Bolsas europeias recuam com crise no Oriente Médio

Por Danielle Chaves

Londres - As bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas por perdas no setor financeiro e em algumas companhias de petróleo. Os investidores permaneceram preocupados com a contínua disseminação da crise política em países do Oriente Médio e do norte da África e com o impacto da turbulência sobre a recuperação econômica global.

O índice Stoxx Europe 600 caiu 0,6%, para 284,63 pontos. O índice FT-100, de Londres, fechou em queda de 0,97%, aos 5.935,76 pontos; o CAC-40, de Paris, caiu 1,05%, para 4.067,15 pontos; o DAX, de Frankfurt, declinou 0,67%, para 7.223,30 pontos; o Ibex-35, de Madri, perdeu 0,82%, para 10.761,90 pontos; o PSI-20, de Lisboa, cedeu 0,09%, para 7.988,22 pontos; e a Bolsa de Milão recuou 1,07%, para 22.227,23 pontos.

Paul Kavanagh, da Killik & Co., afirmou que ainda acredita que as ações serão uma classe de ativos favorecida este ano, mas destacou que os preços do petróleo podem se tornar uma preocupação se permanecerem altos por um longo tempo. "Os mercados estão considerando esses preços do petróleo como momentâneos, e não como uma alta sustentada no longo prazo", disse.

Entre as companhias de petróleo, Total caiu 2,1% em Paris e Eni recuou 1,1% em Milão, em meio às preocupações com a produção em países envolvidos na crise política. Repsol teve baixa de 1,2% em Madri.

No setor financeiro, HSBC perdeu quase 3% em Londres. O banco foi rebaixado de "compra" para "neutro" pelo UBS e pelo Deutsche Bank, depois de ter divulgado ontem resultados trimestrais decepcionantes. Em Madri, Banco Santander caiu 1,7% e, em Paris, Société Générale cedeu 3,5%.

GDF Suez também foi destaque entre as quedas em Paris, fechando com -2,1%. Por outro lado, a italiana Luxottica, fabricante de óculos, avançou 3,3% em Milão, depois de informar ontem que seu lucro quase dobrou no quarto trimestre do ano passado e aumentar seu dividendo. Em Frankfurt, BMW subiu 1,5%, após dados mostrarem que os novos registros de carros na Alemanha aumentaram 15% em fevereiro. As informações são da Dow Jones.