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Bouygues e L'Oreal puxam ações europeias para baixo

Empresas de artigos de luxo reportaram resultados decepcionantes


	A L'Oreal cai 4,2%, depois de reportar lucros um pouco abaixo das expectativas
 (Getty Images)

A L'Oreal cai 4,2%, depois de reportar lucros um pouco abaixo das expectativas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 09h15.

Londres - As ações europeias caíam nesta quarta-feira, com o movimento sendo liderado pelas empresas francesas de artigos de luxo Bouygues e L'Oreal , que reportaram resultados decepcionantes.

Temores com o fraco cenário econômico e nervosismo antes de um encontro importante de membros de bancos centrais na sexta-feira também pesavam sobre os mercados acionários.

Às 8h20 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 recuava 0,37 por cento, para 1.084 pontos, enquanto o índice Euro STOXX 50 perdia 0,56 por cento, para 2.428 pontos.

Os pregões têm sido voláteis com baixos volumes durante a última semana, com investidores pesando se o Banco Central Europeu (BCE) irá lançar um programa de compra de títulos soberanos ou cortar as taxas de juros em setembro, e se o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, irá sinalizar novas medidas de "quantitative easing" (programa de compra de ativos) no encontro de Jackson Hole na sexta-feira.

"Há muito espaço para decepções. Nós ainda pensamos que as altas continuam limitadas", afirmou o operador sênior do Central Markets Joe Neighbour.

No meio corporativo, o conglomerado francês Bouygues e o grupo de artigos de luxo L'Oreal estavam entre as piores performances no índice FTSEurofirst 300, e contribuíam para um queda de 0,67 por cento no índice acionário francês CAC-40 .

A Bouygues cedia cerca de 8 por cento, depois de reportar na terça-feira lucros menores no primeiro semestre após o fechamento do mercado, com o Citigroup mantendo a avaliação de "venda" para a ação.

A L'Oreal caía 4,2 por cento, depois de também reportar lucros um pouco abaixo das expectativas do mercado na terça-feira, o que levou o UBS a rebaixar a empresa de "compra" para "neutra".

As empresas de artigos de luxo têm ficado expostas à fraca economia global, destacada pela desaceleração na China e pela contínua crise da dívida soberana na zona do euro, que ameaça esmagar a Espanha e a Itália.

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