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Bovespa abre em baixa sob pressão do exterior

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, sob influência dos mercados externos e no dia de vencimento dos contratos futuros do índice Bovespa (Ibovespa). O elevado número de contratos vendidos em aberto pelos investidores estrangeiros vem pressionando o mercado à vista para baixo. Às 10h30 (horário de Brasília), […]

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 10h56.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, sob influência dos mercados externos e no dia de vencimento dos contratos futuros do índice Bovespa (Ibovespa). O elevado número de contratos vendidos em aberto pelos investidores estrangeiros vem pressionando o mercado à vista para baixo. Às 10h30 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,87%, para 61.665 pontos.

"Por enquanto, o Ibovespa futuro está se comportando em linha com as perdas verificadas lá fora", comentou o operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, antes da abertura do Ibovespa à vista. Ele ressaltou a influência da disputa entre comprados e vendidos para o vencimento dos contratos futuros do índice e das opções sobre o Ibovespa.

Se ontem, os "vendidos" não compraram o otimismo externo - mascarado pela sensação de que a China não está superaquecida e que os EUA não estão tão desaquecidos - hoje o noticiário negativo traz pressão adicional para a Bolsa local. O dia já não começou bem do outro lado do Atlântico, com um impasse político sobre uma extensão do resgate financeiro à Grécia prejudicando os mercados internacionais.

A convocação de uma greve geral de 24 horas no país mediterrâneo, ao mesmo tempo em que o Parlamento grego se reúne para debater medidas adicionais de austeridade fiscal, aumenta o risco desordenado da crise das dívidas soberanas na Europa. Isso levou a agência Moody's a colocar em revisão, para possível rebaixamento, o rating (classificação de risco) de três grandes bancos franceses.

Para piorar, os indicadores norte-americanos acenderam a luz amarela sobre a economia dos EUA, um dia após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, dizer que o fracasso em elevar o limite da dívida pública do país poderá causar "distúrbios severos nos mercados financeiros".

Do lado da inflação, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano foi de 0,2% em maio ante abril. Já o núcleo do indicador avançou 0,3% no mesmo período, na maior alta desde julho de 2008. Pelo lado da atividade, o índice Empire State de atividade regional despencou para -7,79 em junho, contrariando a previsão de alta para 12,00.

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