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Bovespa abre pressionada por atividade doméstica

Os investidores parecem estar ressabiados com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que registrou leituras mais fracas que a mediana das estimativas

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,71%, aos 46.296,38 pontos (Lailson Santos/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 11h04.

São Paulo - Apesar da manutenção do sinal positivo no exterior na manhã desta sexta-feira, Bovespa abriu o pregão em queda, com os investidores abatidos por um novo dado fraco sobre a atividade doméstica e atentos ao comportamento das petrolíferas brasileiras.

É válido lembrar que hoje é o último dia para os ajustes antes do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, o que deve trazer maior volatilidade para os negócios locais. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,71%, aos 46.296,38 pontos.

Operadores consultados pelo Broadcast apontaram para fatores internos em uma tentativa de explicar o descolamento para o início do pregão em Nova York e em São Paulo.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,10%, já reagindo à divulgação dos resultados trimestrais mistos dos bancos JPMorgan e Wells Fargo e também ao aumento maior que o esperado da inflação ao produtor (PPI) em junho, em +0,8% ante previsão de +0,5%.

Internamente, porém, os investidores parecem estar ressabiados com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo Banco Central, que registrou leituras mais fracas que a mediana das estimativas tanto em base mensal quanto em base anual.

Na comparação entre abril e maio, o indicador cedeu 1,4%, com ajuste, na maior queda para esse tipo de comparação desde a crise de 2008 (dezembro). Em relação a um ano antes, a alta foi de 2,28%, sem ajuste.

Em relatório, a equipe de analistas da Lerosa Investimentos afirma que a proxy do Produto Interno Bruto (PIB) coloca a atividade doméstica "na zona de forte preocupação".


Com o resultado, avaliam os profissionais, a previsão para o crescimento econômico no acumulado do ano corre risco de ficar abaixo de 2%, "possivelmente causando decepção na lucratividade das empresas".

Outro fator negativo vem de fora, mais especificamente da China. Em meio a um noticiário confuso, o governo de Pequim parece já colocar o patamar de expansão de 7% como aceitável, o que, para a Lerosa, "retira a esperança de estímulo na economia chinesa e deixa as commodities mais enfraquecidas". Os mercados financeiros iniciarão a semana que vem já cientes dos números do PIB no país, a serem divulgados na madrugada do domingo.

Trata-se, portanto, de um viés negativo para as ações da Vale. A mineradora também será negociada sob a influência do vencimento de opções sobre ações, também na segunda-feira. E, como hoje é o último dia para os ajustes finais antes do início do "jogo" entre "comprados" e "vendidos", as demais blue chips, principalmente Petrobras, também podem ficar à mercê do exercício.

Aliás, as empresas do setor de energia devem ser o foco nesta sexta-feira, em que a Aneel realiza o 2º leilão de transmissão de 2013. Haverá 19 participantes do certame, sendo 10 empresas e nove consórcios.

E as empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, se mantêm no radar, agora que a Justiça negou pedido de bloqueio de bens do empresário. Os bancos credores aguardam que o empresário venda fatias de suas empresas para honrar compromissos financeiros e evitar assumir perdas com o grupo, comprometendo lucro e capacidade de emprestar.

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São Paulo - Apesar da manutenção do sinal positivo no exterior na manhã desta sexta-feira, Bovespa abriu o pregão em queda, com os investidores abatidos por um novo dado fraco sobre a atividade doméstica e atentos ao comportamento das petrolíferas brasileiras.

É válido lembrar que hoje é o último dia para os ajustes antes do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, o que deve trazer maior volatilidade para os negócios locais. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,71%, aos 46.296,38 pontos.

Operadores consultados pelo Broadcast apontaram para fatores internos em uma tentativa de explicar o descolamento para o início do pregão em Nova York e em São Paulo.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,10%, já reagindo à divulgação dos resultados trimestrais mistos dos bancos JPMorgan e Wells Fargo e também ao aumento maior que o esperado da inflação ao produtor (PPI) em junho, em +0,8% ante previsão de +0,5%.

Internamente, porém, os investidores parecem estar ressabiados com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo Banco Central, que registrou leituras mais fracas que a mediana das estimativas tanto em base mensal quanto em base anual.

Na comparação entre abril e maio, o indicador cedeu 1,4%, com ajuste, na maior queda para esse tipo de comparação desde a crise de 2008 (dezembro). Em relação a um ano antes, a alta foi de 2,28%, sem ajuste.

Em relatório, a equipe de analistas da Lerosa Investimentos afirma que a proxy do Produto Interno Bruto (PIB) coloca a atividade doméstica "na zona de forte preocupação".


Com o resultado, avaliam os profissionais, a previsão para o crescimento econômico no acumulado do ano corre risco de ficar abaixo de 2%, "possivelmente causando decepção na lucratividade das empresas".

Outro fator negativo vem de fora, mais especificamente da China. Em meio a um noticiário confuso, o governo de Pequim parece já colocar o patamar de expansão de 7% como aceitável, o que, para a Lerosa, "retira a esperança de estímulo na economia chinesa e deixa as commodities mais enfraquecidas". Os mercados financeiros iniciarão a semana que vem já cientes dos números do PIB no país, a serem divulgados na madrugada do domingo.

Trata-se, portanto, de um viés negativo para as ações da Vale. A mineradora também será negociada sob a influência do vencimento de opções sobre ações, também na segunda-feira. E, como hoje é o último dia para os ajustes finais antes do início do "jogo" entre "comprados" e "vendidos", as demais blue chips, principalmente Petrobras, também podem ficar à mercê do exercício.

Aliás, as empresas do setor de energia devem ser o foco nesta sexta-feira, em que a Aneel realiza o 2º leilão de transmissão de 2013. Haverá 19 participantes do certame, sendo 10 empresas e nove consórcios.

E as empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, se mantêm no radar, agora que a Justiça negou pedido de bloqueio de bens do empresário. Os bancos credores aguardam que o empresário venda fatias de suas empresas para honrar compromissos financeiros e evitar assumir perdas com o grupo, comprometendo lucro e capacidade de emprestar.

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