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Bolsas de NY fecham em alta em reação firme ao Fed

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, com o Dow Jones atingindo níveis registrados pela última vez antes do colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, em setembro de 2008. O mercado acionário refletiu a satisfação dos investidores com a decisão anunciada ontem pelo […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 17h53.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, com o Dow Jones atingindo níveis registrados pela última vez antes do colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, em setembro de 2008. O mercado acionário refletiu a satisfação dos investidores com a decisão anunciada ontem pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) de injetar mais US$ 600 bilhões no sistema financeiro do país com o objetivo de estimular a economia.

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"Estou um pouco surpreso de não haver uma reação do tipo 'vender no fato', mas as pessoas estão claramente aliviadas com o volume do pacote de afrouxamento quantitativo", disse Ben Halliburton, executivo-chefe de investimentos da Tradition Capital Management. "Embora o programa (do Fed) seja bom para os preços dos ativos, a realidade é que ele provavelmente terá pouco impacto sobre o quadro dos empregos. Basicamente, tivemos uma recuperação das ações e dos lucros corporativos, mas ela ainda não se manifestou para as pequenas empresas e em contratações."

Dados divulgados mais cedo pelo Departamento de Trabalho dos EUA mostraram que o número de pessoas que entraram com pedido de auxílio-desemprego na semana encerrada em 30 de outubro cresceu 20 mil, superando as estimativas de analistas consultados pela Dow Jones, que previam um aumento de 11 mil. Já a produtividade da mão de obra subiu 1,9% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior - levemente mais que o esperado.

O Dow Jones subiu 219,71 pontos, ou 1,96%, para 11.434,84 pontos - maior fechamento desde a quebra do Lehman. Foi a primeira vez em que o índice subiu mais de 200 pontos desde 5 de outubro. Os ganhos foram puxados por componentes como Bank of America (+5,30%), Caterpillar (+4,13%) e American Express (+3,95%). A Pfizer foi o único integrante do Dow Jones que fechou em território negativo, com queda de 0,17%.

Entre os demais índices, o S&P 500 teve ganho de 23,10 pontos, ou 1,93%, para 1.221,06 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 37,07 pontos, ou 1,46%, para 2.577,34 pontos.

As ações do setor financeiro foram particularmente beneficiadas por uma notícia do Wall Street Journal divulgada uma hora antes do fechamento das bolsas segundo a qual o Federal Reserve em breve permitirá que bancos com níveis elevados de capital elevem o pagamento de dividendos a acionistas. A publicação atribuiu a informação a fontes próximas ao assunto. Os papéis do JPMorgan subiram 5,51%, os do Goldman Sachs avançaram 2,31% e os do Morgan Stanley fecharam em alta de 3,82%.

Os investidores estão se preparando para o relatório do governo dos EUA sobre o número líquido de vagas criadas ou perdidas pela economia do país - o chamado payroll -, que deve ser divulgado amanhã. Apesar disso, a expectativa é de que o relatório não tenha grande impacto sobre o mercado. "Exceto se aparecer algo bizarro, o relatório sobre o nível de emprego não deve ter um impacto significativo", disse Barry James, presidente e gerente de portfólios da James Advantage. As informações são da Dow Jones.

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