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Bolsas europeias fecham pregão sem direção comum

Por Gustavo Nicoletta Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam sem direção comum, pressionados por dados fracos sobre a produção industrial da zona do euro e por preocupações remanescentes com a situação política no Egito, mas recebendo suporte de dados comerciais que mostraram um aumento nas importações da China em […]

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 16h03.

Por Gustavo Nicoletta

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam sem direção comum, pressionados por dados fracos sobre a produção industrial da zona do euro e por preocupações remanescentes com a situação política no Egito, mas recebendo suporte de dados comerciais que mostraram um aumento nas importações da China em janeiro e beneficiaram os papéis de empresas do segmento de matérias-primas.

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Dados divulgados hoje pela agência de estatísticas europeia mostraram que a produção industrial da zona do euro caiu 0,1% em dezembro de 2010 ante novembro, prejudicada pelo inverno rigoroso que atingiu a região. Foi o primeiro declínio em três meses e analistas consultados pela Dow Jones esperavam estabilidade.

Na China, o superávit comercial encolheu para US$ 6,45 bilhões em janeiro, de US$ 13,1 bilhões em dezembro, pressionado pelo aumento das importações chinesas. Economistas estimavam um superávit comercial de US$ 10,1 bilhões.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,12 ponto, ou 0,39%, a 289,11 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 caiu 2,81 pontos, ou -0,05%, para 6.060,09 pontos. Em Paris, o índice CAC 40 recuou 4,69 pontos, ou -0,11%, para 4.096,62 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX subiu 25,43 pontos, ou 0,34%, para 7.396,63 pontos. Em Madri, o IBEX teve queda de 28,90 pontos, ou -0,27%, a 10.774,70 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em alta de 39,30 pontos, ou 0,49%, a 8.008,87 pontos, mesmo após dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal encolheu 0,3% no último trimestre de 2010 em relação ao trimestre anterior, depois de ter crescido 0,3% no terceiro trimestre em relação ao segundo.

O setor bancário foi um dos destaques da sessão após a agência de classificação de risco Moody's Investors Service afirmar que vai revisar até que ponto o auxílio estatal a bancos foi levado em consideração nos atuais ratings das instituições financeiras. A medida significa que as dívidas subordinadas de 177 bancos em 46 países serão reavaliadas.

Fecharam em baixa Allied Irish Banks (-2,14%), Lloyds Banking Group (-1,71%) e UniCredit (-0,91%). Em Madri, Banco Santander e BBVA caíram cerca de 0,9% cada. As ações do Credit Suisse, no entanto, subiram 1,9% após o banco anunciar que pretende emitir cerca de US$ 6,2 bilhões em bônus que seriam transformados em ações se a instituição passar por um período de dificuldade financeira.

Alguns analistas disseram que o Credit Suisse pode ter dificuldade para vender esse tipo de papel, mas o banco afirmou que a operação levantaria metade do capital exigido pelas novas regras da Suíça para o setor financeiro e que a nova dívida substituiria a atual, mais cara.

No setor automotivo, as ações da Renault e da Peugeot Citroën caíram 1,39% e 1,46%, respectivamente. Segundo o operador Baron Anyangwe, do IG Index, há relatos de que as duas montadoras não estão mais fabricando tantos carros quanto antes na França e isso levou alguns investidores locais a vender os papéis. As ações das duas companhias subiram mais de 50% nos últimos 12 meses.

Em Helsinque, a Nokia fechou em baixa de 5,29% depois de o JPMorgan Cazenove ter rebaixado a recomendação dos papéis da companhia para "underweight" (abaixo da média), de "overweight" (acima da média), acrescentando que ainda não se sabe em que grau a parceria com a Microsoft - anunciada pela Nokia na semana passada - será benéfica. As informações são da Dow Jones.

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