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Bovespa abre em alta, mas recua com ações da Ambev e Vale

Pesam nos negócios locais os balanços piores que o esperado de AmBev e Vale no último trimestre


	Operadores na Bovespa: às 10h16, o Ibovespa subia 0,05%, aos 51.835,44 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: às 10h16, o Ibovespa subia 0,05%, aos 51.835,44 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 11h16.

São Paulo - Após defender o nível dos 51 mil pontos, na quarta-feira, 25, a despeito do rebaixamento da nota de risco da Petrobras para grau especulativo pela Moody's, a Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira, 26, em alta, buscando ir um pouco além desse patamar, mas logo sucumbiu ao campo negativo e passou a oscilar entre margens estreitas, sem um rumo definido.

Pesam nos negócios locais os balanços piores que o esperado de AmBev e Vale no último trimestre do ano passado, além das perdas entre as ações dos bancos.

Assim, o movimento relega o viés de alta exibido pelas bolsas internacionais, antes da divulgação de uma rodada intensa de indicadores econômicos norte-americanos, logo mais.

Às 10h16, o Ibovespa subia 0,05%, aos 51.835,44 pontos, depois de avançar até os 51.922 pontos (+0,22%), na pontuação máxima do dia. Na mínima, o índice à vista caiu 0,19%, aos 51.711 pontos.

No mesmo horário, no mercado futuro em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,10% e o S&P 500 avançava 0,15%, à espera dos números sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) no primeiro mês de 2015, dos pedidos semanais de auxílio-desemprego e também das encomendas de bens duráveis em janeiro - todos às 10h30.

Já na Bolsa brasileira, Vale exibia perdas de 1,40% e de 1,57% nas ações ON e PNA, refletindo o prejuízo líquido de US$ 1,849 bilhão no quarto trimestre de 2014, o que representa uma queda de 71,3% em relação ao visto um ano antes.

O resultado da mineradora foi impactado pela derrocada dos preços do minério de ferro e também pelo pagamento de dívidas no programa do Refis, sendo pior que a média das projeções de seis instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que esperavam perdas de US$ 740 milhões para o período.

AmBev ON estava com -0,27%, digerindo o lucro líquido consolidado de R$ 4,659 bilhões no quarto trimestre de 2014, o que representa uma queda de 2,2% em relação a um ano antes.

O resultado ficou 5,7% abaixo da média das estimativas, que apontava para lucro consolidado de R$ 4,941 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado.

Os balanços como os de Eletropaulo, AES Tietê e Ultrapar, apresentados ontem à noite, também são destaque, mas é comportamento das ações da Petrobras que concentra as atenções dos investidores.

Na quarta-feira, 25, a estatal divulgou comunicado no qual afirma que está tomando uma série de medidas para melhorar suas condições financeiras.

A Petrobras afirmou que "está implementando uma série de ações voltadas para a preservação do caixa e redução da alavancagem" e que ainda "está revisando seu planejamento financeiro" para reduzir investimentos e vender ativos.

Ainda no mesmo horário, os papéis ON e PN da companhia subiam 0,75%, cada.

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