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Bolsas registram melhora apesar de temores sobre Grécia

Nos EUA, os índices Dow Jones e S&P 500 tiveram leves avanços nesta quinta-feira

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 23h41.

São Paulo - A maioria das bolsas internacionais registrou alta nesta quinta-feira, com uma leve melhora do cenário externo em função de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos e com indícios de que pode ser formado um governo na Grécia, apesar de se manterem as preocupações com o país e com a zona do euro. Nos EUA, os índices Dow Jones e S&P 500 tiveram leves avanços nesta quinta-feira, com investidores voltando aos poucos ao mercado após um período de enfraquecimento, embora obtendo ganhos limitados também por perspectivas ruins divulgadas pela empresa-termômetro do setor de tecnologia Cisco.

Mais cedo, as bolsas europeias já haviam fechado em alta, com o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, encerrando com avanço de 0,44 por cento, aos 1.018 pontos, recuperando ainda uma parte dos 20 pontos perdidos nas duas sessões anteriores. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA vieram melhores do que o esperado, ao caírem em 1 mil, para 367 mil na semana passada. Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos subiriam para 369 mil. Já na Grécia, o líder do pequeno partido grego Esquerda Democrática disse estar disposto a participar de uma coalizão ampla que mantenha Atenas na zona do euro, mas retire o país do pacote de resgate internacional que o mantém solvente.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's alertou, porém, que o rating soberano grego poderia ser reduzido ainda mais se a turbulência política do país resultar em perda de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou da zona do euro. Por outro lado, na China dados trouxeram um cenário de cautela e dúvidas sobre o ritmo da economia do país. O crescimento anual das importações chinesas em abril foi de apenas 0,3 por cento, bem abaixo das expectativas de alta de 11 por cento, enquanto as exportações se expandiram apenas 4,9 por cento, ante expectativas de 8,5 por cento. No mercado doméstico, a Bovespa fechou em leve queda, perdendo fôlego após passar quase todo o dia no azul, acompanhando o exterior.

Com a melhora externa, o dólar também encontrou espaço para cair ante o real, devolvendo ainda parte das altas observadas nas últimas duas sessões. A moeda norte-americana tem seguido o exterior, com o Banco Central ficando de fora do mercado nesta quinta-feira pela oitava sessão consecutiva. O dólar, no entanto, continua em patamar elevado e trazendo dúvidas sobre o seu impacto na inflação. O Índice Geral de Preos-Mercado (IGP-M), divulgado nesta quinta-feira, por exemplo, já teria sofrido impacto do câmbio e acelerou para uma alta de 0,89 por cento na primeira prvia de maio, ante elevação de 0,50 por cento no mesmo perodo de abril. Porém, discursos de membros da equipe econômica nesta quinta-feira indicaram que o governo aparentemente não teme grande impacto inflacionário da moeda.

Mantega - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a alta do dólar e a inflação não são motivo de preocupação. Mantega também indicou que o governo não deve usar instrumentos como redução dos compulsórios dos bancos ou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como forma de estimular a economia.

Pela manhã, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, havia sido mais categórico ao ser alvo do mesmo questionamento, dizendo que os instrumentos citados "são iniciativas que nesse momento não estão sendo consideradas".

Na mesma linha discursou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmando que a autoridade monetária continuará avaliando todos os impactos da inflação, inclusive do câmbio. Tombini disse também que o governo não deve mexer no compulsório bancário ou no IOF. Com a queda do dólar e a melhora no quadro externo, os juros futuros reverteram a tendência vista pela manhã e passaram a operar em queda. Entre os indicadores com divulgação prevista para a sexta-feira, estão os de preços ao produtor, preços ao consumidor, produção industrial e vendas no varejo na China, todos referentes a abril. Na Alemanha, serão anunciados os preços ao consumidor de abril, e na Grã-Bretanha, os indicadores de preços ao produtor também do mês passado. Nos EUA, sairão os dados de preços ao produtor de abril e o indicador de confiança do consumidor de maio. E na agenda doméstica está prevista apenas a divulgação dos indicadores de emprego industrial.

São Paulo - A maioria das bolsas internacionais registrou alta nesta quinta-feira, com uma leve melhora do cenário externo em função de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos e com indícios de que pode ser formado um governo na Grécia, apesar de se manterem as preocupações com o país e com a zona do euro. Nos EUA, os índices Dow Jones e S&P 500 tiveram leves avanços nesta quinta-feira, com investidores voltando aos poucos ao mercado após um período de enfraquecimento, embora obtendo ganhos limitados também por perspectivas ruins divulgadas pela empresa-termômetro do setor de tecnologia Cisco.

Mais cedo, as bolsas europeias já haviam fechado em alta, com o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, encerrando com avanço de 0,44 por cento, aos 1.018 pontos, recuperando ainda uma parte dos 20 pontos perdidos nas duas sessões anteriores. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA vieram melhores do que o esperado, ao caírem em 1 mil, para 367 mil na semana passada. Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos subiriam para 369 mil. Já na Grécia, o líder do pequeno partido grego Esquerda Democrática disse estar disposto a participar de uma coalizão ampla que mantenha Atenas na zona do euro, mas retire o país do pacote de resgate internacional que o mantém solvente.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's alertou, porém, que o rating soberano grego poderia ser reduzido ainda mais se a turbulência política do país resultar em perda de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou da zona do euro. Por outro lado, na China dados trouxeram um cenário de cautela e dúvidas sobre o ritmo da economia do país. O crescimento anual das importações chinesas em abril foi de apenas 0,3 por cento, bem abaixo das expectativas de alta de 11 por cento, enquanto as exportações se expandiram apenas 4,9 por cento, ante expectativas de 8,5 por cento. No mercado doméstico, a Bovespa fechou em leve queda, perdendo fôlego após passar quase todo o dia no azul, acompanhando o exterior.

Com a melhora externa, o dólar também encontrou espaço para cair ante o real, devolvendo ainda parte das altas observadas nas últimas duas sessões. A moeda norte-americana tem seguido o exterior, com o Banco Central ficando de fora do mercado nesta quinta-feira pela oitava sessão consecutiva. O dólar, no entanto, continua em patamar elevado e trazendo dúvidas sobre o seu impacto na inflação. O Índice Geral de Preos-Mercado (IGP-M), divulgado nesta quinta-feira, por exemplo, já teria sofrido impacto do câmbio e acelerou para uma alta de 0,89 por cento na primeira prvia de maio, ante elevação de 0,50 por cento no mesmo perodo de abril. Porém, discursos de membros da equipe econômica nesta quinta-feira indicaram que o governo aparentemente não teme grande impacto inflacionário da moeda.

Mantega - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a alta do dólar e a inflação não são motivo de preocupação. Mantega também indicou que o governo não deve usar instrumentos como redução dos compulsórios dos bancos ou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como forma de estimular a economia.

Pela manhã, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, havia sido mais categórico ao ser alvo do mesmo questionamento, dizendo que os instrumentos citados "são iniciativas que nesse momento não estão sendo consideradas".

Na mesma linha discursou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmando que a autoridade monetária continuará avaliando todos os impactos da inflação, inclusive do câmbio. Tombini disse também que o governo não deve mexer no compulsório bancário ou no IOF. Com a queda do dólar e a melhora no quadro externo, os juros futuros reverteram a tendência vista pela manhã e passaram a operar em queda. Entre os indicadores com divulgação prevista para a sexta-feira, estão os de preços ao produtor, preços ao consumidor, produção industrial e vendas no varejo na China, todos referentes a abril. Na Alemanha, serão anunciados os preços ao consumidor de abril, e na Grã-Bretanha, os indicadores de preços ao produtor também do mês passado. Nos EUA, sairão os dados de preços ao produtor de abril e o indicador de confiança do consumidor de maio. E na agenda doméstica está prevista apenas a divulgação dos indicadores de emprego industrial.

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