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Bolsas de NY sobem e têm 3º ganho mensal seguido

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam hoje em alta e acumularam o terceiro ganho mensal consecutivo em fevereiro, impulsionados pelo alívio dos investidores com a redução na volatilidade do mercado de petróleo e por dados que mostraram um aumento maior que o previsto na […]

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 18h34.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam hoje em alta e acumularam o terceiro ganho mensal consecutivo em fevereiro, impulsionados pelo alívio dos investidores com a redução na volatilidade do mercado de petróleo e por dados que mostraram um aumento maior que o previsto na renda pessoal dos norte-americanos.

O Dow Jones subiu 95,89 pontos, ou 0,79%, para 12.226,34 pontos, puxado por um avanço de 3,02% nas ações da Johnson & Johnson, de 2,30% nas da Hewlett-Packard e de 2,19% nas da 3M. O Nasdaq fechou em alta de 1,22 ponto, ou 0,04%, a 2.782,27 pontos, enquanto o S&P 500 teve ganho de 7,34 pontos, ou 0,56%, para 1.327,22 pontos.

No mês, o Dow Jones acumulou alta de 2,81%, enquanto o Nasdaq subiu 3,04%. O S&P teve o avanço mais acentuado, de 3,2%. No caso do Dow Jones e do S&P 500, os ganhos representaram o melhor desempenho desses índices num mês de fevereiro desde 1998.

O avanço desses índices mesmo em meio às tensões no Norte da África e no Oriente Médio indica que "até o momento, em termos de impacto econômico para os EUA e o restante do mundo, o efeito é praticamente nulo", disse Jim Meyer, executivo-chefe de investimentos da Tower Bridge Advisors. "Temos um aumento de 10% nos preços do petróleo, mas não há como ir além disso" em relação a impactos econômicos claros, acrescentou.

Hoje, a Arábia Saudita e o Kuwait, dois grandes produtores de petróleo, demonstraram estar prontos para compensar a interrupção parcial no fornecimento de petróleo por parte da Líbia, onde continuam os confrontos entre as forças de segurança e os opositores do governo. Os investidores ficaram aliviados em ver que os preços do petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) voltaram a se distanciar das máximas atingidas na semana passada por acreditarem que um valor muito elevado para o barril da commodity poderia diminuir o ritmo de recuperação da economia mundial.

Os investidores também prestaram atenção aos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, William Dudley. Ele disse que apesar do aumento nos preços das commodities justificarem maior cuidado em relação à inflação, a economia provavelmente não conseguirá crescer o suficiente para mudar o rumo da política monetária nos próximos meses.

"Exceto se houver um período sustentado de crescimento econômico forte o suficiente para reduzir o excesso de morosidade ou se houver um aumento na expectativa de inflação, a perspectiva indica que as taxas de juro devam permanecer baixas por um período prolongado", disse Dudley durante um discurso.

Para Jamie Cox, sócio-gerente do Harris Financial Group, os comentários indicam que o Fed "realmente quer mostrar ao mercado que está oferecendo 100% de apoio e que não vai abandonar o barco até que haja absoluta certeza de que temos uma recuperação sólida".

Os indicadores econômicos divulgados hoje apresentaram um quadro misto. O índice de atividade industrial de Chicago do Instituto para Gestão da Oferta subiu para 71,2 em fevereiro - maior leitura em mais de 22 anos, ante 68,8 em janeiro. O subcomponente de emprego, no entanto, recuou.

Já o índice de vendas pendentes de moradias da Associação dos Corretores de Imóveis caiu 2,8% em janeiro, para 88,9. Em comparação com janeiro de 2010, a queda foi de 1,5%.

Além disso, o crescimento nos gastos dos consumidores desacelerou em janeiro para 0,2%, de 0,5% um mês antes, mas o ritmo de expansão da renda pessoal dos norte-americanos subiu para 1,0% no mês passado - o maior ganho desde maio de 2009 -, de 0,4% em dezembro. Economistas ouvidos pela Dow Jones previam alta de 0,4% tanto para o gasto dos consumidores como para a renda pessoal.

Os investidores preferiram dar atenção ao lado positivo dos dados. "Nos últimos dois meses, a mentalidade do mercado foi de comprar durante o declínio, já que a confiança na economia voltou", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors. As informações são da Dow Jones.

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