Bolsas europeias fecham em alta com fala de Bernanke
Por Regina Cardeal Londres - As bolsas de valores fecharam em sua maioria em alta na Europa, ajudadas pelo fortalecimento no setor de petróleo e de outras matérias-primas, enquanto os ministros das Finanças se reúnem em Bruxelas para estudar seus próximos passos para conter a crise da dívida soberana na zona do euro. As ações […]
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 15h46.
Por Regina Cardeal
Londres - As bolsas de valores fecharam em sua maioria em alta na Europa, ajudadas pelo fortalecimento no setor de petróleo e de outras matérias-primas, enquanto os ministros das Finanças se reúnem em Bruxelas para estudar seus próximos passos para conter a crise da dívida soberana na zona do euro.
As ações ligadas a matérias-primas (commodities) em geral tiveram bom desempenho depois que os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, ontem, em entrevista ao programa "60 Minutes", da CBS, deixaram os investidores mais confiantes em que o banco central norte-americano dará sustentação à recuperação econômica dos EUA.
O índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,2%, em 271,28 pontos. Na semana passada, o índice subiu 1,6%, encerrando três semanas consecutivas de queda, com os investidores temporariamente deixando de lado as preocupações de que a crise da dívida poderá causar outra vítima em breve na Europa.
Entre os principais índices regionais, o FTSE-100, de Londres, subiu 0,4% para 5.770,28 pontos, o DAX-30, de Frankfurt, ganhou 0,1% para 6.954,38 pontos e o CAC-40, de Paris, terminou a sessão praticamente estável, em 3.749,23 pontos.
Os mercados periféricos mostraram um desempenho menos convincente, uma vez que os temores de contágio persistem. O IBEX-35, de Madrid, caiu 1,3% e o FTSE MIB, de Milão, perdeu 1%.
O setor de petróleo foi um dos que mais subiu na Europa, com o barril do produto sendo negociado perto de US$ 90.
As ações da BP PLC e da Xstrata dispararam 3,4% e as da Cairn Energy PLC subiram 2,6% em Londres, enquanto as da Total SA avançaram 1% em Paris.
As ações financeiras lideraram as baixas novamente, com a Société Générale recuando 1,8% em Paris e o Deutsche Bank perdendo 1,6% em Frankfurt.
"Não haverá um rali de fim de ano nas ações. Nossa previsão é de que o mercado ficará de lado num padrão volátil, da forma como ficamos nos últimos dias", disse Christoph Riniker, chefe de estratégia do grupo de private banking Julius Baer. As informações são da Dow Jones.