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Bovespa abre em baixa em dia de vencimento de opções

Por Olívia Bulla São Paulo - O feriado nos Estados Unidos não paralisa os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), uma vez que a semana começa com a tradicional briga entre investidores comprados e vendidos. O vencimento de opções sobre ações hoje deve agitar os papéis de Petrobras e Vale, além de […]

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 10h05.

Por Olívia Bulla

São Paulo - O feriado nos Estados Unidos não paralisa os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), uma vez que a semana começa com a tradicional briga entre investidores comprados e vendidos. O vencimento de opções sobre ações hoje deve agitar os papéis de Petrobras e Vale, além de elevar a volatilidade da sessão, ao menos até o início da tarde. A partir daí, a cautela vai ditar o tom dos negócios. Às 11h04 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,32%, aos 70.715 pontos.

Desde a semana passada, o vencimento de opções sobre ações vem provocando distorções temporárias no mercado acionário doméstico, com intensa movimentação das ações de primeira linha. Hoje as discrepâncias tendem a ser ainda mais acirradas, com a força de Petrobras e Vale sendo testada.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços dos papéis se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

Além da disputa entre os agentes para garantir um prêmio maior no exercício de opções, os investidores estarão atentos hoje ao noticiário envolvendo as duas principais estrelas da Bolsa. Na noite da última sexta-feira, a Petrobras informou que suas reservas provadas atingiram 15,986 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) no fim de 2010, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior. Do total, o Brasil detém 15,283 bilhões de barris e a área internacional possui 703 milhões de barris. Foi a primeira vez que a estatal incluiu áreas do pré-sal em seu comunicado anual de reservas.

Sobre a Vale, os rumores quanto à substituição de Roger Agnelli no comando da mineradora estão cada vez mais volumosos. Notícias veiculadas na imprensa no fim de semana dão conta de que Fabio Barbosa, ex-presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e atual diretor-presidente do Santander, lidera as apostas para assumir o cargo na Vale. Ele conta, inclusive, com a simpatia da presidente Dilma Rousseff.

No exterior, as principais commodities industriais recuam em meio aos temores de desaceleração da economia chinesa. A Bolsa de Xangai despencou 3% hoje, influenciada pelo aumento do compulsório bancário anunciado na sexta-feira e por indicativos de que novas medidas para conter a inflação estão por vir. Os mercados em Nova York permanecem fechados, por causa do feriado em homenagem a Martin Luther King, o que esvazia os negócios nas praças financeiras do Ocidente. Além disso, o encontro dos ministros da zona do euro, que começa hoje em Bruxelas, mantém os mercados apreensivos em relação a possíveis novidades quanto aos desdobramentos da crise soberana na periferia do euro.

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