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Bovespa abre em queda, já abaixo dos 60 mil pontos

Bolsa brasileira não deve encontrar forças para segurar essa marca por muito mais tempo

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 10h50.

São Paulo - De hoje não passa. Depois de defender bravamente os 60 mil pontos ao final da sessão de ontem, a Bovespa não deve encontrar forças para segurar essa marca por muito mais tempo e tem uma nova rodada de pressão nesta quarta-feira. Ainda assim, a queda para aquém desse nível pode incitar compras, deixando dúvidas se a ruptura será confirmada até o fim da jornada. O novo dia de agenda fraca nos Estados Unidos aguça a volatilidade dos negócios e mantém o foco dos investidores nos desdobramentos políticos na Europa. Por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 1,04%, aos 59.738,13 pontos, na pontuação mínima após a abertura.

Cauteloso, o analista técnico da Florença, Gilberto Coelho, avalia que, ao menos na abertura, a Bolsa deve perder os 60 mil pontos, diante do sinal negativo vindo do exterior. Mas, resta saber, se a quebra desse patamar não irá ativar defensa e atrair caça por pechinchas, como ocorreu na sessão de ontem.

Nesta terça-feira, depois de bater a mínima aos 59.871 pontos, no começo da tarde, o Ibovespa reduziu as perdas e fechou em queda de 1,40%, aos 60.365,48 pontos. "Pode haver um rali de compra, principalmente perto do fim da sessão", pondera.

Já o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, acredita que o sentimento negativo deve continuar ao longo da sessão de hoje. "Os investidores seguem receosos com o desenrolar da economia mundial, liderado pela situação política com implicações econômicas na Grécia", avalia, em relatório, acrescentando que a movimentação da Bolsa deve continuar atrelada aos mercados internacionais.

No horário acima, a Bolsa de Paris caía 1,40% e a de Frankfurt recuava 0,82%. Já a Bolsa de Madri tombava 3,61%, depois que o juro do título espanhol de 10 anos subiu para acima da marca psicológica de 6% pela primeira vez em duas semanas, em meio à instabilidade do setor bancário na Espanha.

Já na Grécia, a Bolsa de Atenas ensaiava uma recuperação, depois de fechar o pregão de ontem no nível mais baixo em 20 anos. Ontem, o líder da Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), Alexis Tsipras, iniciou conversas com outros líderes para tentar alinhavar apoio para a nomeação de um primeiro-ministro, mas as negociações prosseguem. O Syriza defende que os termos do pacote de ajuda financeira acordado entre Atenas e a Troika (FMI, BCE e UE) foram anulados pelo "veredicto do povo" nas urnas.

Nos EUA, a quarta-feira reserva apenas a divulgação dos estoques no atacado em março, às 11 horas, e dos estoques semanais de petróleo, às 11h30, o que não deve ter forças para deslocar o foco dos negócios para o outro lado do Atlântico Norte. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 1,08%.

Internamente, os agentes também monitoram a reação do mercado futuro de juros à aceleração da inflação medida pelo IPCA em abril, quando subiu 0,64%, situando-se perto do teto do intervalo das previsões dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,48% a 0,65%. O dado pode refazer as apostas dos mais agressivos, que esperavam uma taxa Selic abaixo de 8% já em 2012.

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São Paulo - De hoje não passa. Depois de defender bravamente os 60 mil pontos ao final da sessão de ontem, a Bovespa não deve encontrar forças para segurar essa marca por muito mais tempo e tem uma nova rodada de pressão nesta quarta-feira. Ainda assim, a queda para aquém desse nível pode incitar compras, deixando dúvidas se a ruptura será confirmada até o fim da jornada. O novo dia de agenda fraca nos Estados Unidos aguça a volatilidade dos negócios e mantém o foco dos investidores nos desdobramentos políticos na Europa. Por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 1,04%, aos 59.738,13 pontos, na pontuação mínima após a abertura.

Cauteloso, o analista técnico da Florença, Gilberto Coelho, avalia que, ao menos na abertura, a Bolsa deve perder os 60 mil pontos, diante do sinal negativo vindo do exterior. Mas, resta saber, se a quebra desse patamar não irá ativar defensa e atrair caça por pechinchas, como ocorreu na sessão de ontem.

Nesta terça-feira, depois de bater a mínima aos 59.871 pontos, no começo da tarde, o Ibovespa reduziu as perdas e fechou em queda de 1,40%, aos 60.365,48 pontos. "Pode haver um rali de compra, principalmente perto do fim da sessão", pondera.

Já o analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, acredita que o sentimento negativo deve continuar ao longo da sessão de hoje. "Os investidores seguem receosos com o desenrolar da economia mundial, liderado pela situação política com implicações econômicas na Grécia", avalia, em relatório, acrescentando que a movimentação da Bolsa deve continuar atrelada aos mercados internacionais.

No horário acima, a Bolsa de Paris caía 1,40% e a de Frankfurt recuava 0,82%. Já a Bolsa de Madri tombava 3,61%, depois que o juro do título espanhol de 10 anos subiu para acima da marca psicológica de 6% pela primeira vez em duas semanas, em meio à instabilidade do setor bancário na Espanha.

Já na Grécia, a Bolsa de Atenas ensaiava uma recuperação, depois de fechar o pregão de ontem no nível mais baixo em 20 anos. Ontem, o líder da Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), Alexis Tsipras, iniciou conversas com outros líderes para tentar alinhavar apoio para a nomeação de um primeiro-ministro, mas as negociações prosseguem. O Syriza defende que os termos do pacote de ajuda financeira acordado entre Atenas e a Troika (FMI, BCE e UE) foram anulados pelo "veredicto do povo" nas urnas.

Nos EUA, a quarta-feira reserva apenas a divulgação dos estoques no atacado em março, às 11 horas, e dos estoques semanais de petróleo, às 11h30, o que não deve ter forças para deslocar o foco dos negócios para o outro lado do Atlântico Norte. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 1,08%.

Internamente, os agentes também monitoram a reação do mercado futuro de juros à aceleração da inflação medida pelo IPCA em abril, quando subiu 0,64%, situando-se perto do teto do intervalo das previsões dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,48% a 0,65%. O dado pode refazer as apostas dos mais agressivos, que esperavam uma taxa Selic abaixo de 8% já em 2012.

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