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Bom humor externo reduz alta do dólar ante real

São Paulo - O dólar reduziu a alta frente ao real perto do fechamento desta segunda-feira, reagindo à fraqueza da moeda no exterior, em meio a algum alívio nos mercados internacionais após o susto com o corte do rating soberano grego pela Standard and Poor's. A divisa norte-americana fechou a 1,620 real para venda, variação […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 16h48.

São Paulo - O dólar reduziu a alta frente ao real perto do fechamento desta segunda-feira, reagindo à fraqueza da moeda no exterior, em meio a algum alívio nos mercados internacionais após o susto com o corte do rating soberano grego pela Standard and Poor's.

A divisa norte-americana fechou a 1,620 real para venda, variação positiva de 0,19 por cento. Na máxima da sessão, a taxa de câmbio alcançou 1,628 real para venda, maior patamar intradia em pouco mais de cinco semanas.

Enquanto o mercado de câmbio doméstico fechava, o volume de negócios na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa era pouco superior a 1,2 bilhão de dólares, bem menos que a média diária das últimas semanas, perto de 2 bilhões de dólares.

"Deu uma parada na alta depois que as bolsas nos Estados Unidos melhoraram", disse Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.

O melhor humor dos agentes tinha suporte na recuperação das commodities, principalmente do petróleo, após o tombo nas últimas sessões. O barril do óleo negociado em Nova York disparou mais de 5 por cento, dando fôlego às bolsas de valores em Wall Street <.DJI> <.IXIC> <.SPX>. Tal contexto favorecia a queda superior a 6 por cento do índice de volatilidade da CBOE <.VIX>, termômetro da apreensão do mercado.

O maior apetite por risco colocava o dólar em território negativo frente a uma cesta de divisas <.DXY>. Antes, contudo, a moeda chegou a cravar firme alta, reflexo da queda do euro após a agência de classificação de risco S&P cortar a nota de crédito soberano de longo prazo da Grécia [ID:nN09105539].

Para Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora, a perda de vigor do dólar também pode ser atribuída a ingressos por parte de exportadores, que aproveitaram a alta da moeda para internalizar recursos.

"Acho ainda que o BC (Banco Central) pode ter comprado pouco ou quase nada, frustrando alguns players, que daí 'desovaram' os dólares no mercado", acrescentou.

Por mais uma sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, definindo como corte as taxas de 1,6242 real e 1,6188 real.

Após a redução do volume de entradas de moeda no país a partir de abril, a equipe de analistas de câmbio do banco francês BNP Paribas acredita que a taxa de câmbio deva se estabilizar em torno dos atuais níveis.

"Acreditamos que, com base no recente movimento das commodities e a redução do 'carry (trade)' devido ao aumento do cupom cambial, o dólar deve se estabilizar em torno de 1,620 real. Portanto, agora estamos neutros e compraríamos dólares na queda, eventualmente perto de 1,57 real, 1,58 real", escreveram em relatório.

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São Paulo - O dólar reduziu a alta frente ao real perto do fechamento desta segunda-feira, reagindo à fraqueza da moeda no exterior, em meio a algum alívio nos mercados internacionais após o susto com o corte do rating soberano grego pela Standard and Poor's.

A divisa norte-americana fechou a 1,620 real para venda, variação positiva de 0,19 por cento. Na máxima da sessão, a taxa de câmbio alcançou 1,628 real para venda, maior patamar intradia em pouco mais de cinco semanas.

Enquanto o mercado de câmbio doméstico fechava, o volume de negócios na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa era pouco superior a 1,2 bilhão de dólares, bem menos que a média diária das últimas semanas, perto de 2 bilhões de dólares.

"Deu uma parada na alta depois que as bolsas nos Estados Unidos melhoraram", disse Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.

O melhor humor dos agentes tinha suporte na recuperação das commodities, principalmente do petróleo, após o tombo nas últimas sessões. O barril do óleo negociado em Nova York disparou mais de 5 por cento, dando fôlego às bolsas de valores em Wall Street <.DJI> <.IXIC> <.SPX>. Tal contexto favorecia a queda superior a 6 por cento do índice de volatilidade da CBOE <.VIX>, termômetro da apreensão do mercado.

O maior apetite por risco colocava o dólar em território negativo frente a uma cesta de divisas <.DXY>. Antes, contudo, a moeda chegou a cravar firme alta, reflexo da queda do euro após a agência de classificação de risco S&P cortar a nota de crédito soberano de longo prazo da Grécia [ID:nN09105539].

Para Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora, a perda de vigor do dólar também pode ser atribuída a ingressos por parte de exportadores, que aproveitaram a alta da moeda para internalizar recursos.

"Acho ainda que o BC (Banco Central) pode ter comprado pouco ou quase nada, frustrando alguns players, que daí 'desovaram' os dólares no mercado", acrescentou.

Por mais uma sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, definindo como corte as taxas de 1,6242 real e 1,6188 real.

Após a redução do volume de entradas de moeda no país a partir de abril, a equipe de analistas de câmbio do banco francês BNP Paribas acredita que a taxa de câmbio deva se estabilizar em torno dos atuais níveis.

"Acreditamos que, com base no recente movimento das commodities e a redução do 'carry (trade)' devido ao aumento do cupom cambial, o dólar deve se estabilizar em torno de 1,620 real. Portanto, agora estamos neutros e compraríamos dólares na queda, eventualmente perto de 1,57 real, 1,58 real", escreveram em relatório.

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