Bolsas desabam em 2011 e perdem US$ 6,7 trilhões
É o pior resultado desde 2008 quando quebra do Lehman Brothers provocou pior crise em 70 anos. 2012 terá recessão na Europa e turbulências pelo mundo
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2011 às 10h25.
A incerteza sobre o futuro do euro e a volta da crise mundial fizeram as bolsas em todo o mundo terminar 2011 com fortes perdas, o pior resultado desde 2008 quando a quebra do Lehman Brothers fez eclodir a pior recessão em 70 anos. Os prejuízos nos valores das ações somam 6,7 trilhões de dólares, quase três vezes o PIB do Brasil. Para 2012, todas as previsões apontam para a volta da recessão na Europa e turbulências pelo mundo.
Após a quebra do banco norte-americano, em setembro de 2008, governos proliferaram medidas de incentivo, prometeram refundar o sistema financeiro internacional e, se foi registrada uma recessão internacional, líderes se felicitaram mutuamente por ter pelo menos evitado uma depressão, como nos anos 30.
Mas, em 2011, descobriram que o ano de 2008 não havia terminado. A crise voltou com força e, desta vez, foi a dívida europeia que jogou a economia mundial na incerteza. "Em 2008, os governos agiram e injetaram bilhões para socorrer suas economias. Agora, esse dinheiro não existe mais e, de certa forma, a crise atual pode ser ainda mais perigosa", admitiu Pascal Lamy, diretor da Organização Mundial do Comércio e ex-banqueiro.
O calote da Grécia, o resgate de Portugal e Irlanda e as dúvidas sobre a Itália e Espanha atingiram em cheio o euro, que voltou a níveis de 2010. Bancos altamente expostos nessas economias já começaram a fechar suas torneiras. Alguns, como o Dexia, na Bélgica, foram obrigados a ser resgatados, como ocorreu em 2008. No geral, os bancos perderam 32% do valor de suas ações no ano. Só o Bank of America perdeu mais de 50%.
As bolsas refletiram esse cenário de tensão. O índice mundial MSCI perdeu 9,3%. Frankfurt registrou queda de 15%, Paris 17,6%, Milão 26% e Madri caiu em 13,7%. Atenas perdeu 61%.
Emergentes. Os emergentes não foram poupados e, em média, perderam 20%. As exportações asiáticas e latino-americanas já sofrem com a atual situação da economia europeia e isso se reflete no valor das ações locais. Xangai perdeu 22%, contra 24,6% na Índia, o segundo pior ano de sua história. Coreia do Sul, Cingapura, Austrália, Chile, Brasil e vários outros exportadores também terminaram ano em queda. Hong Kong, com perdas de 20%, insiste que nem a resistência dos países dos Brics será suficiente para fazer as bolsas voltarem a taxas positivas em 2012.
A incerteza sobre o futuro do euro e a volta da crise mundial fizeram as bolsas em todo o mundo terminar 2011 com fortes perdas, o pior resultado desde 2008 quando a quebra do Lehman Brothers fez eclodir a pior recessão em 70 anos. Os prejuízos nos valores das ações somam 6,7 trilhões de dólares, quase três vezes o PIB do Brasil. Para 2012, todas as previsões apontam para a volta da recessão na Europa e turbulências pelo mundo.
Após a quebra do banco norte-americano, em setembro de 2008, governos proliferaram medidas de incentivo, prometeram refundar o sistema financeiro internacional e, se foi registrada uma recessão internacional, líderes se felicitaram mutuamente por ter pelo menos evitado uma depressão, como nos anos 30.
Mas, em 2011, descobriram que o ano de 2008 não havia terminado. A crise voltou com força e, desta vez, foi a dívida europeia que jogou a economia mundial na incerteza. "Em 2008, os governos agiram e injetaram bilhões para socorrer suas economias. Agora, esse dinheiro não existe mais e, de certa forma, a crise atual pode ser ainda mais perigosa", admitiu Pascal Lamy, diretor da Organização Mundial do Comércio e ex-banqueiro.
O calote da Grécia, o resgate de Portugal e Irlanda e as dúvidas sobre a Itália e Espanha atingiram em cheio o euro, que voltou a níveis de 2010. Bancos altamente expostos nessas economias já começaram a fechar suas torneiras. Alguns, como o Dexia, na Bélgica, foram obrigados a ser resgatados, como ocorreu em 2008. No geral, os bancos perderam 32% do valor de suas ações no ano. Só o Bank of America perdeu mais de 50%.
As bolsas refletiram esse cenário de tensão. O índice mundial MSCI perdeu 9,3%. Frankfurt registrou queda de 15%, Paris 17,6%, Milão 26% e Madri caiu em 13,7%. Atenas perdeu 61%.
Emergentes. Os emergentes não foram poupados e, em média, perderam 20%. As exportações asiáticas e latino-americanas já sofrem com a atual situação da economia europeia e isso se reflete no valor das ações locais. Xangai perdeu 22%, contra 24,6% na Índia, o segundo pior ano de sua história. Coreia do Sul, Cingapura, Austrália, Chile, Brasil e vários outros exportadores também terminaram ano em queda. Hong Kong, com perdas de 20%, insiste que nem a resistência dos países dos Brics será suficiente para fazer as bolsas voltarem a taxas positivas em 2012.