Exame Logo

Bovespa abre em alta em meio a otimismo

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta em meio ao otimismo dos mercados no exterior com os sinais de avanço nas negociações sobre a crise das dívidas soberanas. No entanto, as incertezas quanto ao cenário de inflação e juros no Brasil ainda incomodam os negócios locais […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 10h33.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta em meio ao otimismo dos mercados no exterior com os sinais de avanço nas negociações sobre a crise das dívidas soberanas. No entanto, as incertezas quanto ao cenário de inflação e juros no Brasil ainda incomodam os negócios locais e inibem uma recuperação mais consistente. Às 10h10 o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,76%, aos 59.531 pontos.

Nos Estados Unidos, as chances de um consenso entre os partidos afastam o receio de moratória do país. Além disso, alimentam esperanças na capacidade dos líderes da zona do euro também chegarem a um acordo sobre o resgate aos países do bloco.

Para o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, está difícil para a Bovespa acompanhar a melhora na percepção de risco no exterior por causa do cenário de inflação e juros no Brasil. "A inflação causa incômodo desde o início do ano, deve seguir no radar em 2012, e a perspectiva de Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) mais elevada até o fim de 2011 deixam a Bolsa sem reação", avalia. Para ele, a alta dos preços já vem corroendo o desempenho das empresas, fazendo com que a safra de balanços doméstica não seja um gatilho para os negócios aqui, como vem ocorrendo em Nova York.

Hoje, após o fechamento dos mercados, Natura e Net inauguram a temporada de resultados financeiros e, segundo analistas, os sinais de desaceleração das vendas aliados a um ambiente de maior competição devem limitar o desempenho dessas companhias entre abril e junho. "Com juros subindo e arrefecimento da economia, as empresas tendem a valer menos", diz Casotti.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de julho subiu 0,10%, desacelerando-se da alta de 0,23% verificada em junho e situando-se no piso do intervalo das previsões dos analistas consultados pela Agência Estado.

À noite, o Comitê de Polícia Monetária (Copom) anuncia a decisão de política monetária, que deve deslocar a Selic em 0,25 ponto porcentual para cima, chegando a 12,50% ao ano. "Tanto um quanto o outro devem ter efeito neutro na Bolsa", acrescenta o profissional citado acima, lembrando que mesmo assim esses fatores têm potencial para ampliar a cautela por aqui.

Nos Estados Unidos, às 11 horas (horário de Brasília) serão anunciadas as vendas de imóveis residenciais usados em junho estão. Às 11h30, é a vez do relatório semanal sobre os estoques de petróleo no país.

Veja também

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta em meio ao otimismo dos mercados no exterior com os sinais de avanço nas negociações sobre a crise das dívidas soberanas. No entanto, as incertezas quanto ao cenário de inflação e juros no Brasil ainda incomodam os negócios locais e inibem uma recuperação mais consistente. Às 10h10 o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,76%, aos 59.531 pontos.

Nos Estados Unidos, as chances de um consenso entre os partidos afastam o receio de moratória do país. Além disso, alimentam esperanças na capacidade dos líderes da zona do euro também chegarem a um acordo sobre o resgate aos países do bloco.

Para o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, está difícil para a Bovespa acompanhar a melhora na percepção de risco no exterior por causa do cenário de inflação e juros no Brasil. "A inflação causa incômodo desde o início do ano, deve seguir no radar em 2012, e a perspectiva de Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) mais elevada até o fim de 2011 deixam a Bolsa sem reação", avalia. Para ele, a alta dos preços já vem corroendo o desempenho das empresas, fazendo com que a safra de balanços doméstica não seja um gatilho para os negócios aqui, como vem ocorrendo em Nova York.

Hoje, após o fechamento dos mercados, Natura e Net inauguram a temporada de resultados financeiros e, segundo analistas, os sinais de desaceleração das vendas aliados a um ambiente de maior competição devem limitar o desempenho dessas companhias entre abril e junho. "Com juros subindo e arrefecimento da economia, as empresas tendem a valer menos", diz Casotti.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de julho subiu 0,10%, desacelerando-se da alta de 0,23% verificada em junho e situando-se no piso do intervalo das previsões dos analistas consultados pela Agência Estado.

À noite, o Comitê de Polícia Monetária (Copom) anuncia a decisão de política monetária, que deve deslocar a Selic em 0,25 ponto porcentual para cima, chegando a 12,50% ao ano. "Tanto um quanto o outro devem ter efeito neutro na Bolsa", acrescenta o profissional citado acima, lembrando que mesmo assim esses fatores têm potencial para ampliar a cautela por aqui.

Nos Estados Unidos, às 11 horas (horário de Brasília) serão anunciadas as vendas de imóveis residenciais usados em junho estão. Às 11h30, é a vez do relatório semanal sobre os estoques de petróleo no país.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame