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Bovespa abre em baixa com exterior e juros futuros

São Paulo - Não é só o clima externo negativo e o vencimento de opções sobre ações na segunda-feira que impõe cautela à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) esta manhã, após uma abertura em queda. Segundo analistas, a Bolsa agora está sendo influenciada pelo estresse no mercado de juros, com os investidores ajustando […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - Não é só o clima externo negativo e o vencimento de opções sobre ações na segunda-feira que impõe cautela à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) esta manhã, após uma abertura em queda. Segundo analistas, a Bolsa agora está sendo influenciada pelo estresse no mercado de juros, com os investidores ajustando para cima suas apostas de alta da taxa básica (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do dia 28. Os investidores estão migrando as apostas de um intervalo de alta de 0,50 ponto porcentual a 0,75 ponto porcentual para uma faixa entre 0,75 ponto porcentual a 1 ponto porcentual. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) cedia 0,57%, aos 70.122 pontos.

"Com a curva dos DIs abrindo, os investidores vendem bolsa para cobrir perdas no mercado de juros futuros", segundo um operador. Essa correlação da Bovespa com os juros futuros começou a ganhar força ontem à tarde e é apontada como uma das razões para a Bovespa ter fechado em baixa de 0,72%, na contramão de Nova York.

O mercado teme que as previsões de altas mais elevadas da taxa básica de juros, para fazer frente ao crescimento acelerado da economia e conter pressões de preços, se concretizem, o que tiraria a atratividade do mercado de ações. Nos últimos dias, muitos economistas passaram a prever alta maior do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, acima de 7%.

E, para completar, as commodities não têm ajudado muito, sem contar o receio de aperto monetário na China que poderia inibir o apetite por commodities. Os metais registram leve alta em Londres esta manhã, com destaque para o níquel, que testava novas máximas em 23 meses, de US$ 27.544 por tonelada.

As bolsas norte-americanas operam em baixa moderada, pressionadas pela ações de empresas de tecnologia, expressando a decepção dos investidores com os balanço do Google e da AMD. A queda das ações das companhias aéreas, últimas castigadas pelo caos provocado pelas cinzas do vulcão islandês, também puxam uma realização de lucros em Nova York. Os balanços da General Eletric e do Bank of America apresentaram resultados positivos, mas não foram o bastante para reverter a baixa em NY.

Do lado corporativo, os investidores aguardam os desdobramentos do conflito envolvendo a fusão entre a Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar. Termina hoje a trégua acertada entre os empresários Samuel e Michael Klein e Abílio Diniz. Hoje, as ações da Mills estreiam na Bovespa. A abertura de capital da Mills movimentou R$ 685,740 milhões. O valor por ação foi definido em R$ 11,50, no piso da faixa indicativa - que variava entre R$ 11,50 e R$ 15,50 por ação.

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