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Bolsas europeias recuam por preocupação com Portugal

Por Gustavo Nicoletta Londres - As principais Bolsas da Europa fecharam em queda, puxadas pelo declínio das ações de bancos e pressionadas por receios com as dívidas soberanas da zona do euro em meio a rumores de que Portugal estaria sendo pressionado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a aceitar um pacote […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 15h23.

Por Gustavo Nicoletta

Londres - As principais Bolsas da Europa fecharam em queda, puxadas pelo declínio das ações de bancos e pressionadas por receios com as dívidas soberanas da zona do euro em meio a rumores de que Portugal estaria sendo pressionado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a aceitar um pacote de resgate.

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"Ainda há um clima de cautela por causa dos números mais fracos que o previsto sobre o mercado de trabalho dos EUA, divulgados na sexta-feira, e diante da perspectiva de leilões de bônus da Itália, de Portugal e da Espanha nos próximos dias", afirmaram analistas do IG Markets.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 2,54 pontos, ou 0,90%, para 278,48 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 recuou 28,03 pontos, ou 0,47%, para 5.956,30 pontos. O CAC 40, da Bolsa de Paris, perdeu 63,55 pontos, ou 1,64%, para 3.802,03 pontos. Em Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 90,78 pontos, ou 1,31%, a 6.857,06 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, caiu 122,90 pontos, ou 1,29%, para 9.437,80 pontos.

O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, encerrou o pregão em queda de 118,34 pontos, ou 1,60%, a 7.285,87 pontos. O declínio foi liderado por componentes do setor financeiro, como o Banco Espírito Santo (-6,04%) e o Banco Comercial Português (-3,70%).

No sábado a revista alemã Der Spiegel afirmou, citando fontes, que Alemanha e França acreditam que Portugal deveria pedir logo o auxílio por meio do programa de resgate da União Europeia. No domingo, o jornal espanhol El País disse que uma delegação do Parlamento Europeu vai chegar à capital portuguesa na terça-feira para avaliar a situação do país.

Segundo Heino Ruland, estrategista da Ruland Research, provavelmente haveria menos aversão na França a um pedido de resgate de Portugal porque isso aliviaria as pressões sobre a Espanha, país em que os bancos franceses possuem mais investimentos. Ainda assim, em Paris, os bancos fecharam em queda acentuada, com destaque para Credit Agricole (-3,00%) e Société Générale (-3,79%). A seguradora AXA recuou 3,41%.

O mercado também demonstrou receios com os leilões de dívidas soberanas programados para esta semana. Na quarta-feira Portugal venderá bônus, seguido na quinta-feira por Espanha e Itália.

O custo de proteção contra um default da dívida soberana de países europeus por meio de credit default swaps (CDS) continua elevado, embora pouco antes do fechamento das bolsas europeias tenha recuado das máximas da sessão, em meio a rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) comprou um amplo volume de papéis dos chamados países periféricos da zona do euro - Grécia, Portugal, Irlanda, entre outros.

Por volta das 12h30 (de Brasília), o CDS de Portugal subia quatro pontos-base em relação ao fechamento de sexta-feira, para 549 pontos-base. O CDS da Irlanda tinha alta de sete pontos-base, para 658 pontos-base, enquanto os da Grécia tinham alta de 61 pontos-base, para 1.041 pontos-base.

Entre as ações de destaque da sessão, as da Air France-KLM tiveram queda de 2,53% depois de a companhia anunciar que as nevascas em dezembro devem diminuir a receita em € 70 milhões. As ações da concorrente Deutsche Lufthansa caíram 1,65%.

No setor petrolífero, a BP fechou em baixa de 1,25% depois de ter sido forçada a interromper quase totalmente a produção de seu maior campo na América do Norte diante de um vazamento sistema de oleodutos Trans Alaska. As informações são da Dow Jones.

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