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Bovespa abre o dia perto da estabilidade

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o primeiro pregão de maio próxima da estabilidade, assimilando o noticiário do dia e do fim de semana, principalmente no exterior. Apesar da recuperação dos índices futuros de ações em Nova York, há dúvidas se o tom positivo vai prevalecer ao longo do […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o primeiro pregão de maio próxima da estabilidade, assimilando o noticiário do dia e do fim de semana, principalmente no exterior. Apesar da recuperação dos índices futuros de ações em Nova York, há dúvidas se o tom positivo vai prevalecer ao longo do dia. Às 10h25 (de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,22%, aos 67.679 pontos.

No exterior, os investidores repercutem o pacote de resgate para a Grécia de 110 bilhões de euros, definido no fim de semana, e a decisão da China de subir em 0,50 ponto porcentual o compulsório bancário, numa nova tentativa de evitar a especulação no mercado imobiliário. Para o setor de commodities (matérias-primas), essa nova medida restritiva na China é motivo de preocupação.

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Outra notícia que deve repercutir na Bovespa hoje, especialmente nas ações da Vale, é a proposta do governo australiano de um novo imposto sobre lucros, que pode chegar a 40% dos ganhos das operações de mineração no país a partir de julho de 2012. A proposta ainda precisa de aprovação do parlamento australiano. Diversas leis recentes não conseguiram passar no Senado, já que o governo não tem maioria.

Ainda assim, as ações da BHP Billiton fecharam em baixa de 3% e as da Rio Tinto caíram 4,3%. Essa notícia deve trazer um pouco de aversão ao risco para as ações da Vale, diante do receio de que a medida possa vir a ser adotada por outros países. Além disso, se for aprovada, pode dificultar a negociação de preços pela mineradora brasileira.

A Vale está no radar também por causa do anúncio feito ontem da venda para a produtora norueguesa de alumínio Norsk Hydro do controle dos negócios de alumínio em uma operação que chega a US$ 4,9 bilhões. Com isso, a empresa norueguesa anunciou que terá acesso a reservas de bauxita pelos próximos 100 anos. A Vale receberá, no total, US$ 1,1 bilhão em dinheiro e uma participação de 22% na Hydro, empresa com capital aberto na Bolsa de Londres. Essa participação está avaliada em US$ 3,1 bilhões. A dívida dos negócios de alumínio da Vale, que foi assumida pela Hydro, é de US$ 700 milhões.

No caso de Petrobras, a expectativa é de baixa para os papéis, após a estatal ter informado na sexta-feira que vai realizar a capitalização até julho de 2010, independentemente da análise da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre o valor das reservas que serão usadas no processo de cessão onerosa. A Petrobras informou que fará um ajuste de contas com a União após o fim da auditoria da ANP, caso a valorização dos barris seja diferente da feita pela estatal.

A capitalização, diz a empresa, terá seu valor definido "em uma faixa que comporte qualquer cenário decorrente da finalização da tramitação do projeto de lei" - ou seja, até o limite de 5 bilhões de barris. A capitalização será feita por meio de oferta pública de ações, com preferência para os atuais acionistas.

As ações da Petrobras também devem reagir à compra de 45,7% do capital social da Açúcar Guarani, subsidiária do grupo francês Tereos, anunciada no fim da tarde de sexta-feira.

A Bovespa deve continuar se pautando pela volatilidade nesta semana cheia de balanços importantes, entre os quais Vale (quarta-feira), Itaú Unibanco (terça-feira), AmBev, Gol e Vale (quarta-feira) e Cemig, CSN e Gerdau (quinta-feira). À noite, após o fechamento do pregão, divulgam balanço Gafisa, TIM, Bematech, BR Malls e M Dias Branco. Hoje cedo, a Vivo anunciou lucro líquido de R$ 191,9 milhões no primeiro trimestre, resultado 21,2% inferior à média projetada pelo mercado.

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