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Bovespa abre em alta, mas deve ter sessão volátil

Índice brasileiro sobe 0,24%, aos 54. 749,89 pontos, na contramão da direção dos índices futuros das bolsas de Nova York e das principais bolsas europeias

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 10h24.

São Paulo - A Bovespa deve ter hoje mais um dia típico de mercados em crise, no qual a volatilidade dita o tom do pregão. Por enquanto, nem mesmo o sinal positivo vindo do exterior, sustentado por expectativas de atuação dos principais bancos centrais do mundo, inspira os negócios locais. A agenda econômica dos Estados Unidos e o fluxo de capital estrangeiro devem definir uma direção para o dia por aqui.

Às 10h05, o Ibovespa subia 0,24%, aos 54. 749,89 pontos, na contramão da direção dos índices futuros das Bolsas de Nova York e das principais bolsas europeias. No mesmo horário, o S&P 500 futuro avançava 0,53% e a Bolsa de Paris subia 1,30%.

Segundo um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, esse novo descolamento pode ser justificado pela queda da leitura preliminar de maio do índice PMI da China, a 48,7, ante a leitura final de 49,3 em abril. É o sétimo mês seguido em que o índice permanece em território que indica contração, realçando as dificuldades encontradas pela economia do gigante emergente, uma das principais parceiras comerciais do Brasil.

A despeito desses números, as principais commodities industriais operam em alta, embaladas pela melhora no apetite por ativos de risco no exterior. "A Bolsa só descola quando lá fora sobe; quando os mercados caem, aqui acompanha", comenta outro profissional da mesma corretora.

Mas a base que sustenta os ganhos dos mercados internacionais é frágil. Além do dado decepcionante sobre a atividade chinesa, na zona do euro, o PMI deste mês caiu ao menor nível desde junho, na quarta queda seguida, ao mesmo tempo que o sentimento econômico na Alemanha, medido pelo índice IFO, caiu inesperadamente.

Diante da deterioração na dinâmica global, crescem as expectativas de que os principais BCs globais devem unir forças para combater a espiral negativa nos mercados financeiros. Pequim também parece estar perto de anunciar novas medidas, após um novo discurso do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, sinalizando urgência nos ajustes das políticas monetária e fiscal.

"Ao longo do dia o que deve pautar as negociações são essas expectativas, novidades em relação ao processo eleitoral grego e a agenda econômica norte-americana", comenta, em relatório, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira. Também é importante monitorar o fluxo de capital estrangeiro, tido, até então, como grande algoz da Bolsa em maio.

Os primeiros indicadores econômicos norte-americanos do dia já começaram a ser anunciados. As encomendas de bens duráveis em abril contrariou a previsão de queda e subiu 0,2%, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego recuaram 2 mil, ante previsão de estabilidade nas solicitações. Dados de atividade ainda são esperados para hoje. Às 11 horas, estreia o índice de atividade industrial (gerentes de compras) dos EUA preliminar de maio. Às 12 horas, o Federal Reserve de Kansas City anuncia o índice de atividade regional.

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São Paulo - A Bovespa deve ter hoje mais um dia típico de mercados em crise, no qual a volatilidade dita o tom do pregão. Por enquanto, nem mesmo o sinal positivo vindo do exterior, sustentado por expectativas de atuação dos principais bancos centrais do mundo, inspira os negócios locais. A agenda econômica dos Estados Unidos e o fluxo de capital estrangeiro devem definir uma direção para o dia por aqui.

Às 10h05, o Ibovespa subia 0,24%, aos 54. 749,89 pontos, na contramão da direção dos índices futuros das Bolsas de Nova York e das principais bolsas europeias. No mesmo horário, o S&P 500 futuro avançava 0,53% e a Bolsa de Paris subia 1,30%.

Segundo um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, esse novo descolamento pode ser justificado pela queda da leitura preliminar de maio do índice PMI da China, a 48,7, ante a leitura final de 49,3 em abril. É o sétimo mês seguido em que o índice permanece em território que indica contração, realçando as dificuldades encontradas pela economia do gigante emergente, uma das principais parceiras comerciais do Brasil.

A despeito desses números, as principais commodities industriais operam em alta, embaladas pela melhora no apetite por ativos de risco no exterior. "A Bolsa só descola quando lá fora sobe; quando os mercados caem, aqui acompanha", comenta outro profissional da mesma corretora.

Mas a base que sustenta os ganhos dos mercados internacionais é frágil. Além do dado decepcionante sobre a atividade chinesa, na zona do euro, o PMI deste mês caiu ao menor nível desde junho, na quarta queda seguida, ao mesmo tempo que o sentimento econômico na Alemanha, medido pelo índice IFO, caiu inesperadamente.

Diante da deterioração na dinâmica global, crescem as expectativas de que os principais BCs globais devem unir forças para combater a espiral negativa nos mercados financeiros. Pequim também parece estar perto de anunciar novas medidas, após um novo discurso do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, sinalizando urgência nos ajustes das políticas monetária e fiscal.

"Ao longo do dia o que deve pautar as negociações são essas expectativas, novidades em relação ao processo eleitoral grego e a agenda econômica norte-americana", comenta, em relatório, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira. Também é importante monitorar o fluxo de capital estrangeiro, tido, até então, como grande algoz da Bolsa em maio.

Os primeiros indicadores econômicos norte-americanos do dia já começaram a ser anunciados. As encomendas de bens duráveis em abril contrariou a previsão de queda e subiu 0,2%, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego recuaram 2 mil, ante previsão de estabilidade nas solicitações. Dados de atividade ainda são esperados para hoje. Às 11 horas, estreia o índice de atividade industrial (gerentes de compras) dos EUA preliminar de maio. Às 12 horas, o Federal Reserve de Kansas City anuncia o índice de atividade regional.

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