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Bolsas de NY fecham em baixa com alta do petróleo

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda - e perto das mínimas da sessão no caso do Dow Jones e do S&P-500 -, pressionados pelo avanço nos preços do petróleo, que trouxe novamente à tona a preocupação com uma potencial redução no ritmo de […]

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 17h34.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda - e perto das mínimas da sessão no caso do Dow Jones e do S&P-500 -, pressionados pelo avanço nos preços do petróleo, que trouxe novamente à tona a preocupação com uma potencial redução no ritmo de crescimento da economia por causa do aumento nos custos com energia.

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O Dow Jones caiu 168,32 pontos, ou -1,38%, para 12.058,02 pontos, com mínima de 12.055,60 pontos durante o pregão. O Nasdaq recuou 44,86 pontos, ou -1,61%, para 2.737,41 pontos, enquanto o S&P-500 fechou em baixa de 20,89 pontos, ou -1,57%, a 1.306,33 pontos, perto da mínima da sessão, de 1.306,14 pontos.

O preço do contrato futuro do petróleo para abril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) subiu 2,74% e fechou a US$ 99,63 por barril, em meio a receios com a intensificação de protestos em países exportadores da commodity localizados no Norte da África e no Oriente Médio, como Líbia, Omã e Irã.

"Quanto mais elevados os preços do petróleo e quanto mais tempo eles permanecerem nesses níveis, mais impactos negativos haverá sobre o crescimento", disse Wasif Latif, vice-presidente de investimentos em ações da USAA Investment Management.

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse hoje durante um audiência com o Comitê Bancário do Senado que o banco central está pronto para responder conforme o necessário a um aumento nos preços mundiais das commodities, embora tenha ressaltado que as expectativas sobre a inflação permanecem baixas. Ele também disse haver evidências de que a recuperação nos gastos das empresas e dos consumidores está caminhando para um ponto autossustentável.

Os indicadores econômicos divulgados hoje mostraram que os gastos com construção dos EUA tiveram um declínio maior que o esperado em janeiro, de 0,7% na comparação com dezembro, mas que a atividade industrial do país cresceu para 61,4 em fevereiro - o maior nível desde maio de 2004 -, ante 60,8 em janeiro.

As montadoras também anunciaram aumentos significativos nos números de venda no país, gerando expectativas de um ano positivo para o setor. A General Motors divulgou que suas vendas cresceram 46% em fevereiro em comparação a um ano antes. As da Toyota subiram 42% e as da Nissan 32%. A Ford teve ganho de 14%.

As ações dessas companhias, no entanto, fecharam em baixa, pressionadas pelos receios com a valorização do petróleo. GM caiu 1,73%, enquanto Ford recuou 2,59%. "Acho que esses papéis estão reagindo menos aos números de hoje do que ao prognóstico do que será o futuro com preços elevados para o petróleo", disse Todd Salamone, diretor de pesquisas da Schaeffer's Investment Research.

Entre os destaques da sessão, o Goldman Sachs perdeu 1,51% depois de a Securities and Exchange Commission (SEC) divulgar acusações de insider trading ligadas ao caso da Galleon Management contra um consultor que trabalhou no conselho do Goldman Sachs e no da Procter & Gamble. As ações da P&G caíram 0,49%.

O Fifth Third Bancorp fechou em baixa de 4,45% depois de afirmar que recebeu uma intimação da SEC para divulgar informações relacionadas a empréstimos comerciais. As informações são da Dow Jones.

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