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Bolsas de NY sobem com expectativa por acordo comercial entre EUA e China

Declaração de Donald Trump sobre negociações para dar à telecom chinesa ZTE "uma forma de voltar aos negócios rapidamente" animou investidores

Wall Street: índice Dow Jones fechou em alta de 0,27% nesta segunda (14), o S&P 500 avançou 0,09%, e o Nasdaq ascendeu 0,11% (John Moore/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2018 às 19h02.

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 14, em meio à percepção de investidores de que as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China estão saindo do degelo. Nesse cenário, ganhou alguma força a visão de que uma solução "não apocalíptica" para o impasse tarifário arrastado ao longo dos últimos meses está se tornando mais provável.

Além disso, os preços ascendentes do petróleo apoiaram ações do setor de energia, após a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) fazer projeções para a produção e a demanda da commodity que favorecem o avanço das cotações.

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O índice Dow Jones fechou em alta de 0,27%, aos 24.899,41 pontos, acumulando a oitava sessão consecutiva de ganhos, na sequência mais longa desde setembro de 2017, quando subiu por nove pregões seguidos. O S&P 500 avançou 0,09%, aos 2.730,13 pontos, e o Nasdaq, por sua vez, ascendeu 0,11%, para os 7.411,32 pontos.

A expectativa por um apaziguamento das tensões comerciais sino-americanas tem origem em uma afirmação de ontem do presidente dos EUA, Donald Trump, em sua conta no Twitter, de que está trabalhando com o presidente da China, Xi Jinping, para dar à telecom chinesa ZTE "uma forma de voltar aos negócios, rapidamente".

Desde abril, uma ordem do Departamento do Comércio americano impede que empresas do país vendam componentes e softwares para a ZTE, penalizada por violar sanções econômicas de Washington ao Irã e à Coreia do Norte.

O aceno de Trump veio em meio a algumas rodadas de negociação entre delegações dos EUA e da China em busca de um acordo comercial.

"As pessoas estão apostando em ações porque elas conseguem ver a luz no fim do túnel (no que se refere a) tarifas", disse o sócio-gerente do Harris Financial Group, Jamie Cox. "Os mercados podem agora focar na atividade econômica real e parar de se preocupar tanto com os tons a mais das tarifas."

Os papéis da fabricante de aeronaves Boeing, que tem importantes contratos na China, conseguiram pegar embalo no noticiário sobre o comércio global, com avanço de 0,62%. Já no setor de energia, as ações da petroleira Chevron marcaram ganho de 0,42%, enquanto as da ExxonMobil subiram 0,68%.

A maior ganhadora do Dow Jones nesta segunda-feira, contudo, foi a UnitedHealth, cujas ações avançaram 1,94%, ainda na esteira do plano anunciado por Trump para baratear remédios sob prescrição nos EUA por meio de ajustes no sistema público de saúde. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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