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Bolsas europeias fecham em queda com ações de bancos

Londres - Os mercados de ações europeus fecharam em queda com a depreciação acentuada das ações de instituições financeiras depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter declarado que não houve discussão sobre a compra de bônus de governos da zona do euro na reunião de política monetária desta quinta-feira. O […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Londres - Os mercados de ações europeus fecharam em queda com a depreciação acentuada das ações de instituições financeiras depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter declarado que não houve discussão sobre a compra de bônus de governos da zona do euro na reunião de política monetária desta quinta-feira. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,3%, em 274,24 pontos. A desvalorização do índice no que vai da semana já soma 4,9%.

Pela manhã, o BCE manteve sua taxa básica de juro inalterada em 1% e seu presidente, Jean-Claude Trichet, declarou que "a perspectiva de um eventual default dentro da zona do euro, para mim, está fora de questão". Apesar disso, ele disse que a cúpula do BCE não discutiu a possibilidade de comprar bônus de governos da zona do euro no mercado secundário.

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"Para qualquer um que esteja à espera de o BCE anunciar novas medidas para lidar com as recentes tensões, isso foi decepcionante", disse Erik Nielsen, economista-chefe para Europa do Goldman Sachs.

As instituições financeiras detêm grande volume de títulos de dívidas governamentais e durante a semana viram seus papéis serem afetados por temores de que crise da dívida grega seja replicada em países da periferia da zona do euro com quadro de alto endividamento e baixo crescimento.

As ações do Société Générale, cuja exposição a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda é de aproximadamente € 13 bilhões e que controla o banco grego Geniki, terminaram o dia em queda de 7%. Os papéis do ING, banco que possui exposição de mais de € 15 bilhões a esses países, caíram 7,1%.


Dos bancos sediados nessas regiões, o italiano UniCredit perdeu 11% e viu o valor de suas ações recuar aos níveis de julho do ano passado. Na Espanha, as ações do BBVA caíram 3,6% e fecharam em € 8,45, o que não ocorria desde maio de 2009.

Os papéis da seguradora francesa AXA depreciaram-se 6,1% depois de a companhia ter detalhado uma exposição superior a € 10 bilhões aos bônus de Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda.

"Conforme já vínhamos sugerindo, o BCE provavelmente precisa esperar para ver as condições nos mercados piorarem significativamente antes de tomar alguma ação", declarou Ken Wattret, economista do BNP Paribas. Apesar de o setor financeiro ter apresentado perdas significativas hoje, as ações do Banco Nacional da Grécia avançaram 3,8% e o índice composto ASE, da bolsa de Atenas, fechou em alta de 0,98%, em 1.678,42 pontos.

David Page, estrategista da Investec Securities, observou: "Trichet fez o máximo que pôde para tentar demonstrar o fato de que a Grécia está passando por um processo".

Nas principais bolsas de valores da Europa, o índice CAC-40, de Paris, recuou 79,92 pontos (2,20%), fechando em 3.566,11 pontos; o FTSE-100, da bolsa de Londres, caiu 80,94 pontos (1,52%), encerrando o pregão em 5.260,99 pontos em dia de eleição no Reino Unido; em Frankfurt, o Dax perdeu 50,19 pontos (0,84), terminando a sessão em 5.908,26 pontos.

Enquanto isso, as ações da Alcatel Lucent caíram 6,5% depois de a gigante de equipamentos de telecomunicações ter reportado prejuízo de € 515 milhões no primeiro trimestre, acima dos € 402 milhões de um ano antes. As informações são da Dow Jones.


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