem abaixo da previsão de criação de 155 mil postos nos EUA no mês passado - o que elevou a taxa de desemprego para 8,2%, de 8,1% em abril - apenas pavimentou o pessimismo que proliferava nos negócios desde as primeiras horas do dia, após números igualmente fracos vindos da Europa e da China.

Imediatamente após a divulgação do payroll, porém, os índices futuros das Bolsas de Nova York intensificaram as perdas, assim como as principais bolsas europeias. No horário acima, o futuro do S&P 500 derretia 1,71%, enquanto as Bolsas de Paris e de Frankfurt tombavam 3,32% e 2,39%, nesta ordem, e ambas nas mínimas.

Já na zona do euro, o número de pessoas sem trabalho aumentou em abril para o nível mais alto já registrado na história da união monetária, em janeiro de 1995, totalizando 17,4 milhões. A taxa de desemprego na região, por sua vez, permaneceu estável em 11,0%. Do lado da atividade, porém, a notícia é ainda mais desanimadora, com a indústria manufatureira caindo ao menor nível em três anos, cravando o décimo mês seguido que o índice PMI fica abaixo da linha divisória entre contração e expansão.

Na China, por sua vez, tanto o índice PMI oficial quanto o calculado pelo HSBC mostraram pioraram do desempenho industrial em maio e tiveram resultado abaixo da previsão. As principais commodities operam em queda acentuada, com perdas em torno de 4% para o petróleo, sendo que o Brent já é negociado abaixo do patamar de US$ 100 por barril.

No Brasil, a atividade também capenga e os números do PIB no trimestre passado dificultam as chances de o País conseguir crescer pelo menos 3,5%, conforme deseja o governo brasileiro. Entre janeiro e março de 2012, a economia brasileira teve expansão de 0,2% ante o último trimestre do ano passado, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a alta foi de 0,8%, abaixo da mediana das previsões dos analistas.

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