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Bovespa abre em queda e pode zerar ganhos da semana

Os motivos para o tom negativo vêm do exterior, onde o nervosismo predomina no mercado financeiro

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 10h41.

São Paulo - A Bovespa inicia a sexta-feira sob o risco de devolver os ganhos acumulados nos últimos três dias e terminar a semana, e o mês, no "zero a zero". Os motivos para o tom negativo vêm do exterior, onde o nervosismo predomina desde cedo. As incertezas sobre o resgate ao setor bancário da Espanha e a crise das dívidas soberanas europeias pressionam os preços das ações e das commodities. Às 10h04, o Ibovespa caía 1,02%, aos 54.782,41 pontos.

Para o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, a perspectiva para a Bolsa brasileira nesta sessão é negativa "em função do exterior". "Os mercados abriram no negativo com um pessimismo maior sobre a situação econômica global, especialmente na Europa", afirma.

A Espanha voltou ao radar dos investidores com a teleconferência de ministros de Finanças dos 17 países da zona do euro (Eurogrupo) sobre os termos do acordo de 100 bilhões de euros para resgatar os bancos do país. Foi anunciado nesta manhã que o Eurogrupo adotou formalmente o memorando de entendimento que detalha o pacote de ajuda. A negociação prevê condições para a assistência a bancos solventes e a reestruturação do setor precisa cumprir lei de ajuda estatal da União Europeia (UE).

A notícia, no entanto, não afasta a tensão, diz Monteiro, da Renascença. "A aprovação dos ministros elimina uma variável da crise, o problema do setor bancário espanhol, que poderia repercutir em toda a Europa e EUA. Mas, em relação à economia como um todo, nada foi feito", diz.

O governo espanhol afirmou nesta manhã esperar que a economia do país, que é a quarta maior da zona do euro, continue em recessão no próximo ano, enquanto o governo implementar medidas de austeridade. Segundo o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter contração de cerca de 0,5% em 2013, em vez da expansão de 0,2% prevista anteriormente.

Com isso, às 10h04 na Europa, a Bolsa de Madri caía 3,66%, seguida por Paris, com -1,35% e Frankfurt, -0,86%. No mesmo horário, em Nova York, o índice futuro do S&P 500 caía 0,62% e o do Nasdaq cedia 0,25%, em dia de agenda econômica esvaziada nos EUA em termos de indicadores, mas com a safra de balanços ainda agitando os negócios por lá. Os contratos futuros do cobre e o petróleo também exibiam quedas.

Se acompanhar seus pares no exterior, a Bovespa deve devolver parte dos ganhos de 3,64% dos últimos três pregões e zerar a alta acumulada na semana, de 1,87% até quinta-feira, neutralizando também a performance no mês.

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São Paulo - A Bovespa inicia a sexta-feira sob o risco de devolver os ganhos acumulados nos últimos três dias e terminar a semana, e o mês, no "zero a zero". Os motivos para o tom negativo vêm do exterior, onde o nervosismo predomina desde cedo. As incertezas sobre o resgate ao setor bancário da Espanha e a crise das dívidas soberanas europeias pressionam os preços das ações e das commodities. Às 10h04, o Ibovespa caía 1,02%, aos 54.782,41 pontos.

Para o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, a perspectiva para a Bolsa brasileira nesta sessão é negativa "em função do exterior". "Os mercados abriram no negativo com um pessimismo maior sobre a situação econômica global, especialmente na Europa", afirma.

A Espanha voltou ao radar dos investidores com a teleconferência de ministros de Finanças dos 17 países da zona do euro (Eurogrupo) sobre os termos do acordo de 100 bilhões de euros para resgatar os bancos do país. Foi anunciado nesta manhã que o Eurogrupo adotou formalmente o memorando de entendimento que detalha o pacote de ajuda. A negociação prevê condições para a assistência a bancos solventes e a reestruturação do setor precisa cumprir lei de ajuda estatal da União Europeia (UE).

A notícia, no entanto, não afasta a tensão, diz Monteiro, da Renascença. "A aprovação dos ministros elimina uma variável da crise, o problema do setor bancário espanhol, que poderia repercutir em toda a Europa e EUA. Mas, em relação à economia como um todo, nada foi feito", diz.

O governo espanhol afirmou nesta manhã esperar que a economia do país, que é a quarta maior da zona do euro, continue em recessão no próximo ano, enquanto o governo implementar medidas de austeridade. Segundo o ministro do Orçamento, Cristóbal Montoro, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter contração de cerca de 0,5% em 2013, em vez da expansão de 0,2% prevista anteriormente.

Com isso, às 10h04 na Europa, a Bolsa de Madri caía 3,66%, seguida por Paris, com -1,35% e Frankfurt, -0,86%. No mesmo horário, em Nova York, o índice futuro do S&P 500 caía 0,62% e o do Nasdaq cedia 0,25%, em dia de agenda econômica esvaziada nos EUA em termos de indicadores, mas com a safra de balanços ainda agitando os negócios por lá. Os contratos futuros do cobre e o petróleo também exibiam quedas.

Se acompanhar seus pares no exterior, a Bovespa deve devolver parte dos ganhos de 3,64% dos últimos três pregões e zerar a alta acumulada na semana, de 1,87% até quinta-feira, neutralizando também a performance no mês.

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