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Bovespa abre em forte queda, pressionada por S&P

Junto com a decisão da S&P sobre a perspectiva do rating soberano também foi revista a perspectiva do rating BBB, em moeda local e estrangeira, da Petrobras e da Eletrobras

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 1,06%, aos 52.326,60 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 11h10.

São Paulo - Apenas o rebaixamento da perspectiva da nota de risco de crédito do Brasil, anunciada na quinta-feira, 6, à noite pela Standard & Poor's (S&P), é suficiente para embutir perdas acentuadas da Bovespa nesta sexta-feira, 7.

Nem mesmo a reação positiva dos mercados internacionais aos números mistos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos - que mostrou criação de mais vagas que o esperado em maio, mas com respectiva alta da taxa de desemprego - é capaz de impedir que os negócios locais renovem nesta sexta-feira, os níveis mais baixos do ano.

Ainda assim, pode haver um alívio na pressão vendedora por parte dos investidores estrangeiros. Às 10h05, o Ibovespa caía 1,06%, aos 52.326,60 pontos.

Profissionais consultados nesta manhã preveem um dia conturbado para a Bolsa nesta sexta-feira, diante da ameaça da S&P de rebaixar a perspectiva do rating brasileiro, tanto em moeda estrangeira (BBB) quanto em moeda local (A-), de estável para negativa.

É a primeira vez que isso acontece desde 2002. A S&P foi a primeira a elevar o País à categoria de grau de investimento, em 2008.

Para o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, o rebaixamento da S&P somente reflete a "lambança" do governo na condução da política econômica. Segundo ele, a decisão é um grande revés para a renda variável brasileira, já que uma das prováveis consequências é o aumento nos custos de captação das empresas.


Junto com a decisão da S&P sobre a perspectiva do rating soberano também foi revista a perspectiva do rating BBB, em moeda local e estrangeira, da Petrobras e da Eletrobras. Em ambos os casos, o rebaixamento foi de estável para negativa. Segundo operadores, as ações da estatal petrolífera fecharam em queda NA QUINTA-FEIRAontem, nas negociações do after market.

Porém, os negócios locais monitoram a reação dos mercados internacionais aos números mistos sobre o emprego nos Estados Unidos em maio. A economia norte-americana criou 175 mil postos de trabalho no mês passado, ante previsão de mais 169 mil.

O dado de abril, por sua vez, foi revisado para baixo, ao mostrar abertura de 149 mil vagas, ante leitura original de mais 165 mil. Já a taxa de desemprego subiu a 7,6%, contrariando a estimativa de estabilidade em 7,5%.

Os índices futuros das Bolsas de Nova York tiveram uma reação confusa ao dado, ampliando as perdas para depois migrar ao terreno positivo, cravando máximas do dia. Às 9h50, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,39%.

Na Europa, onde as principais bolsas também aguardavam os números sobre o emprego nos EUA, o movimento foi semelhante. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt crescia 0,48%.

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São Paulo - Apenas o rebaixamento da perspectiva da nota de risco de crédito do Brasil, anunciada na quinta-feira, 6, à noite pela Standard & Poor's (S&P), é suficiente para embutir perdas acentuadas da Bovespa nesta sexta-feira, 7.

Nem mesmo a reação positiva dos mercados internacionais aos números mistos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos - que mostrou criação de mais vagas que o esperado em maio, mas com respectiva alta da taxa de desemprego - é capaz de impedir que os negócios locais renovem nesta sexta-feira, os níveis mais baixos do ano.

Ainda assim, pode haver um alívio na pressão vendedora por parte dos investidores estrangeiros. Às 10h05, o Ibovespa caía 1,06%, aos 52.326,60 pontos.

Profissionais consultados nesta manhã preveem um dia conturbado para a Bolsa nesta sexta-feira, diante da ameaça da S&P de rebaixar a perspectiva do rating brasileiro, tanto em moeda estrangeira (BBB) quanto em moeda local (A-), de estável para negativa.

É a primeira vez que isso acontece desde 2002. A S&P foi a primeira a elevar o País à categoria de grau de investimento, em 2008.

Para o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, o rebaixamento da S&P somente reflete a "lambança" do governo na condução da política econômica. Segundo ele, a decisão é um grande revés para a renda variável brasileira, já que uma das prováveis consequências é o aumento nos custos de captação das empresas.


Junto com a decisão da S&P sobre a perspectiva do rating soberano também foi revista a perspectiva do rating BBB, em moeda local e estrangeira, da Petrobras e da Eletrobras. Em ambos os casos, o rebaixamento foi de estável para negativa. Segundo operadores, as ações da estatal petrolífera fecharam em queda NA QUINTA-FEIRAontem, nas negociações do after market.

Porém, os negócios locais monitoram a reação dos mercados internacionais aos números mistos sobre o emprego nos Estados Unidos em maio. A economia norte-americana criou 175 mil postos de trabalho no mês passado, ante previsão de mais 169 mil.

O dado de abril, por sua vez, foi revisado para baixo, ao mostrar abertura de 149 mil vagas, ante leitura original de mais 165 mil. Já a taxa de desemprego subiu a 7,6%, contrariando a estimativa de estabilidade em 7,5%.

Os índices futuros das Bolsas de Nova York tiveram uma reação confusa ao dado, ampliando as perdas para depois migrar ao terreno positivo, cravando máximas do dia. Às 9h50, em Wall Street, o futuro do S&P 500 subia 0,39%.

Na Europa, onde as principais bolsas também aguardavam os números sobre o emprego nos EUA, o movimento foi semelhante. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt crescia 0,48%.

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